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Surdez nos seus aspectos médicos, culturais e sociais

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Por:   •  24/4/2014  •  Tese  •  1.936 Palavras (8 Páginas)  •  549 Visualizações

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Introdução

Neste trabalho abordaremos o que é a deficiência auditiva e a surdez, seu diagnóstico médico e retrataremos as dificuldades enfrentadas pelo aluno portador de deficiência auditiva e surdo, bem como do professor de como lidar e incluir esse aluno nas atividades propostas da grade curricular de ensino.

Abordaremos algumas atividades propostas que o professor pode desenvolver com os alunos ouvintes e incluir o aluno com deficiência auditiva e surdo, para que o mesmo alcance um bom desenvolvimento no ensino aprendizagem.

Veremos que apesar da deficiência apresentada, esses alunos também tem a necessidade de interagir com o meio, socializar-se e muitas vezes procuram encontrar-se com pessoas que apresentam a mesma dificuldade para a criação de grupos e comunidades, criando assim uma identidade onde não haja discriminação e haja uma facilidade para a conquista de melhorias dentro da sociedade.

“Os olhos com que revejo já não são os olhos com que vi”.

Paulo Freire

1. Surdez em seu aspecto médico, cultural e social

1.1. Diagnóstico médico

Surdez da cóclea ou do nervo auditivo, conhecida pelos médicos por surdez neurossensorial ou senssorioneuralera forma mais comum de surdez, podem ter varias, desde problemas menores com diminuição na irrigação sanguínea do ouvido até mais sérias como tumores cerebrais. Este problema pode fazer parte do envelhecimento.

Tem pessoas, que a partir dos 55 anos, a audição começa a diminuir como acontece com a visão, que pode acontecer com menor idade e varia de pessoa para pessoa, podendo ser por idade, por herança genética, ou por outros fatores (barulho intenso, infecções ,etc.). Podem também ser atribuídos a doenças como hipertensão arterial e diabetes, virose (rubéola, caxumba) meningite, drogas.

Somente a partir dos dois ou três anos a surdez é facilmente detectada na criança, sendo mais fácil notar algumas dificuldades, nesse sentido, já que este problema pode alterar seu comportamento como por exemplo, não responder quando seus pais a chamam. Existem alguns sinais e situações nas quais os pais podem suspeitar quando alguma coisa não vai bem com a audição do seu filho. Quando o bebê recém-nascido não mostra sobressalto nem se desperta diante de qualquer ruído, quando um bebê de mais de três meses não vira ao chamá-lo, aproximadamente um ano não inicia o processo da linguagem, aos 2anos de idade ainda não diz papai e mamãe. Nestes casos, o médico otorrinolaringologista vai poder orientar os pais ou responsáveis da melhor maneira para dar início ao tratamento adequado.

1.2. Aspecto cultural

Os surdos diferem do ouvinte, não apenas porque não ouvem, mas porque desenvolvem potencialidades psicoculturais próprias.

No Brasil, os surdos desenvolveram a libras com influência da língua de sinais francesa, portanto elas não são universais, cada país ou comunidade de surdos possui sua própria língua de sinais. Existem surdos que por escolha dos pais ou opção pessoal preferem utilizar uma língua oral.

1.3. O jovem surdo e o acesso aos bens cultural e social

Em relação aos jovens surdos, eles estão sempre em busca de pontos de encontro com amigos surdos em locais como shopping centers, em bares ou cinema, ou em seu próprio bairro. A igreja evangélica tem atraídos muitos jovens, pois nos cultos contam com intérprete de línguas de libras que facilitam a comunicação e a construção de identidades. Os problemas encontrados no acesso à cultura pelos jovens surdos não é problema de surdez, mas da ausência de políticos que possibilitam a democratização da cultura e acessibilidade dos bens culturais da língua de sinais libras.

Não havia compreendido que eu era surda, somente que existia uma diferença nunca havia visto surdos adultos, portanto na minha cabeça os surdos não cresciam, iríamos morrer assim pequenos (labort. 1994 pág. 25).

1.4. A língua de sinais na educação da pessoa surda

Ao discutir a educação dos surdos e das pessoas com deficiência auditiva, é necessário que a escola crie um ambiente linguisticamente adequado, de forma que o aluno possa desenvolver a linguagem na modalidade que lhe é natural.

Segundo Sá (2002, p.63) no Brasil e no mundo a abordagem educacional oralista ainda tem grande força. Oralismo é o nome dado às abordagens que destacam a fala e a amplificação da audição e que rejeitam, de maneira explícita e rígida, qualquer uso da língua de sinais.

O oralismo perdurou como a filosofia educacional para ensino de surdos por mais de um século e que apregoa que o surdo deve adquirir a língua oral, devendo ser terminantemente proibido o uso de sinais no processo, essa postura foi fortemente criticada por pesquisadores e estudiosos da época, para esses autores, a língua oral não pode ser adquirida por este tipo de aprendiz pelo processo de aquisição de língua materna, pois, devido à ausência de audição, pode-se considerar que ele não foi exposto a uma primeira língua. Esse aprendiz, além de ficar privado, nessas condições, de adquirir a língua materna, também não tem acesso aos processos de desenvolvimento da linguagem de forma natural (FELIX,2008, p.17).

Para o ser humano, uma das calamidades mais marcantes é a ausência da linguagem, porque é por meio da linguagem que ocorre a interação social entre os indivíduos e o meio em que vive. O sofrimento na vida de um deficiente auditivo começa desde o seu primeiro diagnóstico, que causa o primeiro impacto na vida de seus familiares. Se uma mãe é questionada na sua gravidez sobre a escolha do sexo do seu bebê, a resposta é que venha saudável. A família tem consciência de que a trajetória daquela criança não será fácil, terá que enfrentar discriminação e a rejeição, e viver num mundo onde tudo é para ouvintes, onde as políticas governamentais não são voltadas para os deficientes.

A comunidade surda brasileira comemora no dia 26 de setembro o dia nacional do surdo, data em que são relembradas as lutas históricas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde dignidade e cidadania.

2. Ensino de libras na prática docente

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