GOMOPHOBIA EM ESCOLAS, TABU LUTAR

INTRODUÇÃO

Entendendo a importância da educação na promoção dos direitos humanos e na produção do conhecimento para subsidiar a elaboração, implantação e avaliação das políticas públicas voltadas para o combate à violência e à discriminação por orientação sexual, esse trabalho foi organizado com o intuito de despertar em todos o respeito pela diversidade sexual e a refletir sobre como quem não tem o “comportamento padrão” imposto pela sociedade sofre muito.

Sendo assim, podemos perceber que “a negação dos homossexuais nos espaço legitimado da sala de aula acaba por confiná-los a “gozações” e aos “insultos”, fazendo com que só possam se reconhecer como desviantes, indesejados ou ridículos” (LOURO, 2000, p.68).

Verifica-se que a escola como um todo silencia ou pratica homofobia sem se dar conta dos danos que causa ao aprendizado e a vida dessas pessoas.

A ignorância sobre o tema, assim como a presunção assumida por professores de que a escola só deva discutir assuntos universais, sendo somente a norma da heterossexualidade concebida como natural, faz com que a diversidade sexual e de gênero seja um tema excluído do currículo.

Portanto, os objetivos desse trabalho de intervenção teórico-prático na escola é abordar o tema, aplicá-lo entre professores, alunos, família e funcionários e desconstruir as visões homofóbicas reafirmadas secularmente, propiciando assim uma reflexão sobre os nossos preconceitos, muitas vezes não percebidos ou até mesmo naturalizados no cotidiano escolar e em nossas vidas diárias.

Este estudo se justifica todas as disciplinas do segundo período de pedagogia.

As metodologias utilizadas foram pesquisa em livros do receptivo período, consulta entre outros livros que tratam sobre o assunto além do meio de ação.

Espera-se que este trabalho possa trazer um entendimento e venham a contribuir de forma positiva, fazendo diferença na vida profissional e pessoal, elevando a autoestima e promovendo, entre todos, a sensibilização quanto à prática do respeito e da valorização da pessoa.

HOMOFOBIA NAS ESCOLAS, UM TABU A SER COMBATIDO

A escola junto com a família, constitui um forte agente na construção de parte significativa dos conceitos e preconceitos das novas gerações. E parte desses conceitos e preconceitos remete justamente às novas identidades sexuais e de gênero e aos novos modelos familiares que habitam o mundo contemporâneo.

Há muitas maneiras de ser masculino ou feminino no mundo, no entanto, a sociedade tende a tomar apenas uma forma como sendo “normal”, definindo-a como sinônima de “natural”. E essa forma é reforçada pela escola, que ao valorizar alguns sujeitos e grupos excluem, rejeitam outros, tomando-os, às vezes como algo pejorativo, representativo de imagens ruins (Silva; Rampazzo; Piassa, 2010).

Podemos concordar com Louro (2000) quando nos remete que “a escola nega e ignora a homossexualidade e, desta forma, oferece poucas oportunidades para que adolescentes ou adultos assumam sem culpa ou vergonha, seus desejos”, (Louro, 2000, p.30).

Desse modo, evidenciam a permanência das manifestações homofóbicas, revelando ainda a existência de obstáculos enfrentados por homossexuais nas relações sociais vividas nesse espaço. A homofobia na escola encontra-se em todos os lugares: na hora da chamada, nas paredes dos banheiros, nos livros didáticos, nas piadas dos colegas e professores, em todos os cantos, causando discriminação, exclusão intimidação e humilhação (Junqueira,2008).

Segundo Abramoway; Castro; Silva (2004), o termo homofobia refere-se ao tratamento preconceituoso e as discriminações sofridas por jovens tidos como homossexuais, ferindo a dignidade alheia e gerando sofrimentos e revoltas. Em uma sociedade como a nossa, qualquer um que saia da norma heterossexual é imediatamente tratado com descaso, desprezo, humilhação, exclusão e até com violência física. Visto que, o objetivo da escola é promover um ensino seguro e receptivo à diversidade sexual e entendendo a importância da educação na promoção dos direitos humanos e na produção de conhecimento, esse trabalho foi organizado através de uma campanha para combater à violência e a discriminação por orientação sexual dentro da escola, entre alunos, professores, funcionários e família, sendo que, questões como essa, precisam ser discutidas e desmanteladas, pois é ”através desse processo de contestação que as identidades hegemônicas constituídas pelos regimes atuais de representação podem ser desestabilizadas e implodidas” (Silva, 1995, p.201).

O planejamento do trabalho e a organização será educação preventiva na escola, portanto, irá propiciar para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas, que possam ser avaliados em seu processo, transmissão de informações técnicas porque, isoladamente, elas não mudam atitudes e comportamentos cultural e socialmente construídos. Todas as ações foram desenvolvidas para todas as disciplinas envolvendo todos os segmentos da escola (professores, funcionários, alunos, pais e comunidade) para contribuir e desconstruir a imagem homofóbica dos mesmos. Apresenta-se a seguir as seguintes ações:

- Sociedade alternativa. Um grupo de líderes de uma comunidade que está se formando e que devem decidir quais as regras necessárias para garantir uma boa convivência entre todas as pessoas que viverão no mesmo