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INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO ENSINO - APRENDIZAGEM

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Por:   •  17/6/2014  •  5.529 Palavras (23 Páginas)  •  1.376 Visualizações

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INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO ENSINO – APRENDIZAGEM

Carla Michele Buhrer Schoefel¹

RESUMO

Pesquisadores e educadores têm mostrado um crescente interesse pelo estudo das relações entre a família e a escola devido sua importância para a educação e o desenvolvimento humano. O trabalho procura evidenciar a necessidade de uma efetiva interação família e escola e nesse processo a importância da afetividade no ato de educar.Neste artigo teórico constata-se que a relação família escola é imprescindível pois, a família como espaço de orientação, de construção da identidade de um individuo deve promover juntamente com a escola uma parceria, a fim de contribuir no desenvolvimento integral do ser humano.

PALAVRAS CHAVES: Interação – Família – Escola – Aprendizagem

INTRODUÇÃO

A relação família – escola é, hoje, tema em destaque na discussão sobre o alcance do sucesso dos alunos no processo de ensino – aprendizagem. Freqüentemente ouve-se dos professores que o apoio da família é essencial para o bom desempenho do aluno.

A família e a escola emergem como duas instituições fundamentais para desencadear os processos evolutivos das pessoas, atuando como propulsores ou inibidores do seu crescimento físico, intelectual e social. A escola constitui-se um contexto no qual a criança/adolescente investe seu tempo, envolvem-se em atividades diferenciadas ligadas às tarefas formais (pesquisa, leitura dirigida, entre.

¹Graduada em Licenciatura em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná. Pós Graduada em Gestão Escolar pelo Centro Universitário Barão de Mauá, a cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, Brasil. carlaclock@ibest.com.br. Professora Orientadora Carolina Donega Bernardes.

(outras) e aos espaços informais de aprendizagem (recreio, excursões, atividades de lazer).

No decorrer do processo educacional, nos deparamos com alguns aspectos que atrasam a vida do aluno na escola. Dentre esses aspectos observa-se a influencia da família no processo de ensino-aprendizagem, assim, pretende-se analisar a família perante a escola e a necessidade de uma integração, pois, supõe-se que a questão familiar pode ser um dos fatores que influenciam o desenvolvimento escolar do aluno.

A escola que por sua vez, tinha o papel de ensinar o que o mundo do trabalho iria cobrar ao individuo no futuro, passa a absorver também a função de educar para a vida no que se referem aos aspectos sociais, morais, espirituais, entre outros. As consequências desse acúmulo de função são sentidos hoje pela escola, onde ela passa a ser vista como uma instituição que ensina, que critica, que da sermões, que faz cobranças de organização e socialização que deveriam ser trabalhados em casa pela família.

Acredita-se que quanto mais à família participar do processo de ensino-aprendizagem, mais eficaz será o trabalho da escola, pois desta forma, cada um se dedicara a sua atribuição.

Para a obtenção dos dados foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica por meio da qual se buscou informações teóricas principalmente em livros de autores renomados da área educacional, alem de algumas considerações feitas a respeito da necessidade de se promover uma integração mais efetiva entre a família e a escola.

A FAMÍLIA E SUAS CONFIGURAÇÕES

A família é considerada a primeira agencia educacional do ser humano e é responsável, principalmente, pela forma com que o sujeito se relaciona com o meio social. Os membros da família contemporânea tem se deparado com as novas formas de coexistências, oriundas das mudanças na sociedade, isto é, do conflito entre valores antigos e o estabelecimento de novas relações (Chaves, Cabral, Ramos, Lordelo & Mascarenhas, 2002).Sendo composta por uma complexa e dinâmica rede de interações que envolve aspectos cognitivos, sociais, afetivos e culturais, a família não pode ser definida apenas pelos laços de consanguinidade mas sim, por um conjunto de variáveis incluindo o significado das interações e relações entre as pessoas (Petzold, 1996).

Focalizando a realidade brasileira no que concerne a definição de família, a Constituição da Republica Federativa do Brasil (1988) estabelece os princípios fundamentais em relação à instituição familiar e reconhece como entidade familiar a união estável entre homem e mulher, ou, a comunidade formada por quaisquer dos pais e seus descendentes.

Apesar da crescente discussão acerca das possíveis definições de família e da busca por um conceito comum, ainda não é possível afirmar que exista uma definição que seja aceita e adotada consensualmente pelos estudiosos da área, pelas instituições governamentais e pela sociedade, mas há que se privilegiar aquela definição que contemple as variáveis mínimas ou, básicas do que se entende por família, pois são a partir dessas variáveis que se poderão realizar estudos e pesquisas mais amplas e representativas das relações humanas. Não existe uma configuração familiar ideal porque, são inúmeras as combinações e formas de integração entre os indivíduos que constituem os diferentes tipos de família contemporânea (Stratton, 2003).

Os padrões familiares vêm se transformando e reabsorvendo as mudanças psicológicas, sociais, políticas, econômicas e culturais, o que requer adaptações e acomodações à realidade enfrentada (Wagner, Halpern & Bornholdot, 1999).

A família não é mais vista como um sistema privado de relações pelo contrario, as atividades individuais e coletivas estão intimamente ligadas e se influenciam mutuamente. Todavia, a formação dos vínculos afetivos não é imutável, pelo contrario, ela vai se diferenciando e progredindo mediante as modificações do próprio desenvolvimento da pessoa, as demandas sociais e as transformações sofridas pelo grupo sócio - cultural (Kreppner, 2000).De acordo com este autor, alem de se adaptar as mudanças decorrentes do crescimento de seus membros, a família ainda tem a tarefa de manter o bem estar psicológico de cada um, buscando sempre nova estabilidade nas relações familiares.

Por conseguinte as mudanças nas configurações familiares nos remetem a entender as famílias nos dias de hoje com vínculos mais significativos, priorizando os laços de afetividade que une os seus componentes e não mais a união através da celebração do casamento monogâmico ou do simples envolvimento de caráter sexual. A Constituição

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