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PREPARARDOR VOCAL

Por:   •  27/11/2021  •  Projeto de pesquisa  •  944 Palavras (4 Páginas)  •  119 Visualizações

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Preparador Vocal e suas Responsabilidades

Hoje quero falar um pouco sobre uma reflexão que tenho a respeito da profissão de preparador vocal, professor de canto, voice coach, ou como preferirem chamar. Espero que essa reflexão sirva não só para outros professores, mas também para cantores que procuram por um preparador vocal que seja do seu perfil, garantindo-lhe melhores resultados.

Desde que comecei a dar aulas de canto eu me senti imbuído de um senso de responsabilidade muito grande. Como lido, eu e meus colegas de profissão, com um instrumento vivo e ÚNICO, eu mesmo me cobrei por ter subsídios suficientes para ter as ferramentas corretas para conduzir os cantores que chegam a mim buscando por soluções para as suas vozes. Iniciei, então, uma saga para a qual eu não enxergo (e nem quero) o fim. Essa saga é a de estudos em TUDO que envolve a produção da voz e, ainda mais, sobre pedagogia vocal. Considero-me, além de um preparador vocal, um entusiasta no que diz respeito às estratégias pedagógicas envolvidas no processo de ensino-aprendizagem do canto. Sou um consumidor de diversos métodos e todas suas nuances. Mas porque isso? Pois eu sempre busco o melhor para o resultado final de uma aula de canto/preparação vocal: conduzir meus estudantes a cantar de maneira saudável e com o máximo de rendimento possível.

Dentre os tópicos que estudo, uma lista quase infinita de assuntos compõe uma longa e complexa formação. Fisiologia vocal, anatomia, física acústica, fonética, psicologia da comunicação, pedagogia etc. E, dentro de cada assunto, uma infinidade de informações. Tudo isso para garantir que estarei conduzindo conscientemente meus alunos.

Mas como preparador vocal, professor de canto, voice coach, devo eu abordar tudo em aula? Qual o meu papel como professor? E qual o papel do cantor como aluno? É nesse processo de ensino-aprendizagem, nessa lacuna, que eu passo grande parte dos meu tempo refletindo. Uma pergunta me move (e acredito que deveria mover TODOS os professores como eu): “Em que essa informação será útil para eu converter em alguma ferramenta para trabalhar a voz dos meus alunos”?

Como de praxe, vou traçar um paralelo com um esporte. Vamos pensar na relação existente entre o jogador de futebol e seus “coaches”. Dentre esses coaches do jogador de futebol estão o seu preparador físico e o técnico do time. O preparador físico dará todo o condicionamento físico que o jogador precisa para desempenhar, de maneira mais eficaz, o seu jogo. O preparador físico estudará ABSOLUTAMENTE TUDO sobre fisiologia do exercício, anatomia humana, física mecânica, enfim, tudo que for necessário para entender a mecânica e a dinâmica do jogo de futebol. No entanto, todos esses estudos visam prover, ao preparador físico, subsídios suficientes para criar as melhores ferramentas de preparação física para seus jogadores. O jogador não saberá exatamente quantos newtons precisam ser aplicados para que um chute seja certeiro. Ele não saberá, também, se o músculo chefe de um dado movimento é o quadríceps, ou se ele precisa de uma contração rápida dos oblíquos para melhorar sua movimentação no campo. O que ele realmente quer (e precisa) é ter um treino eficiente que o faça fazer mais gols. O técnico do time, por sua vez, irá dirigir o jogador dentro de campo. O técnico estudará tudo sobre futebol: sua história, sua evolução ao longo das décadas, estudará estratégias (e diversos livros de estratégias), estudará psicologia (para melhor compreender as relações humanas), estudará administração (para melhor gerir o seu time) e muito mais. O jogador, no entanto, não precisará ler Sun-Tzu para aplicar uma determinada estratégia em jogo. Ele não precisará ler Freud, pois seu principal objetivo é fazer gols. O técnico SIM precisa entender de tudo isso para preparar seus jogadores para o jogo. Por isso jogadores que se tornam técnicos ou preparadores físicos precisam retomar os estudos. Pois apenas com conhecimentos coesos eles poderão criar as ferramentas e as condições ideais para o desenvolvimento de jogadores, e times, mais eficazes.

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