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MANIFESTAÇÃO DOS DIVERSOS DE TIPO DE MENINGITE NA BAHIA

Por:   •  5/12/2016  •  Artigo  •  1.968 Palavras (8 Páginas)  •  240 Visualizações

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MANIFESTAÇÃO DOS DIVERSOS TIPOS DE MENINGITE NA BAHIA 2001-2006

Débora da Rocha Silva¹*, Ellen Thauane David Sena¹*, Yasmin Landulpho Sales Barbosa¹*

¹Universidade Salvador - UNIFACS - Salvador (BA)

*Os autores contribuíram igualmente na autoria desse manuscrito.

Resumo

A meningite é uma infecção que atinge o sistema nervoso causando inflamação nas meninges. As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos. A partir do que foi registrado no Sistema de Identificação de Agravos e Morbidade (SINAN) sobre os casos de Meningite no estado da Bahia, foi feito uma análise do total de casos registrados do ano de 2001 a 2006, com base nas variáveis: sexo, faixa etária, raça e escolaridade, variáveis importantes para definir os dados epidemiológicos da doença, e com base em variáveis clínicas, que fazem parte do Critério de Confirmação e Evolução do Caso, podendo assim comparar a quantidade de pacientes que obtiveram a cura e os que foram a óbito. A partir desta análise é possível observar a prevalência deste enfermo durante os anos.

Palavras-chave: Meningite - Variáveis – Prevalência.

INTRODUÇÃO

É uma doença atinge o sistema nervoso, caracterizada por um processo inflamatório que atinge a membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal das pessoas.  Mais frequentemente é ocasionada por vírus, bactéria ou fungo.  É importante pela severidade de alguns casos que podem evoluir a óbito ou a um dano no cérebro mais grave deixando sequelas¹. O quadro clínico da MGT é caracterizado por: cefaleia intensa, náuseas, vômitos e certo grau de confusão mental. Também há sinais gerais de um quadro infeccioso, incluindo febre alta, mal-estar e até agitação psicomotora. Além disso, podemos observar a tradicional “rigidez de nuca”, um sinal de irritação meníngea².

No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais no verão. A susceptibilidade é geral, entretanto o grupo etário mais vulnerável são as crianças



menores de 5 anos, porém as crianças menores de 1 ano e os indivíduos maiores de 60 anos são mais susceptíveis à doença. Os indivíduos portadores de quadros crônicos ou doenças imunossupressoras como síndrome nefrótica, asplenia anatômica ou funcional; insuficiência renal crônica; diabetes mellitus; infecção pelo HIV, também possuem maior susceptibilidade de adoecer³.

A forma mais comum de contágio é através de contato prolongado ou intenso com secreções respiratórias de pessoas infectadas. O tratamento depende do agente que está causando a doença. Algumas formas de meningite podem ser prevenidas por meio de vacinas. Uma vez instalada a doença ela constitui-se numa emergência médica. Quanto mais cedo o tratamento for instituído, melhor o prognóstico, tanto em relação a possíveis sequelas como em relação à mortalidade4.

Este trabalho tem como objetivo avaliar os casos presentes no SINAN de pacientes portadores de Meningite no estado da Bahia do ano de 2001 a 2006, discutindo as variáveis epidemiológicas, os critérios de confirmação e a evolução do caso.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizada uma busca de dados registrados no Sistema de Identificação de Agravos e Morbidade (SINAN), no sistema eletrônico do Ministério da Saúde (DATASUS-BA). Dos registros identificados de meningite no período de 2001 a 2006, foram analisados no Estado da Bahia, Salvador e outras cidades, incluindo: Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Alogoinhas, entre outras.

Na análise descritiva para tabular os dados obtidos, foram considerados critérios epidemiológicos para quantificação dos dados de infecção pela etiologia da meningite, estratos da faixa etária (0-14 anos; 15-39 anos; 40-59 anos; >60 anos), gênero, raça, escolaridade, os critérios utilizados para a confirmação dos casos e a evolução dos casos (cura ou óbito).

Para cada variável analisada foram calculadas as frequências absolutas e relativas apresentada na forma de gráficos e tabelas.

RESULTADOS

Na Figura 1, encontra-se o total de casos registrados de meningite em Salvador e nos municípios do Estado da Bahia. Do total de 6.834 casos notificados, ao longo de quase 5 anos, período compreendido entre 2001 e 2006, percebe-se que nos anos de 2003 e 2001 houve uma maior prevalência dos casos em relação aos outros anos.

Figura 1. Números de casos de meningite no estado da Bahia, entre 2001 e 2006.

[pic 1]

Na Tabela 1 podemos observar algumas variáveis importantes para definir os dados epidemiológicos da doença. Percebe-se que o gênero mais acometido é o masculino e que no ano de 2003 foi quando houve o maior índice de infectados. Ressalta-se um número expressivo de indivíduos 0 - 14 anos. Quanto a raça houve um alto índice de ignorados em praticamente todos os anos descritos, isso se deve ao não preenchimento dos dados raciais ou os mesmos não foram respondidos pelos pacientes. Observa-se que na escolaridade houve maior prevalência no quesito não se aplica, ou seja, indicando assim que os indivíduos sem idade escolar (0-2 anos) são mais acometidos pela doença. Isso pode ser um aspecto confirmador dos casos na faixa etária.


              O critério de confirmação que mais diagnosticou pacientes com a doença foi a coloração citoquímica em todos os anos observados (Tabela 2). Esse método consiste na identificação e localização de compostos químicos e macromoléculas no interior das células através de um corte no tecido aderido a uma lâmina na qual se irá incubar diferentes reagentes, corantes e não corantes. Percebe-se que há certa eficiência no tratamento da doença, visto que em sua grande maioria os pacientes são curados. No ano de 2003 houve um ápice de cura de 82,9% entre os 1.331 pacientes tratados. Os piores anos registrados foram os de 2001 e 2002, onde houve apenas 79,4%  e 79,3% respectivamente entre os pacientes curados.

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