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O Brasil E Sua Formação Religiosa

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Por:   •  6/12/2013  •  2.531 Palavras (11 Páginas)  •  618 Visualizações

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SUMÁRIO

Introdução 03

A Religião como objeto de estudo da Sociologia 04

O catolicismo oficial e popular 06

Candomblé e umbanda: uma forma de resistência dos negros africanos 07

Cristãos protestantes e pentecostais 08

O sincretismo religioso no Brasil 09

Conclusão 10

Bibliografia 11

INTRODUÇÃO

Estudar a religiosidade brasileira significa mergulhar num emaranhado sistema de crenças, costumes e manifestações culturais distintas. Entender esta Matriz da Religiosidade Brasileira” requer uma apurada sensibilidade para compreender, sob uma perspectiva sociológica e mítica, como o brasileiro lida com sua espiritualidade e busca nela a solução ou acalento para seus problemas e dramas pessoais.

Buscamos, na prática, a denominação religiosa que mais influência sofreu deste sincretismo religioso, verificando como ela faz uso dessa riqueza cultural e religiosa e que elementos ela agregou a prática do cristianismo para obter um número cada vez maior de conversão de fiéis à sua doutrina. Trata-se da Igreja Universal do Reino de Deus, que através de um confronto direto com a Umbanda, faz usos de elementos daquela religião para reforçar sua doutrina e dar credibilidade ao seu discurso de combate do bem contra o mau.

A RELIGIÃO COMO OBJETO DE ESTUDO DA SOCIOLOGIA

Todas as sociedades conhecem alguma forma de religião, pois esta é um fato social universal encontrado em todas as partes desde os tempos mais remotos. Ao longo da história da humanidade surgiram muitas formas de manifestação religiosa, religiões surgem e desaparecem mais algumas resistem se transformam e estão presentes até hoje. A crença em algum tipo de divindade ou ainda, o sentimento religioso são fenômenos generalizados em toda sociedade e são inerentes ao ser humano. Como meio de controle social, a religião é um dos mais eficientes e,

Dentro das mais variadas culturas, o culto ao sobrenatural apresenta-se como fator de estabilidade social e de obediência às normas sociais. As religiões e as liturgias variam, mas o aspecto religioso é bem evidente. As pessoas procuram no misticismo e no sobrenatural algo que lhes transmita paz de espírito e segurança. Por isso a religião sempre desempenhou uma função social indispensável.

Dentro da Sociologia, temos uma vertente destinada aos estudos dos fenômenos religiosos, é a chamada Sociologia da Religião. Seu objetivo é o de compreender os efeitos sociais do “pertencimento religioso”, ou seja, demonstrar como as crenças religiosas interferem no comportamento e nas tomadas de decisões dos indivíduos. Nossa proposta aqui é estudar a religiosidade de grupos sociais para entender como se deu esta formação, este sentimento religioso do brasileiro e como ele lida com isso para enfrentar seus problemas e dificuldades no cotidiano, tendo por tese que o povo brasileiro é considerado um dos mais religiosos do mundo.

Émile Durkheim, considerado um dos pais da Sociologia, escreveu no século XIX:

“Diz-se que a ciência, em princípio, nega a religião. Mas a religião existe. Constitui-se num sistema de fatos dados. Em uma palavra: como poderia a ciência negar tal realidade?

Para Durkheim o papel principal de qualquer religião é promover a dicotomia entre o profano e o sagrado. As coisas profanas adquirem, segundo Durkheim, uma utilidade prática até poderem ser descartadas; já as coisas sagradas, os objetos, idéias assumem valor superior aos dos indivíduos, possui um valor de adoração que é superior ao próprio homem e é por este reverenciado. O homem ocupa desta forma um lugar secundário no universo,

“Sente-se dominado e envolvido por algo que dele dispõe e sobre ele impõe normas de comportamentos que não podem ser transgredidas, mesmo que não apresentem utilidade alguma.

Para Durkheim a religião possui características que a permite criar regras de comportamento e normas que visem gerar a harmonia entre os homens; desta forma é através da religião que as sociedades se estruturam e se organizam formando “uma imagem de si mesmas”.

Karl Marx, também considerado um clássico da sociologia, tem outra visão sobre a religião, sem, contudo descartar sua importância, “A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, assim como é o espírito de uma situação sem espiritualidade, ela é o ópio do povo”.

Segundo Marx, o homem faz e se apropria da religião, pois necessita de acreditar em algo que possa suprir as necessidades que o mundo não consegue, portanto a religião funciona, neste sentido, como um verdadeiro ópio. Na teoria marxista, prevalece a premissa de que “a ideologia dominante é a ideologia da classe dominante” dentro da qual Marx destaca que as classes dominantes se apropriam da religião para dominar e explorar as classes dominadas. Dentro deste contexto, a religião é vista por Marx como uma ilusão, numa ideologia que serve única e exclusivamente para justificar uma dominação de classe.

Para Marx Weber, é na compreensão dos comportamentos religiosos que chegamos ao entendimento sobre as atividades humanas. A religião estaria assim ligada a outras atividades humanas, como por exemplo, a ética, a economia, a política. Com sua célebre obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, Weber procurou demonstrar que ocorreu uma transformação do trabalho a partir da ética protestante. Segundo Weber, “essa concepção de trabalho, protestante

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