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A DRAMATIZAÇÃO E MAPAS CONCEITUAIS COMO METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Por:   •  3/11/2021  •  Artigo  •  5.245 Palavras (21 Páginas)  •  157 Visualizações

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DRAMATIZAÇÃO E MAPAS CONCEITUAIS COMO METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Diógenes Gewehr, Doutor em Ensino, UNIVATES, Professor de Ciências, Município de Lajeado, Rio Grande do Sul, Lattes: http://lattes.cnpq.br/8348943158631845,

e-mail: diogenes.gewehr@gmail.com 

Aldeni Melo de Oliveira, Doutor em Ensino, UNIVATES, Professor de Ciências, Governo do Amapá, Lattes: http://lattes.cnpq.br/0850235689773120,

e-mail: aldeni-melo@hotmail.com 

RESUMO

Ensino e aprendizagem são temas frequentemente discutidos no contexto educacional. Em muitas instituições de ensino as práticas pedagógicas desenvolvidas ainda se baseiam no século passado, onde os professores repassam continuamente aos alunos conhecimentos limitados, priorizando a cópia e a memorização. Para transpor este cenário, é necessário investir em metodologias que permitam tornar os alunos mais ativos, valorizando e ressignificando os seus conhecimentos. Para isso, neste relato de experiência objetivou-se utilizar duas estratégias de ensino habitualmente não trabalhadas em sala de aula, analisando o envolvimento dos alunos. Escolheu-se a prática de dramatização e a construção de mapas conceituais, uma vez que ambas são metodologias ativas de ensino, nas quais os alunos não recebem a informação pronta, eles realizam sua construção. As atividades foram desenvolvidas com 25 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Lajeado/RS/BR. Com a aplicação das metodologias ativas os alunos mostraram mais interesse do que em aulas expositivas-dialogadas, nas quais costumavam ser sujeitos passivos. Foi possível perceber a ampliação do conhecimento no diálogo dos alunos, oportunizando uma aprendizagem mais envolvente e significativa. Tais estratégias contribuíram para a autonomia dos alunos, os quais puderam perceber por meio das metodologias ativas que o ambiente escolar permite trocas participativas, onde não é só o professor que ensina, sendo possível eles próprios construírem suas aprendizagens.

PALAVRAS-CHAVE: Estratégias de Ensino. Dramatização. Mapas Conceituais. Metodologias Ativas.

CONTEXTUALIZAÇÃO

As atividades foram realizadas na disciplina de Ciências com 25 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Lajeado, Rio Grande do Sul, Brasil. Os alunos envolvidos nas práticas pedagógicas encontravam-se na faixa etária dos 11-12 anos, sendo o 6º ano a primeira série do nível final do Ensino Fundamental, na qual ocorrem mudanças na estrutura curricular das turmas, passando a não ter apenas o professor regente, e sim um rol de até nove professores diferentes, o que muitas vezes dificulta suas adaptações, já que não têm mais apenas um professor como referência.

Considerando que o ensino e a aprendizagem são temas frequentemente discutidos no contexto educacional e que em muitas instituições de ensino as práticas pedagógicas desenvolvidas ainda se baseiam no século passado, onde os professores repassavam continuamente aos alunos conhecimentos limitados, priorizando a cópia e a memorização, chamado de modelo tradicional – onde o professor era visto como o detentor do conhecimento e o aluno um mero receptor –, cabe ao professor da atualidade pensar em tarefas que envolvam o aluno como sujeito pensante, que analise os conhecimentos a ele apresentados, que entenda-os, refletindo e procurando internalizar tais conhecimentos, de maneira significativa, e não apenas num processo mecânico de reprodução.

Assim, objetivou-se utilizar duas estratégias de ensino habitualmente não trabalhadas em sala de aula e então analisar e discutir seus resultados, verificando o envolvimento dos alunos. Escolheu-se a prática de dramatização e a construção de mapas conceituais, uma vez que ambas são metodologias ativas de ensino, nas quais o aluno não recebe a informação pronta, mas realiza sua construção, a partir de suas análises, observações e reflexões sobre determinado assunto.

METODOLOGIAS ATIVAS E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

É necessário transpor o método tradicional de ensino e investir em metodologias que possibilitem ao aluno tornar-se mais ativo e protagonista, valorizar sua opinião e ressignificar seus conhecimentos. Para tanto, uma designação atual de método de ensino que vem ganhando destaque são as chamadas metodologias ativas.

Metodologias ativas são estratégias de ensino que colocam o aluno como sujeito atuante, comprometido com seu aprendizado. Em tal estratégia a centralidade do processo de aprendizagem é o próprio aluno, onde este terá que analisar, refletir e tomar decisões diante de determinada tarefa. Conforme Koehler (2012, p. 79) são “metodologias que sejam capazes de levar à autonomia do discente e ao autogerenciamento e corresponsabilidade pelo seu próprio processo de formação”.

De acordo com Santos (2005) e Komatzu, Zanolli, Lima (1998) apud Mitre (2008, p. 2137),

o estudante precisa assumir um papel cada vez mais ativo, descondicionando-se da atitude de mero receptor de conteúdos, buscando efetivamente conhecimentos relevantes aos problemas e aos objetivos da aprendizagem. Iniciativa criadora, curiosidade científica, espírito crítico-reflexivo, capacidade para autoavaliação, cooperação para o trabalho em equipe, senso de responsabilidade, ética e sensibilidade na assistência são características fundamentais a serem desenvolvidas em seu perfil.

Assim, a escola e o professor devem investir no desenvolvimento da capacidade de autonomia do aluno, para que este seja capaz de auto gerenciar sua aprendizagem. O ato de aprender deve ser um processo de reconstruções, permitindo diversas relações entre os fatos, em diferentes situações. Ou seja, a aprendizagem deve ser significativa. É o que defende Koehler (2012):

Promover a aprendizagem significativa, exige, em primeiro lugar, uma metodologia de ensino que seja capaz de envolver o aluno enquanto protagonista de sua aprendizagem, desenvolvendo ainda o senso crítico diante do que é aprendido, bem como competências para relacionar esses conhecimentos ao mundo real (KOEHLER, 2012, p. 78).

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