O Ensino Presencial E O Ensino à Distância No Brasil.

O ensino presencial e o ensino à distância no Brasil.

O ato de ensinar requer, a priori, participação efetiva de professor e aluno, onde o primeiro ensina, transmite conhecimentos, instrui ou educa e o segundo, através de seus esforços e interesses, procura aprender o que lhe foi ministrado. O professor pode lecionar a um aluno ou a uma sala de aula. Para minha reflexão, vou levar em conta o mais tradicional e importante compartimento de uma escola: a sala de aula. Ou a classe, uma categoria de aprendizes que ocupa a sala de aula, que representa uma turma de estudantes. Pretendo fazer uma rápida análise desse tradicional ensino, denominado presencial. Estou assim pensando na sala de aula física em oposição à sala virtual moderna ou AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem). A sala de aula é o lugar onde o aluno realiza parte de sua aprendizagem. Há, além dela, a biblioteca, os laboratórios e a própria casa onde se realiza tarefas escolares, pesquisas e estudos para as provas e avaliações. Uma sala de aula bem aparatada proporciona prazer para ensinar e aprender. Higiene, ventilação, um bom arranjo físico, quadros de avisos e outros acessórios pertinentes devem estar em boas condições de uso e apoio ao processo de ensino e aprendizagem. Além do ambiente, a escola deve ser transparente no que se refere à sua administração escolar. Diretoria, equipe pedagógica, secretaria e outros setores devem usar estratégias para lidar com a organização disciplinar da escola. É preciso incutir no aluno a certeza de que a escola é séria e tem como objetivo proporcionar boa formação a ele. O apoio da tecnologia como computadores em rede, deve estar presente. Além de livros (a existência da biblioteca é importante, seja ela física ou virtual), material de apoio através de apostilas se torna importante, pois pode facilitar o trabalho do professor, reduzindo sua excessiva carga de trabalho no preparo das aulas e conduzindo o aluno aos pontos que ele deve estudar prioritariamente. Isto não isenta o professor de criar material de estudos, como apresentações em PowerPoint ou Webquests, por exemplo; nem o aluno de complementar seus estudos e pesquisas através de leituras de livros que podem constar pertinentemente de uma bibliografia recomendada na própria apostila. Com certeza sobrará tempo para a realização de projetos interessantes para o processo de aprendizagem. E a figura do professor, entidade obliterada pelo Estado, descredenciada por parte do alunato e da sociedade? Seu baixo salário, sua perda de status e formação inadequada, seu excesso de aulas e falta de tempo para estudar, para se reciclar e buscar atualização cultural e tecnológica – esse estado de coisas contribui para a desvalorização do ensino no Brasil. E será uma derrocada se a isso juntarem-se escolas mal estruturadas e mal dirigidas. Quando li os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, de 2000, em seu capítulo “O papel da educação na sociedade tecnológica”, fui enveredando entusiasmadamente pelos termos competência, cidadania, relações sociais, autonomia, educação etc. Todo esse contexto genial embasado pela UNESCO e apoiado nos “Quatros Pilares da Educação”, coordenado por Jacques Delors, não saiu do papel, pelo menos aqui no Brasil. Falta um olhar mais crítico para a situação educacional no país. Uma avaliação perene, tomadas de consciência e decisão no sentido de melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Para

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