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Metodologia do Trabalho Científico

Por:   •  17/5/2018  •  Resenha  •  786 Palavras (4 Páginas)  •  99 Visualizações

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O capítulo dois do texto em questão traz uma abordagem específica acerca da leitura de estudo, através de uma investigação teórico-prática sobre o aprendizado de alguns procedimentos intelectuais. Trata-se de estudar como se ensina a estudar.

No início do capítulo a autora não traz uma definição científica de “ler” contida num dicionário como práxis, uma vez que este contém apenas conceitos técnicos e o ato de ler vai muito além de unir letras, formar palavras, frases, decodificando códigos, pois apenas isso não garante o sentido do que se lê. É preciso levar em consideração que o sentido está dado na palavra, bastando ao sujeito decifrar para ler.

Ao contrário do que algumas definições, ler não é um ato mecânico, não é apenas percorrer a visão sobre o que está escrito, afinal de contas muitas vezes pessoas “letradas” leem um determinado texto, mas não conseguem atribuir sentido a ele. Essa ideia mecânica de decifração deve ser derrubada, uma vez que erroneamente classifica como se o sujeito que lê, ainda que tenha uma pregressa bagagem e conhecimento, esta não interferisse no significado.

Todo este contexto de carência de uma reinvenção para o significado do ato de ler , não atende as novas concepções de leitura, expressando, então a não integração destes conceitos para com a sociedade.

Tais concepções automáticas vem sendo contestadas desde as décadas de sessenta e setenta, quando houve uma maior preocupação com a forma de ensinar a ler, visando vencer o fracasso escolar.

É preciso que haja uma relação efetiva e alteridade afim de que se compreenda que há diferentes formas de ler. Desconstruindo o dogma estabelecido pela escola de que só se lê de uma única forma. Este livro abre os horizontes a uma questão rotineira que não nos damos conta: podemos ler além do que nos foi ensinado no ensino fundamental, podemos ir além e não só decodificar símbolos, mas sim internalizar e absorver textos.

Levando em consideração não só a diferença entre gêneros textuais (o jeito como um artigo científico é lido, não é o mesmo que uma poesia, por exemplo, que é um texto essencialmente litúrgico), como também quem o lê, em que momento, o modo como lê. Um exemplo claro disso é que se hoje você reler mesmo livro lido há 5 anos atrás, sua leitura não será igual a de antes, já que esse momento de sua vida é diferente daquele outro, sua “bagagem” é outra.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, terceiro e quarto ciclo do Ensino Fundamental estabelecem as seguintes leituras: Leitura integral, Leitura, inspecional, Leitura tópica, Leitura de revisão, Leitura item a item, Leitura individual, Leitura pública, Leitura coletiva.

Visando quebrar tal paradigma, pensando que ler é também pensar em posturas e atitudes frentes ao texto e à leitura em si, a autora atém-se a leitura de estudo, trazendo uma visão mais ampla abordando os conhecimento do consagrado autor Paulo Freire, é ressaltado que o ato de estudar requer especificidades rigorosas de quem a ele se dedica, como: apropriar-se do papel de sujeito desse ato, colocar-se diante do mundo como sujeito crítico, não se prender apenas a uma leitura x, mas também ir atrás da bibliografia; dialogar com o autor do texto, pois leitura não é nem de longe um

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