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O Uso da Biossegurança no Combate ao Coronavirus

Por:   •  14/5/2022  •  Artigo  •  6.582 Palavras (27 Páginas)  •  53 Visualizações

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  1. o Uso da biossegurança no combate ao coronavirus - uma questão de saúde pública

Carlos Roberto de Souza Barreto, formado em ciências biológicas, especialista de SGI em QSMS e mestrando em ciências e tecnologia ambiental

Professor MSc. Vandré Mateus Lima

Gestão Industrial Farmacêutica – GIF

Universidade Estácio de Sá

Rio de Janeiro, RJ, 20/11/2020

RESUMO

A biossegurança no Brasil e no mundo envolve os cuidados e a análise dos riscos a que os profissionais de saúde e de laboratórios estão constantemente expostos em suas atividades nos ambientes de trabalho nos âmbitos de pesquisa, estudo e especialmente nos hospitais onde não se tem como prever quais os riscos estão presentes. A avaliação de tais riscos engloba vários aspectos, sejam relacionados aos procedimentos adotados como, por exemplo. Uso de EPIs, as boas práticas em laboratórios (BPLs), ter conhecimento dos riscos dos agentes biológicos manipulados e a infraestrutura dos laboratórios. Por isso, foram criadas leis que regulamentam a biossegurança no Brasil e isso é muito importante para eliminação ou redução dos riscos envolvidos nas etapas de produções ou pesquisas nas áreas de saúde pública, atualmente existe uma preocupação muito grande com um vírus que de certo modo seria inofensivo se todos realizassem as boas práticas de fabricação e a biossegurança, A nova realidade do mundo que vive a pandemia de Covid-19 impõe o recolhimento residencial e isolamento social, contudo, os profissionais de saúde precisam enfrentar diariamente o inimigo. Nesse contexto, mediante a problemática de como cuidar do profissional da saúde, o presente artigo tem por objetivo elucidar uma abordagem reflexiva, teórico-prática, descrevendo um pouco sobre o enfrentamento físico, psicológico e emocional dos profissionais de saúde na exposição de doenças em tempos de pandemia.

Palavras Chave: Biossegurança. Covid-19, pandemia.

ABSTRACT

Biosafety in Brazil and worldwide involves the care and analysis of the risks to which health professionals and laboratories are constantly exposed in their activities in the work environments in the research, study and especially in hospitals where there is no way to predict what risks are present. The assessment of such risks encompasses several aspects, which are related to the procedures adopted, such as. Use of PPE, good practices in laboratories (LBps), to be aware of the risks of manipulated biological agents and the infrastructure of laboratories. Therefore, laws have been created that regulate biosafety in Brazil and this is very important for eliminating or reducing the risks involved in the stages of production or research in the areas of public health, currently there is a great concern with a virus that would in a certain way be harmless if everyone performed good manufacturing practices and biosecurity, The new reality of the world that lives the covid-19 pandemic imposes residential collection and social isolation , however, health professionals need to face the enemy on a daily basis. In this context, through the problem of how to care for the health professional, this article aims to elucidate a reflexive, theoretical-practical approach, describing a little about the physical, psychological and emotional coping of health professionals in the exposure of diseases in times of pandemic.

Key-Words: Biosafety. Covid-19, pandemic.

  1. INTRODUÇÃO

Navarro et al, 2007, diz que o conceito de Biossegurança abrange um complexo conjunto de saberes de cunho multidisciplinar que compreende os conhecimentos voltados para ações de prevenção, minimização ou eliminação de riscos de acidentes, biológicos, químicos, ergonômicos, físicos, psíquicos e fisiológicos, Brasil, 2005, relata que esses também são provenientes de atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, as quais possam comprometer a saúde do homem, do meio ambiente e/ou dos trabalhos desenvolvidos.

No Brasil, as condições sociais e ambientais acabam propiciando, o surgimento, ressurgimento, e/ou à amplificação de diversos patógenos, em especial aqueles considerados nosologicamente associados as chamadas doenças exóticas. Essas condições são reflexos da deterioração ambiental, da destruição de ecossistemas, da intensificação da mobilidade espacial e ocupacional através das migrações, da extensão da pobreza nas grandes cidades e seu agravamento em regiões tradicionalmente endêmicas para muitas patologias, da precariedade dos sistemas de saúde, com limitada capacidade de diagnóstico e principalmente, pela dificuldade de acesso das populações à informação. Esse perfil aumenta a responsabilidade de seus governantes na definição de políticas de impacto voltadas à prevenção, ao controle de doenças, com especial enfoque para as questões de biossegurança, uma vez que esta trata de medidas necessárias à proteção dos indivíduos e do meio ambiente.

A pandemia da Covid-19 impõe o recolhimento residencial e o isolamento social às populações de todos os continentes. Entretanto, tal premissa não se aplica aos profissionais da saúde que atuam na linha de frente contra esse inimigo, expostos por lidarem com pacientes infectados e correndo alto risco de adquirir a doença; principalmente quando defrontam a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e capacitação necessária para o enfrentamento de doenças periculosas. De fato, as equipes de saúde exercem papel significativo na saúde pública no controle e prevenção de infecção. Contudo, estão sujeitos a constante pressão que exige esforços físicos e psicológicos. De acordo com os noticiários divulgados nas mídias, as equipes de trabalhadores da saúde que estão atuando no front de atendimento de casos de Covid-19 manifestam exaustão física, mental e emocional em consequência das dificuldades próprias desse enfrentamento, sentindo desamparo e insegurança, vivenciando sofrimento pela dor da perda de pacientes e dos próprios colegas, assim como o risco de infecção e possível transmissão aos familiares.

De acordo com Caetano et al, 2020, neste início de ano devido à pandemia do novo coronavírus, o Brasil e o mundo enfrentam uma emergência sem precedentes na história, onde houveram gravíssimas consequências para a vida humana, a saúde pública e a atividade econômica.

Li et al, 2020 Apud Machado et al 2020, relatam que com o surgimento de vários casos graves de pneumonia na província de Hubei, na China, houve-se a necessidade de alertar à Organização Mundial da Saúde (OMS) em 31 de dezembro de 2019. Um novo tipo de coronavírus, antes não presente em seres humanos, foi identificado (2019-nCoV). O crescimento exponencial de casos e óbitos, inicialmente em território chinês, e sua expansão posterior a outros países, levou a OMS a declarar, em 30 de janeiro de 2020, que o surto do novo vírus constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), que corresponde ao mais alto nível de alerta previsto no Regulamento Sanitário Internacional 1. Em 11 de março, a COVID-19 foi caracterizada como uma pandemia, termo que se refere à distribuição geográfica de uma doença (em vários países e regiões do mundo) e não à sua gravidade.

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