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Jogos Como Facilitador Da Aprendizagem

Artigo: Jogos Como Facilitador Da Aprendizagem. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/5/2013  •  3.649 Palavras (15 Páginas)  •  1.215 Visualizações

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1 Introdução

Desde sempre o jogo fez parte da vida do homem. O mais antigo que se conhece foi encontrado na sepultura de um rei babilônico, morto cerca de 2600 anos antes de Cristo. Os jogos, para além da componente competitiva, funcionam como modelos de situações reais ou imaginárias.

Há jogos dos mais variados tipos, desde os de simples azar (dados e loterias) até os de mais sofisticadas estratégias como xadrez. Muitos deles podem ser estudados, têm regras que “obrigam” os jogadores a fazer raciocínios.

Considere que o jogo propicia situações que, podendo ser comparadas a problemas, exigem soluções vivas, originais e rápidas. Nesse processo o planejamento, a busca por melhores jogadas, a utilização de conhecimentos adquiridos anteriormente propiciam a aquisição de novas idéias, novos conhecimentos habilidades e atitudes.

Investigação, tentativa e erro, levantamento e checagem de hipóteses são algumas das habilidades de raciocínio lógico que estão envolvidas no processo de jogar.

De acordo com o PCN (1997), o jogo pode ser usado por muitas crianças, mas seu efeito sobre a inteligência, será sempre pessoal e impossível de ser generalizado.

O jogo em seu sentido integral é o mais eficiente meio estimulador das inteligências. O espaço do jogo permite que a criança, até mesmo o adulto realize tudo quanto deseja. Quando entretido em um jogo, o indivíduo é quem quer ser, ordena ou que ordenar, decide sem restrições.

Graças a ele pode obter a satisfação simbólica do desejo de ser grande, do anseio em ser livre. Socialmente, o jogo impõe o controle dos impulsos, a aceitação das regras, mas sem que se aliene a elas, posto que seja as mesmas estabelecidas pelos que jogam e não são impostas por qualquer estrutura alienante. Brincando com sua espacialidade, a criança se envolve na fantasia e constrói um trabalho entre o mundo inconsciente, onde se desejaria viver e o mundo real, onde precisa conviver.

Para SASSAKI (1999), o jogo não é uma tarefa imposta, mas se liga a interesses materiais imediatos, mas absorve a criança, estabelece limites próprios de tempo e de espaço, cria ordem e equilíbrio, ritmo com harmonia

2 O que vem a ser o jogo?

A Palavra jogo provém de jocu, substantivo masculino de origem latina que significa gracejo. Em sentido etimológico, expressa um divertimento, brincadeira, passatempo sujeita as regras que devem ser observadas quando se joga. Significa também balanço, oscilação, astúcia, ardil, manobra. (jogos para a estimulação das múltiplas inteligências)

Ação ou efeito de jogar; atividade física ou mental, geralmente coletiva, determinada por regras que definem ganhadores e perdedores. Jogo de azar; jogatina; conjunto de objetos que forma um todo, cada partida uma competição. (Minidicionário da Língua Portuguesa).

Profissionais da área educacional, comprometidos com a qualidade da sua prática pedagógica, reconhecem a importância do jogo como um veículo para o desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos.

O jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive.

Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa, elaborar estratégias, desenvolver o seu raciocínio lógico-matemático, vendo novas perspectivas. O jogar é essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral. É somente sendo criativo que a criança descobre seu próprio eu.

O jogo cria uma situação de regras que proporcionam uma zona de desenvolvimento proximal no aluno. Assim “comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real e também aprende a separar objeto e significado.” (PCN, 1997).

Vários tipos de jogos existem entre eles jogos motores (correr, saltar), jogos intelectuais (damas, xadrez, etc.), jogos competitivos e jogos de cooperação. O jogo dramático se diferencia dos outros jogos porque envolve representação dramática, envolve personagens e sentimentos. Jogar significa alegria, divertimento, entusiasmo, confiança, aprendizagens e desenvolvimentos, o aluno interage muito mais, conseguindo assim absorver o conteúdo de forma prática e divertida. A ação, durante o movimento do jogo, provoca espontaneidade. Isto causa estimulação suficiente para que o aluno transcenda a si mesmo. Ele é libertado para penetrar no ambiente, explorar, aventurar e enfrentar sem medo todos os perigos.

Dessa experiência integrada, surge o aluno ativo e participativo dentro de um ambiente total, e aparece o apoio e a confiança que permite a ele desenvolver qualquer habilidade necessária para a comunicação dentro do jogo.

3 Como utilizar o jogo em sala de aula

O material didático é um dos suportes que contribui para a formação do aluno e, analisando por este aspecto, muitas vezes o professor deixa de aproveitar o que o aluno traz do seu convívio e começa a introduzir instrumentos que dificultam a aprendizagem.

Sendo assim esses materiais passam a não ter real significado, pois o que interessa para o aluno é a finalidade que tal material traz. Como o indivíduo pouco sabe manipular o objeto, passa este a ser um objeto abstrato, não tendo serventia.

Segundo CARRAHER (1991), o professor deverá estabelecer uma ligação entre escola da vida e a escola menos acadêmica e dando mais ênfase aos processos de raciocínio que as crianças dispõem nas feiras e mercados, nos jogos.

Distingui-se assim, que na verdade, o que a vida cotidiana oferece não são objetos concretos para manuseio, mas o significado que elas têm para os alunos, a qual resolvendo problemas constrói modelos lógico-matemáticos adequados à situação. De modo que, o material trabalhado em sala de aula deverá servir para que o aluno se sinta construtor de suas respostas, que ele veja que é capaz de resolver problemas por si só.

A utilização de materiais didáticos diversificados em sala de aula é fundamental para um melhor desempenho do aluno, isso quando trabalhado de forma adequada.

De acordo com o PCN (1998), podemos trabalhar com a utilização do jogo, pois ele proporciona a simulação de situações-problema que exigem soluções imediatas. Os jogos “fáceis” causam

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