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O Amor de Perdição

Por:   •  25/5/2023  •  Trabalho acadêmico  •  358 Palavras (2 Páginas)  •  44 Visualizações

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O meu texto tem como tema central a obra de Camilo Castelo Branco "Amor de Perdição", em que esta é caracterizada como crónica da mudança social.

A obra representa uma crónica da mudança social, pois esta representa os valores e comportamentos dos grupos sociais da época e critica muitos aspetos da sua sociedade.

A intriga principal da obra decorre entre uma "mudança de ares", visto que passa-se na mudança do Absolutismo (Monarquia Absoluta) para o Liberalismo.

No Absolutismo, a sociedade apresentava uma enorme desigualdade, alimentada pela nobreza e pelo clero.

O Liberalismo corresponde ao sistema político que derrubou o Absolutismo. É nesta época que os cidadãos ganham direitos políticos, cívicos, e conquistam ainda a liberdade de expressão.

A linguagem da crónica é simples e coloquial, de maneira a que o escritor se aproxime do leitor. Ao contar como vê determinado facto, o cronista permite que o leitor veja o mundo da mesma maneira que este. De facto, Camilo transpôs para a obra o sentimento de revolta e o desencanto pelo seu país, pelo facto da felicidade ser algo inalcançável.

O amor aparece como um dos principais temas que caracterizam a sociedade da época. Simão e Teresa surgem como oposição à mediocridade da sociedade da época, ao mesmo tempo que correspondem à pureza pela entrega total ao amor.

No entanto o casal é caracterizado pela sociedade como anti-heroico pelo facto de não seguirem os ideais burgueses da época e é esta mesma razão que leva ambos a serem retratados pelo autor como heróis.

A tragédia surge motivada pelo contraste entre valores ligados ao amor e valores sociais. É esta tragédia que acaba por condenar Simão e Teresa à solidão total.

Outro tema abordado é a crítica de uma sociedade repressiva e feita de desigualdades, que atua através de uma instituição familiar, a começar pela insignificância social da mulher, casamento de conveniência e um autoritarismo paterno. E de forma a comprovar isto, surge o casamento forçado entre Teresa e seu primo, idealizado por Tadeu de Albuquerque.

A igreja, onde são criticados valores como a falsa virtude cristã, a maldade e a tirania (Convento de Viseu), também é uma entidade repressiva presente nesta obra.

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