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Medicamentos Ototóxico Libras

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Por:   •  3/5/2014  •  2.533 Palavras (11 Páginas)  •  193 Visualizações

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Resumo:

O agente físico ruído pode afetar o bem estar físico e mental, e em forte intensidade pode provocar perda auditiva. Diariamente as pessoas são expostas ao ruído em seu ambiente de trabalho e, muitas vezes, além da exposição a este agente, fazem uso concomitante de medicamentos ototóxicos, o que predispõe a um maior risco de surgimento de danos auditivos. Mesmo com todo o trabalho de prevenção auditiva e promoção da saúde obrigatórios segundo as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, o uso de medicamentos realizado pelos funcionários, muitas vezes sem orientação médica, pode interferir diretamente na saúde geral destes, deixando o trabalhador mais susceptível aos efeitos do ruído. A orientação realizada pelo profissional farmacêutico sobre os medicamentos que causam, como reações adversas, os efeitos ototóxicos (cocleotoxicidade e vestibulotoxicidade), pode prevenir um aumento na sensibilidade aos riscos de danos auditivos nos funcionários expostos aos elevados níveis de pressão sonora (NPS) em seu ambiente de trabalho. A exposição ao ruído em forte intensidade é a principal causa de problemas auditivos em adultos. Diariamente as pessoas são expostas a diferentes níveis de pressão sonora em seus ambientes de trabalho, sem ter o conhecimento dos danos e das leis que regem o assunto. A segunda maior causa são as substâncias ototóxicas, poluentes ambientais e alguns medicamentos, este trabalho cita os principais grupos medicamentosos relacionados à toxicidade das células do órgão vestibular e coclear.

O som é fundamental para as relações pessoais e sociais do ser humano. Na natureza existem milhares de sons, alguns inclusive imperceptíveis à orelha humana. E a partir destes sons ou do significado que eles transmitem, o ser humano reage de maneiras diferentes. Ele pode significar alegria, alerta, medo e irritação. No entanto, todos os sons têm potencial para serem descritos como ruídos, o ruído é considerado aceitável quando não causar incômodo nem interferência nos sinais de fala dos ocupantes de um ambiente (COUTO e LICHTIG,1997; LHEUREUX e PENALOZA, 2004).

2. OBJETIVO

O objetivo desta pesquisa foi verificar a importância da orientação do profissional farmacêutico sobre efeitos medicamentosos, principalmente sobre os medicamentos ototóxicos e seu sinergismo com o agente físico ruído.

3. MATERIAL E MÉTODOS

Foram realizadas pesquisas literárias e menção da legislação vigente.

4. REVISÃO DA LITERATURA

4.1 Fisiologia Auditiva

A orelha humana é um órgão sensível que capacita a percepção e interpretação das mais variadas freqüências de ondas sonoras (20 à 20.000 Hz). A captação do som até sua percepção e interpretação é uma seqüência de transformações de energia iniciando pela sonora, passando pela mecânica, hidráulica e finalizando com a energia elétrica dos impulsos nervosos que chegam ao cérebro.

A energia sonora é captada pelo pavilhão auricular, a orelha externa, penetra pelo meato acústico externo que termina em uma delicada membrana, a membrana timpânica.

A membrana timpânica transforma as vibrações sonoras em vibrações mecânicas que se comunicarão com os ossículos: martelo, bigorna e estribo. Os ossículos funcionam como alavancas, aumentando a força das vibrações mecânicas. O último ossículo, o estribo, pressiona a janela oval da cóclea, as vibrações mecânicas se transformam em ondas de pressão hidráulica que se propagam no fluído que a preenche. Finalmente, as ondas no fluído são detectadas pelas células ciliadas do órgão de Corti que enviam ao cérebro sinais nervosos (elétricos) que são interpretados como som. Os sinais nervosos levados pelo nervo auditivo ao cérebro já contém as informações das freqüências que compõem o som que está sendo recebido. Essa análise se processa na membrana basilar da cóclea, sobre a qual estão dispostas as milhares de células ciliadas. Essa sensibilidade espectral da orelha se processa da seguinte maneira: as células ciliadas mais próximas à janela oval (início das ondas hidráulicas) tem uma sensibilidade maior às altas freqüências (OLIVEIRA, 1993).

4.2 Efeitos do Ruído na Audição

Uma das maiores ocorrências, atualmente, são as chamadas perdas auditivas ocupacionais, que podem ser provocadas por exposição em níveis de pressão sonora elevados e a produtos químicos ototóxicos (MELNICK, 1999).

A perda auditiva induzida por ruído é a “doença” que mais atinge o sistema auditivo, podendo provocar lesões irreversíveis na orelha interna, sendo assim, extremamente importante a sua prevenção. Sem dúvida alguma, o ruído ocupacional é um dos mais graves problemas sociais do trabalhador brasileiro (KÓS & KÓS, 1998).

Hoje em dia estamos constantemente expostos a níveis elevados de ruído no trabalho, no trânsito, no cabeleireiro, nos momentos de lazer: em bares, danceterias, parques de diversão, aulas em academias de ginástica, que podem prejudicar a nossa audição e nossa qualidade de vida. O ruído pode provocar no organismo efeitos auditivos e extras auditivos.

Os efeitos auditivos do ruído são: zumbido, sensação de plenitude auricular, desconforto para sons intensos, dificuldade para entender em locais ruidosos, perda auditiva temporária, e quando instalada a alteração auditiva é irreversível(KATELAN e PERES, 2001).

Segundo DANILLO e MANHANINI (2000), os efeitos extras auditivos do ruído são: dor de cabeça, alterações no sistema digestório, falta de concentração, irritabilidade e estresse. A exposição ao ruído por todo seu efeito no organismo prejudica muito a qualidade de vida do indivíduo.

OLIVEIRA e COLS (1997), consideraram que o ruído é nocivo à saúde humana quando ultrapassa 85 dBNA, sendo este o limite para uma exposição diária de oito horas, porém não se deve estabelecer rigorosamente um nível de intensidade, pois cada indivíduo possui características peculiares.

De acordo com a Portaria 19, 1998, do Ministério do Trabalho, “Entende-se por perda auditiva em níveis de pressão sonora elevados as alterações dos limiares auditivos, do tipo sensorioneural, decorrente da exposição ocupacional sistemática a níveis de pressão sonora elevados. Tem como características principais a irreversibilidade e a progressão gradual com o tempo de exposição ao risco. A sua história natural mostra, inicialmente, o acometimento dos limiares auditivos em uma ou mais freqüências da faixa de 3.000 a 6.000 Hz.

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