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INVESTIMENTOS FIXOS

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Por:   •  2/12/2013  •  Tese  •  1.653 Palavras (7 Páginas)  •  397 Visualizações

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1 - INVESTIMENTO

Entende-se como investimento todo o desembolso realizado com o objetivo de ganhar algum lucro. Contudo, se faz necessário saber o momento oportuno para decidir.

De acordo com Lemes Jr., Rigo e Cherobim (2010, p. 7), o investimento é “toda a aplicação de capital em algum ativo, tangível ou não, para obter determinado retorno futuro. Um investimento pode ser a criação de uma nova empresa ou implantação de um projeto em uma já existente, por exemplo.”

Souza e Clemente (2001, p. 19) ressaltam que “a decisão de investir é de natureza complexa, porque muitos fatores, inclusive de ordem pessoal, entram em cena”.

Quando a empresa realiza investimentos almeja que tenha o retorno esperado. Segundo Souza (2003, p. 158), “o retorno representa o ganho total ou prejuízo observado pelos proprietários de determinado investimento, durante certo período de tempo.”

As empresas procuram investir, não para ter um lucro, e sim para ter um retorno ideal para o investimento realizado. Mas, em algumas vezes este retorno pode variar, decorrentes de vários aspectos oriundos do mercado de atuação.

A decisão de investir é extremamente dificultosa, visto que a pessoa que tem essa responsabilidade em suas mãos tem de ter consciência que um erro basta para levar a entidade à falência. Neste sentido, Braga (1995, p. 34) menciona que os “investimentos em novos ativos fixos têm efeitos sobre a vida da empresa e uma decisão inadequada poderá comprometer irremediavelmente o seu futuro.”

Portanto, é sempre interessante verificar todas as variáveis de um investimento antes de se tomar qualquer decisão, pois uma vez realizado o desembolso as conseqüências podem ser irremediáveis.

Os riscos de se investir em ativos ainda podem ser oriundos de outros aspectos como, fatores econômicos e financeiros. Para Chiavenato (2004), o risco financeiro caracteriza-se quando não se obtém a remuneração do investimento. Por sua vez o risco econômico, é a incerteza relativa aos resultados futuros a serem obtidos no mercado de atuação.

Logo, é possível compreender que os riscos são diversos, e oriundos de vários fatores, sejam eles econômicos ou financeiros, e se não analisados corretamente antes da efetivação do projeto, pode comprometer a estabilidade da organização.

2 - INVESTIMENTOS FIXOS

Os ativos fixos, na sua identificação e mensuração, estão em interação com os demais elementos do sistema empresa.

Partindo-se da idéia de ativo como um gerador de benefícios futuros, a identificação de ativos fixos, bem como sua distinção dos demais ativos é obtida considerando-se a diversidade dos impactos desses benefícios na consecução dos objetivos da organização. Assim, na visão sistêmica da empresa esses impactos podem ser visualizados sob o ponto de vista da gestão operacional, financeira, econômica e patrimonial, na medida em que contribuem para a eficácia da organização, na obtenção dos resultados presentes e futuros da empresa.

Gestão Operacional dos Ativos Fixos

A contribuição do ativo fixo para o resultado operacional obedece a variáveis de eficiência, flexibilidade, qualidade, etc., determinadas pela sua interação com os demais subsistemas da empresa que atuam no ciclo produtivo. Essa margem é obtida reduzindo-se a valor presente os benefícios a serem gerados pelo ativo fixo, líquidos dos custos de aquisição e de manutenção.

Desse modo, os benefícios gerados pelos ativos fixos são os serviços específicos que estes ativos desempenham dentro da operação da empresa.

A manutenção é considerada um recurso sacrificado, diretamente identificado ao ativo e a ele inerente porque é condição de continuidade do ativo na sua identidade funcional e operacional, motivo pelo qual é deduzida dos benefícios futuros para sejam obtidos os benefícios líquidos. Do ponto de vista do capital investido, a manutenção constitui um desembolso adicional de capital, necessário para assegurar o valor do investimento, ou seja, sua capacidade sustentada de gerar fluxos de benefícios.

Gestão Financeira dos Ativos Fixos

Os ativos fixos constituem investimentos de capital, geralmente de somas elevadas, de retorno incerto e a longo prazo, devendo esse risco ser considerado para efeito de remuneração do capital, bem como para a gestão da liquidez da empresa. A consideração da taxa de risco é feita, por exemplo, mediante a aplicação de probabilidades na projeção dos resultados.

As decisões de investimento são frequentemente acompanhadas por decisões de financiamentos, tais como, leasing, project finance (financiamento de projetos), entre outros, que são tratadas por eventos econômicos específicos, expressos nas margens financeiras, que podem ser consolidadas no resultado global do investimento.

Gestão Econômica dos Ativos Fixos

O ativo fixo deve produzir um fluxo de benefícios futuros superiores ao fluxo de todos os custos, operacionais e financeiros, por ele ocasionado. O resultado econômico do investimento que constitui o ativo fixo sintetiza, portanto, na forma de custos e receitas, todos os eventos presentes e futuros originados pelo ativo. O investimento em ativo fixo é, portanto, um evento que, como todos os outros eventos da empresa, deve gerar um resultado positivo, como tal, contribuindo para o resultado do todo.

