Ge4stão Do Conhecimento

1.1 Contextualizando

Você sabia que, a cada dois anos, a quantidade de informação disponível,

no mundo, dobra? Estimava-se que, em 2000, a quantidade de informações

impressas, armazenadas em banco de dados e gravadas em meios óticos e

digitais atingiria a marca de 2 exabytes, o equivalente a 250 megabytes para

cada habitante do Planeta Terra (LYMAN, 2001).

Essa é a Era da Informação em que o sucesso depende daquilo que se

sabe e não daquilo que se tem. Quanto a essa revolução “informacional”,

pode-se explicar que, a partir do último quarto do século XX, as tecnologias

da informação e da comunicação (TIC’s) começaram a fornecer a base material

para uma nova economia informacional e globalizada. Como afirma Castells

(1999), essa nova economia é informacional, pois a capacidade para gerar,

armazenar, processar e aplicar efetivamente o conhecimento, baseado em

informações, determinará a produtividade e competitividade dos agentes. Ao

mesmo tempo ela é global, porque a produção, a distribuição e a concorrência

são realizadas em uma rede internacional de interações. Esse conjunto de

transformações é, comumente, denominado de sociedade da informação.

No entendimento de Bell (1977), a sociedade da informação é

engendrada no encontro da tecnologia computacional com a tecnologia das

telecomunicações. Assim, a velocidade de produção, distribuição e disseminação

da informação atinge patamares antes não alcançados (CASTELLS, 1999, p.

63). Neste contexto, uma nova economia surge, a chamada Economia do

Conhecimento, que emerge com capacidade para gerar, armazenar, processar

e aplicar, efetivamente, o conhecimento. Ela é baseada em informações,

determinando a produtividade e competitividade das empresas. Desde

Capítulo 1

14 Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva

então, o mundo empresarial vem aprendendo a lidar com o paradigma de

uma economia do conhecimento que vem aperfeiçoar, mas não substituir,

completamente, um paradigma de uma economia industrial.

Ao final deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:

• descrever a evolução histórica da Economia Industrial à Economia

do Conhecimento;

• explicar o conceito de Economia do Conhecimento;

• entender os impactos da Economia do Conhecimento no ambiente

empresarial e nas pessoas;

• escrever o novo perfil do profissional na Economia do Conhecimento.

1.2 Conhecendo a teoria

1.2.1 Da economia industrial à economia do conhecimento

A lata de cerveja é um exemplo típico de um artefato de uma nova

economia baseada no conhecimento, indício de como o conhecimento

tornou-se o componente mais importante das atividades de negócios. E, para

se entender essa nova economia, faz-se necessária a compreensão de uma

extraordinária transformação, o surgimento da Era da Informação (também

conhecida como Economia do Conhecimento ou Economia da Informação).

Há três décadas a lata era de aço. Depois de muitos anos de pesquisas,

a lata passou a ser de alumínio, mostrando como o conhecimento assumiu

um papel importante na nossa economia, substituindo, até mesmo, a

matéria-prima. O custo de fazer latas de alumínio era muito caro (e ainda

o é), principalmente por causa do consumo da energia elétrica. Devido ao

fato de esta energia ter-se tornado barata e abundante, juntamente com o

desenvolvimento e pesquisa no ramo de reciclagem do alumínio, este metal

encontrou um mercado comercial. Além do mais, o alumínio tem a vantagem

de ter alta maleabilidade, o que foi bastante explorado pelos fabricantes do

mundo inteiro.

Outra característica a ser destacada da lata de alumínio, mostrando a

importância do conhecimento agregado em produtos da nova economia, é a

capacidade que esta lata possui de ser forte o suficiente quando está cheia,

Capítulo 1

Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva 15

podendo aguentar chacoalhadas de caminhões no transporte e, ao mesmo

tempo, ser fraca quando está vazia, podendo ser amassada. O que a mantém

firme? Bolhas de dióxido de carbono tanto em cerveja quanto em refrigerante.

Pode-se dizer que esta economia do conhecimento é a economia do intangível.

Quando se fala de Gestão do Conhecimento e de

Inteligência Competitiva, muitas vezes usaremos

as palavras: “Tangível” e “Intangível”. Você

saberia explicar o que elas significam?

REFLEXÃO

Tangível é algo