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Filosofia De Tousseau

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Por:   •  18/8/2014  •  2.796 Palavras (12 Páginas)  •  387 Visualizações

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A pedagogia de Rousseau

O filosofo Jean – Jacques Rousseau (1712 – 1778), natural de Genebra, na Suíça, viveu em Paris.

Dentre suas obras destacam-se: Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens; Do contrato social, ambas sobre políticas, e Emilio ou da Educação (1762).

Rousseau ocupa lugar de destaque na filosofa política, suas obras antecipam o ideário da Revolução francesa e ele produziu uma teoria da Educação. Seu pensamento constituiu um marco na pedagogia contemporânea.

Ele criticou o absolutismo e elaboraram os fundamentos da doutrina liberal, esse é o ponto de vista da política, mas para Rousseau ele considera então a possibilidade de um contrato social verdadeiro e legitimo, que reúna o povo numa só vontade, resultante de consentimento de todas as pessoas. Critica o regime representativo e defende a democracia direta.

Costuma-se dizer que Rousseau provocou uma revolução copernicana na pedagogia,ele centralizou os interesses pedagógicos no aluno e não mais no professor e também ressalta que a criança, não deveria ser encarada como um “adulto em miniatura”. O ser humano seja educado para si mesmo: “viver é o que eu desejo ensinar-lhe.”

Pedagogia naturalista para Rousseau é a recusa do intectualismo, reforçado no ensino tradicional muito formal e livresco. Para Ele, a pessoa não se reduz à dimensão intelectual. Portanto, os sentidos, as emoções, os instintos e os sentimentos são anteriores ao pensar elaborado.

Alem de naturalista, Rousseau preconiza a Educação negativa. O preceptor, alem de afastar a criança do mundo corrompido, deve abster-se de transmitir conceitos sobre a virtude ou a verdade.

É, portanto, delicada a função do professor n pedagogia rousseauniana. Se não deve impor o saber á criança, tampouco deve deixá-la puro espontaneísmo.

Rousseau sofreu diversa criticas à sua pedagogia: uns consideravam elitista, outros a rejeitavam por defender uma educação individualista, já que separava o aluno da sociedade. Mesmo admitindo a procedência dessas criticas, não convém esquecer que Rousseau recorre á abstração metodológica de uma relação ideal, hipotética. Quando nós perguntamos: Como é possível estabelecer a vontade geral em uma sociedade que ainda não é democrática? – Para os filósofos contralualista, o estado de natureza não é uma situação histórica que existiu no tempo, mas uma historia para sustentar a argumentação sobre o pacto original.

Lembramos que Rousseau é um opositor da Educação do seu tempo, extremamente autoritária, interessada em adaptar e adestrar a criança e que, ao contrario dele, se apóia na concepção de uma natureza humana má. Ele abre um novo caminho para recuperar as forças originais da infância e, sobretudo de movimentos mais radicais das pedagogia não diretivas.

A IMPORTÂNCIA DE ROUSSEAU PARA A EDUCAÇÃO

Apesar de viver uma vida conturbada devido ao espírito de aventura e perseguições religiosas, Jean–Jacques Rousseau escreveu obras sobre educação, que apesar de não se configurarem em teoria constituíram um marco na pedagogia contemporânea.

Mesmo criticando o absolutismo e desenvolvendo fundamentos da doutrina liberal seu pensamento pedagógico não se dissocia de sua concepção política, pois para ele o homem por natureza é bom, e é a sociedade que o corrompe, daí a inspiração para uma de suas mais ilustres obras Emílio ou da educação (1762), na qual Rousseau relata a história de um menino acompanhado por um preceptor que é educado longe da sociedade corruptora.

Ao contrário de Locke acreditava que a noção de soberania, não deveria ser usada, através do pacto social, para subordinar o povo ao governo, mas ao contrário o governo apenas executaria apenas as leis que emanam do povo. Por ser o criador das leis, o próprio cidadão ao mesmo tempo possui liberdade, mas também obediência, que para Rousseau são as principais características que uma pessoa deve ter para viver em sociedade

Para Rousseau os interesses pedagógicos devem estar no aluno e não no professor, além disso, acreditava que a criança possuía muitas especificidades para ser vista como um adulto em miniatura. Acreditava que a educação não deveria servir para formar um indivíduo para Deus, nem para a sociedade, mas sim que o homem fosse formado para si mesmo.

É considerado um naturalista, não no sentido de retornar a vida selvagem, mas de buscar a vocação humana. Ao criticar o regime feudal e os costumes da aristocracia, idealizava uma educação fora das convenções sociais, pois do mesmo modo que o homem participa da criação de eleis na esfera política, na educação deveria buscar a espontaneidade original, a liberdade, para que assim seja dono de si mesmo. Para Rousseau através da educação natural, o homem receberia uma educação não apenas intelectual, mas voltada para a vida e para a ação, por isso enfatizava que as pessoas se atem muito as palavras e se esquecem das coisas, por isso valorizava a experiência e uma educação ativa. Acreditava que os sentidos, as emoções, os instintos e os sentimentos são anteriores ao pensar elaborado.

Além de ser considerado naturalista, seu modelo de educação é inicialmente negativo, pois como considerava a sociedade corruptora, temia o contato da criança com os vícios e a hipocrisia. Por este motivo, a educação devia primeiramente ser negativa, no sentido de preservar a pureza e a bondade da criança. Por se ater tanto a estes aspectos, Rousseau não dava muita importância ao conhecimento transmitido, mas enfatizava que o ato de pensar da criança ocorresse de forma interna e natural.

Por todos estes motivos, o papel do professor na pedagogia rousseauniana se torna tão complexo, pois apesar de não poder impor o saber à criança, não deve deixá-la agir por espontaneidade. É preciso que ela aprenda a controlar seus desejos e conhecer seus próprios limites, para assim se tornar um adulto dono de si. Para Rousseau se a criança erra, vê através das conseqüências que existem leis e assim aprende a controlar seus impulsos. Além disso, acreditava que o professor não deveria transmitir conceitos sobre a virtude ou a verdade, para não criar preconceitos e hábitos que depois impeçam que a criança pense de forma natural.

Quando aprende a se controlar, por volta dos 15 anos, o jovem que já possui a verdadeira razão, poderá observar as pessoas e suas paixões, além de ser iniciado na vida religiosa, pois para Rousseau falar de Deus a uma criança leva somente à idolatria.

Apesar de receber inúmeras críticas por seu pensamento, não podemos nos esquecer que Rousseau desenvolveu

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