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O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN

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Por:   •  14/5/2014  •  3.301 Palavras (14 Páginas)  •  1.096 Visualizações

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O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN

As crianças com S.D. apresentam algumas limitações, são mais lentas e demoram mais tempo que as outras para atingir a maturidade e desenvolver-se por completo.

Elas podem desenvolver inúmeras habilidades – dentro de suas limitações –, não sendo possível então predizer suas capacidades ao nascimento, visto que algumas crianças com Down têm um ótimo desenvolvimento cognitivo, pois receberam estímulos desde o seu nascimento e tiveram acompanhamento de diversas terapias.

Por isso o trabalho pedagógico específico deverá ser iniciado o quanto antes possível, de preferência na Estimulação Precoce e na Educação Infantil, pois assim a criança receberá uma estimulação adequada para que possa desenvolver-se mais rápido.

Segundo Voivodic, “é necessário, porém romper com determinismo genético e considerar que o desenvolvimento da pessoa com S.D. resulta não só de fatores biológicos, mas também das importantes interações com o meio”. (2008, p. 46)

O atendimento feito à criança com S.D. deverá ser realizado de acordo com as situações diárias da mesma, pois é na educação Infantil que ela será interada no meio social, adquira experiências de convivência com os demais integrantes da escola e por fim desenvolverá a autonomia.

Contudo se faz necessário ressaltar que a criança Down, necessita da união dos profissionais em educação, dos pais e da equipe multidisciplinar para que juntos possam trabalhar em prol do seu desenvolvimento tanto acadêmico com social.

Voivodic diz que, por mais que a escola e os profissionais se esforcem no sentido de promover o desenvolvimento da criança com SD, seus esforços serão bastante limitados se não for considerada, tanto em sua filosofia educacional quanto em sua prática de ação uma orientação aos pais. (2008, p. 57)

E para que estas crianças possam desenvolver as suas habilidades, se faz necessário que ao aplicar as atividades, estas estejam voltadas para o objetivo da aprendizagem, visto que, em se tratando da criança Down, não há método específico, o que é preciso é uma intervenção específica de acordo com as necessidades de cada uma delas.

A criança com S.D. somente é vista por sua deficiência, até porque a Deficiência Mental está presente em todas elas, nunca num todo, como um ser completo, embora sua capacidade intelectual não esteja dentro da normalidade segundo os padrões da sociedade, se forem bem estimuladas e integradas poderão se desenvolver melhor.

De acordo com Voivodic, “o uso de rótulos e categorias enfatiza apenas as dificuldades e desvia a atenção de outros fatores que não são importantes e podem facilitar a aprendizagem”. (2008, p. 60)

A aprendizagem das crianças com S.D. torna-se um processo complexo e trabalhoso, pois, as mesmas demoram a adquirir e desenvolver a linguagem, sendo esta uma das características marcantes na criança com esta Síndrome, necessitando assim de uma estimulação específica.

O processo do desenvolvimento cognitivo e da aprendizagem se dará mais rápido quando a criança com S.D. for integrada às atividades cotidianas, concretas, deixando de lado as abstrações, podendo assim desenvolver suas habilidades e potencialidades.

Há uma outra necessidade que também deve ser lembrada, a de deixar de estereotipar a criança com S.D., bem como a limitação das suas capacidades intelectuais; visto que grande parte da sociedade já condena a criança a um fracasso intelectual por ter uma deficiência.

Alves diz que, “[...], a Síndrome de Down é classificada como uma deficiência mental, a qual não podemos preestabelecer o limite do indivíduo, mas existe a grande possibilidade de desenvolvimento cognitivo”. (2007, p. 38)

Cada pessoa possui um limite, portanto cada uma aprende de maneira diferente, no entanto, o mesmo que acontece com as crianças S.D., umas se desenvolvem mais rápido que as outras, assim como, umas têm mais oportunidades que as outras.

Essas crianças para que possam ser atendidas adequadamente, precisam de profissionais preocupados com o seu bem estar, com a sua aprendizagem e com todo o seu desenvolvimento.

5.1 A Importância do Brincar no Desenvolvimento da Criança com Síndrome de Down

A criança com S.D. por ter seu desenvolvimento mais lento do que as crianças “comuns”, precisam de atividades que as estimulem. As brincadeiras e os brinquedos facilitam o desenvolvimento das mesmas.

Segundo Milani,

As crianças, através das brincadeiras, reproduzem cenas de sua própria vida. Em algumas situações, modificam tais cenas para que estas se tornem mais agradáveis. Essa mesma modificação pode ser detectada também em crianças portadoras da Síndrome de Down. (2006, p.92)

As crianças trazem para as suas brincadeiras a realidade de seu cotidiano o que facilita muito, tanto o desenvolvimento social quanto o motor, tornando-as mais independentes em suas práticas de atividades de vida diária.

De acordo com Milani,

A brincadeira permite que a criança resolva problemas não resolvidos no passado, de forma simbólica. Dessa forma, poderá enfrentar diretamente o presente, e se preparar para o futuro. As brincadeiras em que a criança precisa perseverar lhe ensinam a confiar. A confiança desenvolve o hábito de paciência, preservação e aplicação necessário para tornar possíveis as aprendizagens complexas. (2006, p.102)

No entanto muitas vezes os pais, ou mesmo os professores corrigem o modo das crianças brincarem, por acreditarem que o brinquedo não condiz com o modo ao qual esta sendo manuseado. Então quem acaba brincando são os adultos que intervém e não a criança, contudo é muito importante que a criança brinque, fantasie o máximo que puder.

Em relação aos tipos de brincadeiras Milani diz que, A criança atribui vida aos objetos (animismo) e a brincadeira predominante é solitária. [...]. Aos poucos, vai se descentralizando e brincando coletivamente. Esse convívio social é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e afetivo.- emocional. Já na brincadeira simbólica coletiva, [...], aparece a necessidade de respeitar regras para ser aceita no grupo. A colaboração e / ou competição aparecerá mais tarde, nos jogos de regras. (2006, p. 99)

É através das brincadeiras que as crianças com ou sem S.D. se desenvolvem, aprendem a viver em grupos, a respeitar normas, a impor regras e a ter limites. E ainda aumentava a agilidade mental, tem um melhor desenvolvimento nas atividades

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