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O FILME TEMPOS MODERNOS

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Por:   •  25/2/2014  •  852 Palavras (4 Páginas)  •  419 Visualizações

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SOCIOLOGIA E EDUCAÇÃO I

ANÁLISE SOCIOLÓGICA

O FRACASSO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DE MAGDA SOARES

A autora analisa as relações existentes entre a linguagem e a escola, tentando compreender o problema da educação das camadas populares no Brasil. Pode-se afirmar que a “escola para todos” é ainda considerado utópico; a escola mostra-se incompetente quando se fala em evasão e repetência gerando-se assim o fracasso escolar das camadas populares.

Grande parte da responsabilidade por essa incompetência deve ser atribuída a problemas de linguagem. Conflitos sociais gerados entre o uso adequado dos padrões linguísticos. Há uma relação entre a escola, a sociedade e linguagem numa perspectiva de fundamentar uma prática de ensino eficaz e competente para a educação das camadas populares.

O discurso do ponto de vista político sempre busca vangloriar a democratização da escola adotando o lema “escola para o povo”, mas do ponto qualitativo e quantitativo a escola deixa a desejar, onde o ensino, ou seja, a escola ainda não é democrática. Pois, para a escola, o sucesso e o fracasso de cada um nela inserido, depende única e exclusivamente da pessoa, sendo oferecido oportunidades iguais a todos. Ou ainda percebe-se que o fracasso escolar das camadas populares estão diretamente ligadas ao nível cultural e social em que se encontrão.

A escola inserida em uma sociedade capitalista traz consigo a valorização da cultura das classes dominantes como tido como modelo correto. Discrimina a diversidade cultural transformando diferenças em deficiências. Podemos analisar a diferença entre o uso da língua numa e noutra cultura. Sendo que nas camadas populares, o uso de variantes lingüísticas é tido como comum e habitual. Mas a escola usa e quer ver usada somente a variante padrão socialmente prestigiada.

Várias teorias defendem a ideia que a deficiência lingüística das camadas populares estariam diretamente ligada ao meio social e familiar em que vivem, sendo que ao ingressar na escola o seu nível intelectual e cognitivo estaria abaixo das classes mais favorecidas. Sua deficiência cultural apresenta um déficit lingüístico, resultante das privações lingüísticas relacionadas ao meio em que vivem.

Do ponto de vista sociolinguístico as línguas são apenas diferentes, não existindo cultura superior ou inferior. A diferenciação social, em função das características do grupo a que pertence o falante, ou das circunstâncias em que se dá a comunicação, leva a variedades sociais: dialetos sociais ou socioletos que ocorrem em grupos caracterizados pela idade, sexo, raça, classe social, entre outros.

As teorias abordadas no livro (teoria da deficiência linguística, teoria do capital lingüístico e teoria das diferenças linguística), apontam a existência de uma distância entre a linguagem dos indivíduos pertencentes aos grupos sociais e economicamente privilegiados e a dos indivíduos pertencentes às camadas populares, quer essa distância se traduza em deficiência de uma linguagem em relação à outra, quer em diferenças entre uma e outra, quer em opressão de uma sobre a outra.

Essa distância é que pode explicar aquilo que se tem chamado de crise no ensino da língua materna, crise que vem sendo denunciada nos meios educacionais e intelectuais, e também na imprensa e em outros canais de comunicação, desde os anos setenta no Brasil.

A escola tem o papel de

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