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O Inconsciente - Psicanálise

Por:   •  20/8/2022  •  Resenha  •  1.560 Palavras (7 Páginas)  •  108 Visualizações

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Psicanálise[pic 1]

 

O INCONSCIENTE

Cristiane Cortes da Silva

Robson Nunes

Engº Paulo de Frontin

Dia 29 de janeiro de 2021

Cinco Lições de Psicanálise

[pic 2]

        

CRISTIANE CORTES DA SILVA

 Professor Robson Nunes | Engº Paulo de Frontin, 2021

Resenha

A obra “Cinco Lições de Psicanálise” é uma sintetização dos pilares do trabalho de Freud, na qual vem estruturada sistematicamente a sua proposta terapêutica e a sua aplicação na prática.

Embora na época a sua teoria não era concebível, atualmente é bastante recomendada para a introdução à psicanálise, porque contém relatos dos casos clínicos, conceitos e experiências que validam o tratamento psicanalítico.

Na primeira lição, Freud discorre em torno da histeria, comenta sobre a paciente do Dr. Josef Breuer, que ao apresentar uma série de sintomas incomuns (perturbações físicas, insensibilidades, distúrbios na visão e etc) foi induzida a hipnose para que associasse as palavras ditas em momentos de histeria, suas ideias e devaneios. No entanto, após reproduzir diversas descargas emocionais, a histérica obtinha o estado de confusão tranquilizado, voltando à consciência, porém, posteriormente constatava que a jovem somente conseguia relaxar quando seus fantasmas psíquicos eram expostos e explorados durante a terapia.

Este caso de histeria, na realidade advinham de traumas do passado, partes mnêmicas resultantes de emoções frustrantes que estavam ligadas tanto a sua incapacidade, diante da necessidade de cuidados que o pai requeria quanto a sua morte e posteriormente sua aversão à líquidos, assim descoberta numa rememoração do cãozinho bebendo água no copo da sua dama de companhia, a qual pode ser entendida, quando a mesma desperta em meio uma descarga emocional da hipnose pedindo para beber água.

A histeria pode ser causada por qualquer agente patógeno emocional ou quaisquer outros transtornos. Estando o sintoma em evidência, a memória sofre um esvaziamento, logo o descobrimento da causa é aniquilado no inconsciente, resultando desmedidos traumas. A repressão desses traumas patogênicos são traços significantes da neurose, que provocam contínuas pulsões de morte para a vida psíquica, afetando as inervações e desencadeando expressões emocionais. Contudo, havendo uma exposição dessas inibições somáticas por parte do histérico, existe a chance do trauma ser descoberto e após o agente da causa. Tendo ciência do agente causador do trauma, o paciente poderá compreender e processar o problema, dando a si a oportunidade da cura.

A segunda lição explica a Repressão, nela Freud, descarta o método da hipnose e inicia com a capitação massiva de memórias, onde orienta os pacientes conscientes que lembrem ao máximo das memórias antigas, para que assim fizesse a associação ao problema. Embora parecesse fácil, foi identificado que em alguns indivíduos existiam bloqueios que inibiam a projeção dos traumas, identificado como repressão, ao qual é vista como um dispositivo patógeno também da histeria. Vale a pena ressaltar que a repressão começa na infância, por meio das correções morais externas e razões vinculadas a ética. Justamente aquelas que não são bem vistas pela sociedade, que infelizmente passam pela consciência, porém, no inconsciente acabam inacessíveis. Um exemplo bem próximo são os desejos, os prazeres sexuais condenáveis, que a consciência muitas vezes reprime (procura esconder) para que não experimente o desprazer e assim mantenha o caráter preservado. E para evitar a aflição, repele o impulso desejoso da consciência por meio da substituição da ideia reprimida, a sublimação do desejo, dirigindo-se então para um alvo sucessor.

A repressão somente se desfaz quando o paciente se desarma, rompe os paradigmas, supera a inibitória, permitindo então que o conflito mental venha a consciência e por meio da associação a resistência quanto os sintomas, cessam.

A terceira lição explana sobre um conteúdo reprimido no inconsciente, o Chistes, mas com grandes chances de voltarem à tona. É comparado a um desabafo, que tende a gerar deformações na personalidade do sujeito e quanto maior for o nível da resistência maior serão os danos. Os chistes são insinuações que funcionam como um substituto das intenções que permeiam o íntimo e como disfarce utiliza-se das piadas, principalmente as tendenciosas, de humor ou gracejos que servem para expressar pensamentos inibidores e tirar o foco do trauma original.

Na lição, o Pai da psicanálise, toma a definição por complexo, um grupo de ideias interdependentes, catequisadas de cargas afetivas, cujo a técnica de associação livre sugestiona o paciente a falar o que quiser, no qual é necessário que o analisando renuncie às críticas, sem restrições exponha tudo, ainda que em meio ao processo revele fatos desagradáveis, pois a forma terapêutica é o minério de onde se estrai o metal precioso.

Freud, salienta que os sonhos são também fontes riquíssimas para a análise, pois neles podem haver desejos ocultos e reprimidos. Trata a interpretação dos sonhos como uma estrada real para o conhecimento do inconsciente e a base mais segura da psicanálise. Para enfatizar Assis salienta [...] “a interpretação dos sonhos é na realidade a estrada real para o conhecimento do inconsciente, a base mais segura da psicanálise”.

Quando o ego está dormindo, há uma maior tolerância aos desejos do que na vigília, contudo, ainda assim há resistência, por conta disso o pensamento inconsciente se apresenta de maneira disfarçada, expressando-se por condensação e deslocamento. Importante considerar também que por meio do estudo dos sonhos é fácil identificar a centralidade da primeira infância para a constituição do adulto. 

Da mesma forma os atos falhos, apesar de parecerem insignificantes, os deslizes são perceptíveis, por exemplo os esquecimentos, lapsos de linguagem (trocas dos vocábulos e escrita), desaparecimento ou quebra de objetos e quando se juntam aos sonhos, na associação livre, o terapeuta pode conseguir descobrir a origem do trauma, dar fim aos padecimentos dos sintomas de substituição e alta ao paciente. E para corroborar, Assis ressalta que as falhas [...] “exprimem impulsos e intenções que devem ficar ocultos à própria consciência ou emanam justamente dos desejos reprimidos e dos complexos que sabemos são criadores dos sintomas e formadores dos sonhos”.

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