O investimento em ativos fixos impacta o resultado durante os vários anos da vida útil desse ativo. Esses impactos sucessivos constituem os fluxos de custos e receitas que ocorrerão no futuro, mas que podem ser projetados desde hoje, constituindo a base da decisão do investimento. Essa projeção leva em conta variáveis econômicas como inflação, taxa de juros, variações na demanda, competitividade da empresa, preços de mercado, custos, riscos e incerteza, etc. Todos esses fatores são combinados, projetados e mensurados, formando os fluxos acima referidos de custos e benefícios operacionais e financeiros. Computam-se, separadamente, reduzindo-se a valor presente mediante aplicação de taxas de desconto, os custos e benefícios operacionais projetados - que constituem a margem operacional e os custos e benefícios financeiros projetados - que constituem a margem financeira. O valor presente líquido obtido constitui o resultado do investimento.

Gestão Patrimonial dos Ativos Fixos

O ativo fixo é considerado um estoque gerador de riqueza, provocando variações no valor do patrimônio da empresa através do tempo.

No momento inicial do investimento, uma vez decidido e contratado, o valor patrimonial do ativo é dado pelo fluxo dos serviços futuros, descontados pela probabilidade de ocorrência e pela taxa de juros; a variação patrimonial é dada pelo valor presente dos serviços futuros do ativo, líquido do valor de aquisição.

Num determinado momento da vida útil do ativo fixo, o seu valor patrimonial é dado pelos benefícios futuros da sua vida remanescente, descontados pelos juros e probabilidade de ocorrência. O valor da variação patrimonial entre este momento e o momento anterior é a diferença entre o valor presente do fluxo dos benefícios remanescentes, líquidos dos seus custos, em relação aos dois momentos, ou seja, é o consumo de parte dos serviços do ativo, que constitui a sua depreciação.

No fim da vida útil do ativo para a empresa, o seu valor é dado pela receita líquida de venda no estado em que se encontra. A variação patrimonial é a diferença entre a receita líquida e venda e o valor presente líquido dos serviços remanescentes do bem para a empresa.

3 - DEPRECIAÇÃO DO ATIVO FIXO

A principal característica a ser controlada para um bem de ativo fixo é a sua depreciação.

Sob o ponto de vista de Hendriksen e Van Breda (1999), a depreciação é um processo de alocação do valor de entrada, normalmente o custo original ou reavaliado, dos ativos imobilizados nos vários períodos em que se espera o seu benefício. O principal objetivo da depreciação é a confrontação de receitas e suas respectivas despesas em cada período.

Durante o ciclo de vida do ativo, vão sendo consumidos em benefício do ciclo de produção de outros bens e serviços que contribuem para o resultado da empresa. Ocorrem assim, a depreciação e a manutenção. Entretanto, pode o monitoramento mostrar a conveniência de se reinvestir no ativo, prolongando sua vida útil, ou incrementando seu potencial de benefícios futuros.

De acordo com (Hendriksen e Van Breda 1999), o conceito econômico de depreciação foi aceito em 1957 pelo AAA – Associação Americana de Contabilidade, que considera que o ativo representa um estoque de serviços que pode ser liberado durante a vida do ativo; o declínio nesse potencial de serviço constitui a depreciação, a qual pode ocorrer por deterioração física, consumo pelo uso ou perda do valor econômico por obsolescência ou por mudanças na demanda.

Segundo Reis (1997), a depreciação não é a perda de valor do bem, embora ela ocasione uma diminuição de valor, mas sim exclusivamente a realização do potencial dos benefícios do ativo.

Do ponto de vista econômico, um parâmetro básico para o desinvestimento de um ativo durante a sua vida útil é que o total dos benefícios a serem gerados em sua vida remanescente seja inferior ao seu valor líquido de realização no mercado. Tal ocorre, necessariamente, quando o seu potencial específico de serviços se consumiu inteiramente, momento em que deixa de ter valor operacional, convertendo-se em sucata, ou quando o custo de manutenção previsto torna-se, num determinado momento real, superior ao valor esperado dos benefícios futuros.

O momento adequado para o desinvestimento é aquele em que o ativo, não servindo mais à empresa, mantém ainda um fluxo de benefícios futuros para o potencial comprador, de tal modo que possa alcançar um preço de venda, no mínimo, suficiente para cobrir os diversos custos, inclusive de oportunidade, incorridos no desinvestimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAGA, R. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1995.

CATELLI, A.; PARISI, C.; SANTOS, E. S. Gestão econômica de investimentos em ativos fixos. Revista Contabilidade & Finanças - USP, São Paulo, n. 31, p. 26 – 44. 2003.

CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2004.

LEMES JR., A. B.; RIGO, C. M.; CHEROBIM, A. P. M. S. Administração Financeira: Princípios, Fundamentos e Práticas Brasileiras. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da contabilidade. 5 ed. Traduzida por Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1999.

REIS, E. A. Aspectos da depreciação de ativos sob a ótica da gestão econômica. Dissertação (Mestrado) – FEA/USP. São Paulo, 1997.

SOUZA, A. B. Projetos de Investimentos de Capital: Elaboração, Análise e Tomada de Decisão. São Paulo: Atlas 2003.

SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões Financeiras e Análise de Investimentos: Fundamentos, Técnicas e Aplicações. São Paulo. Atlas 2001.

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