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O TRABALHO COM A LEITURA E O HÁBITO DE LER

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Por:   •  21/10/2014  •  3.487 Palavras (14 Páginas)  •  367 Visualizações

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O TRABALHO COM A LEITURA E O HÁBITO DE LER

Viviane Aparecida Barbosa

RESUMO

Este artigo tem por finalidade afirmar que a educação é processo contínuo e faz parte dos elementos que compõem a nossa existência humana no mundo. Trata-se da questão da leitura, em seus benefícios, importância e necessidade para o educando que se encontra em processo de formação. Pode-se dizer que o fenômeno educacional se inicia no útero materno e faz parte do processo de humanização de cada família. Habituar o aluno a ler tem se mostrado, portanto, inócuo, insuficiente (embora desejável) para que se forme um cidadão capaz de incorporar a leitura às atividades de seu cotidiano. Esta educação precisa sintonizar-se e ser conhecedora do projeto de formação e humanização assumido pelas pessoas envolvidas neste processo particular de formação. O desenvolvimento da coordenação motora fina, das percepções visual e auditiva, embora importantes, são fatores acessórios no processo de aquisição da língua escrita. O fundamental é a criação de situações que permitam à criança contribuir hipóteses sobre as regras que regem a alfabetização. A leitura como uma ferramenta primorosa para a construção de significados mais expressivos e importantes do ser humano no mundo.

Palavras-chave: Leitura. Motivação. Construção. Alfabetização.

Introdução

A educação, pode ser vista e entendida como um contínuo, pois que variados são os interesses, as motivações, as ideologias e os sujeitos envolvidos no processo educacional. Trata-se da questão da leitura, em seus benefícios, importância e necessidade para o educando que se encontra em processo de formação.

A leitura entendida como conquista de uma ferramenta primorosa para a construção de significados mais expressivos e importantes do ser humano no mundo.

Contribuíram para a confecção deste trabalho o pensamento e a análise dos autores, Luciana Barbosa ( 1996), Guilherme Castro (1997), Foucambert (1998), Lacan (1978), Vygotsky (1995), Zanini (1999), entre outros.

O estímulo à leitura tem sido objeto de preocupação constante no cotidiano escolar, alvo de inúmeros programas governamentais, além de alavanca do segmento do mercado editorial que mais tem crescido nos últimos anos – o da Literatura Infanto-Junvenil. A verdade incontestável é que o ato de ler é fundamental na formação acadêmica do aluno; e que considerável parcela de responsabilidade no desenvolvimento das habilidades de leitura recai sobre a escola. Mas igualmente incontestável é a constatação de que a escola, salvo raras exceções, tem falhado nesta tarefa.

A valorização da leitura, considerada num sentido amplo, advém de sua importância para a inclusão do sujeito numa cultura letrada. Neste sentido, o ato de ler ultrapassa, num primeiro patamar, habilidades de simples decodificação; num segundo, a capacidade de atribuir sentido ao que foi decodificado; e ancora-se, finalmente, na habilidade de compreender o que nos chega por meio das informações colhidas, analisando-as e posicionando-nos criticamente frente a elas. Sob tal ponto de vista, o domínio das habilidades específicas da leitura se traduz como uns dos atributos que evitam a evasão escolar oferecem ao sujeito de forma mais abrangente e complexa, a própria cidadania.

Hoje não se pode sequer admitir que tais habilidades estejam atreladas apenas às necessidades de determinados setores produtivos, voltados para atividades intelectuais. Mesmo em empresas cujos recursos humanos necessitem de níveis de escolarização relativamente baixos, habilidades de leitura bem desenvolvidas tornam-se um diferencial. Na medida em que só o fato de conseguir compreender bem um manual de instruções pode evitar a paralisação de uma maquina, ou por má utilização, ou pela espera de um conserto que poderia ter sido facilmente realizado pelo próprio funcionário, por vezes com um único comando.

Assim, o próprio mercado de trabalho passou a valorizar muito mais aqueles que desenvolvem habilidades cognitivas e, em conseqüência, estão mais aptos a se adaptarem a realidades diferenciadas, porque conseguem apreender o novo com maior facilidade – que aqueles que detêm grande número de informações sobre determinado assunto, na medida em que tais informações se podem tornar rapidamente absolutas. Assim, mesmo lidando apenas com o segundo patamar – o da compreensão pura e simples do que foi lido – há que se admitir que a dinâmica tanto da vida escolar e quanto da profissional depende do letramento, de habilidades relacionadas à capacidade de encontrar significados e de proceder a relação entre fatos e dados.

É bastante comum, inclusive, que professores das mais diferentes áreas atribuam o fracasso dos alunos em sua disciplina ao fato de “não saberem ler”. Portanto, dificuldades de compreensão afetam diretamente seu desempenho, não só no que diz respeito à linguagem, mas em todas as áreas do conhecimento e durante toda a sua escolaridade.

Leitura como base de informação e o hábito de ler

Para além das empíricas considerações que atribuem o afastamento dos livros à diversificação do estímulo externo de que dispõem, hoje, crianças e jovens (televisão, videogames, computador – e neste ponto é inevitável a comparação com o temor de que o surgimento da TV acabasse com o cinema, o de que o cinema acabasse com o teatro...), ao alto preço do produto “livro” no Brasil, ou ao pouco envolvimento da família com a formação integral do aluno – considerações que, embora tenham muito de verídico, não isentam a escola da responsabilidade de formar o leitor – a questão central que se coloca é: o aluno brasileiro não gosta de ler, ou melhor, não gosta de ler o que a escola manda, aquele material utilizado com o objetivo de desenvolver as tais habilidades de leitura.

Considera-se que esta tem sido uma preocupação constante da Escola Básica – mesmo que não se obtenha o sucesso esperado – volta-se a atenção para dois focos específicos: o tipo de texto utilizado na escola e a perspectiva metodológica sobre a qual se alicerçam as atividades de leitura, não sem considerar, anteriormente, sob que perspectiva a escola está procurando formar este leitor.

Embora, de modo geral, não se faça distinção entre hábito de leitura e gosto pela leitura, ao menos no que diz respeito à formação do leitor, a própria dinâmica do trabalho com a leitura justifica

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