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Os Desafios Da Inclusão Na Comunidade Escolar

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Por:   •  14/5/2014  •  2.368 Palavras (10 Páginas)  •  529 Visualizações

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RESUMO

O presente trabalho busca refletir sobre a inclusão na comunidade escolar, no contexto dos dias atuais, considerando que as promessas de que a inclusão nas escolas ocorreria de forma prática e imediata, sendo que de certa forma ocorre de um caráter classificatório e excludente com os sujeitos envolvidos neste processo. Para que ocorra a inclusão escolar a família e a escola terão de adotar medidas cabíveis, desta forma o aluno portador de necessidades especiais conseguirá entrar no processo de construção da aprendizagem com pleno êxito assim para que o mesmo adquira sua própria cidadania.

Palavras-chave: Educação Especial, Educação Inclusiva, Diferença.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo abordará questões ligadas ao conceito do termo educação especial e educação inclusiva além de diferenças também as relações das crianças deficientes com sua família e grupo escolar.

A ideia deste artigo justifica-se em debater estudos sobre a escola e o seu acesso, possibilitando melhores condições de aprendizagem, socialização e desenvolvimento de modo geral para que as crianças portadoras de algum tipo de deficiência possam inserir-se no âmbito escolar sem maiores problemas.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A característica mais marcante da criança com deficiência física é justamente a dificuldade nas capacidades básicas de mobilidade e locomoção, que possam ou não vir associados a outros déficits, tais como: cognitivo, sensorial, perceptivo, linguagem, entre outros...

Por outro lado, esses déficits também podem ser decorrentes da inabilidade motora.

O movimento é, pois uma manifestação da conduta do sujeito, necessária para o desenvolvimento de várias habilidades, de tal modo que inicialmente o sujeito aprende a se mover e posteriormente usa a mobilidade para aprender, sendo que, este é o ponto crucial das dificuldades das crianças com deficiência física, a limitação do movimento como um obstáculo ao desenvolvimento.

Deste modo,como dizia Stainback, o acompanhamento do trabalho desenvolvido por professores da educação infantil, especialmente do ensino fundamental tem trazido algumas reflexões e uma maior clareza das dificuldades enfrentadas tanto pelos professores quanto pelas crianças por eles mediadas.

Segundo Susan Stainback, no trecho do livro: INCLUSÃO: Um Guia para Educadores.

“Há poucos anos era considerado irrealista pela maioria das pessoas até mesmo discutir a possibilidade de educar todos os alunos, incluindo aqueles com deficiências importantes, nas escolas e nas turmas regulares (...) o desafio é estender a inclusão a um número maior de escolas e comunidades e (...) ter em mente que o principal propósito é facilitar e ajudar a aprendizagem.”

Ao identificar as características das limitações que a criança deficiente apresenta, é preciso saber o quadro clínico para que o diagnóstico sirva de ponto de partida para a compreensão das limitações e também suas potencialidades.

O foco do educador deve ser embasado no conhecimento que ele deve ser ter da história de vida e que possa identificar os caminhos a serem trilhados rumo ao seu máximo desenvolvimento, aprendizagem e autonomia.

A limitação da criança com deficiência física, mental pode variar em diferentes formas, níveis e graus de dificuldades interferindo no desempenho de suas atividades cotidianas, tais como: atividades diárias (higiene, vestuário e alimentação) também nas atividades escolares (manuseio de lápis, tesoura, cola, realização das atividades propostas) e também atividades lúdicas.

Há posições diferentes entre teorias que trabalham com desenvolvimento motor, no que se refere á processos de aprendizagem e locomoção.

Pensando assim,conforme Emanuelle Laborrit a atenção ao aluno com algum tipo de deficiência não pode restringir-se apenas ao treino de funções diárias, mas expandir-se para que o mesmo tenha maior autonomia e uma vida mais normal possível.

Como dizia a autora Emmanuelle Laborrit (2012) no livro: O Vôo da Gaivota:

“Recuso-me a ser considerado excepcional e deficiente. Não sou. (...) Olho do mesmo modo com que poderia escutar. Meus olhos são meus ouvidos (...).”

A partir disso, o educador poderá propor alternativas, estímulos e ações que venham suprir as barreiras e limites para que o aluno atinja o mais alto nível de capacidade para poder agir com autonomia e independência. É preciso lembrar que a deficiência não está associada à dependência.

A proposta da educação inclusiva ainda é controversa, embora houvesse alguns avanços, pode-se dizer que essa luta teve grande impulso quando a Constituição Federal promulgada em 1998 garantiu a educação inclusiva ao afirmar que o atendimento educacional, deverá ocorrer preferencialmente na rede regular de ensino, a partir daí ocorreu à necessidade da promulgação de leis ordinárias para regulamentação de tais direitos e a formulação de ações consoantes com políticas setoriais para o movimento inclusivo.

A educação inclusiva é um processo amplo que se expande a inclusão de pessoas em classe regular de ensino em todos os seus graus, também está inserida na inclusão social, pois possibilita a universalidade dos direitos sociais, assim a proposta da educação inclusiva,de fato como nos mostra Teresa Messeder Andion, também é ser uma ação coletiva voltada para os indivíduos inseridos em um contexto sociocultural abrangendo as diversidades humanas.

Para a realização deste processo é necessário diversos atores, tais como: a escola, a família, a comunidade, os educadores e profissionais de diferentes áreas.

Neste aspecto, MUNGUBA APUD. CAVALCANTI e Galvão (2007 p. 520) dizem:

“O movimento inclusivo nas escolas, por mais que seja ainda muito contestado pelo caráter ameaçador de toda e qualquer mudança, especialmente no meio educacional, é irreversível e convencem os todos pela sua lógica, pela ética de seu posicionamento social”.

Conviver com pessoas portadoras de alguma deficiência nos convida a refletir sobre as diferenças, limitações e possibilidades de cada indivíduo, nos confrontamos quando nos deparamos com as limitações do outro, pois nos possibilita pensarmos sobre nossa própria imperfeição. De certo modo, todos nós temos algum tipo de limitação e devemos aprender a trabalhar com as diferenças,

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