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AS BASES DA EDUCAÇÃO VOCAL

Por:   •  2/3/2016  •  Dissertação  •  1.731 Palavras (7 Páginas)  •  620 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE HUMANIDADES

DEPARTAMENTO DE ARTE E MÍDIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MÚSICA

ESTUDO DIRIGIDO

AS BASES DA EDUCAÇÃO VOCAL

        

        

Campina Grande

2015

TARCÍSIO ALVES ANDRÉ JÚNIOR

ESTUDO DIRIGIDO

AS BASES DA EDUCAÇÃO VOCAL

Trabalho para avaliação na disciplina de Técnica Vocal, do Curso de Graduação em Música da Universidade Federal de Campina Grande. Ministrada pelo Prof.: Dr. Vladimir Silva

Campina Grande

2015

  1. Ossos: A1 – frontal; A2 – etmóide; A3 – esfenóide; A4 – (MS) – maxilar superior; A5 – palatino; A6 – maxilar inferior; A7 – ióide; A8 – occipital; A9 – vértebras cervicais; A10 – esterno.

Cartilagens: B1 – epiglote; B2 – tireóide; B3 – cricóide; B4 – aritenóide; B5 – anéis traqueais.

Recessos: C1 – câmara bilabial; C2 – boca (parte anterior); C3 – boca (parte posterior); C4 – fossas nasais; C5 – rinofaringe (andar superior da faringe); C6 – orofaringe (anda médio da faringe); C7 – laringofaringe ou hipofaringe (parte inferior da faringe); C8 – laringe (supraglótica e infraglótica); C9 – traquéia.

  1. Situada entre a traquéia e a faringe, em cujo andar inferior se abre, podemos conceber  a laringe como um cilindro curto, assim formado: uma peça inferior em forma de anel cuja altura vai aumentando para parte posterior, que é a cartilagem cricóide, com sua placa ascendente; sobre essa placa, aos lados da linha mediana, situam-se, uma de cada lado, cm forma piramidal, as cartilagens aritenoides; acima do anel cricóide fica uma peça maior em forma de meio-tubo aberto para trás, como que abraçando o conjunto formado pela placa ascendente da cricóide encimada pelas duas aritenóides, que é a cartilagem tireóide.

Temos também a apófises vocal, onde se fixa a extremidade posterior do bordo livre e elementos musculares da corda vocal homóloga, e apófise muscular, onde se  inserem músculos responsáveis pelos movimentos de rotação das cartilagens aritenóides.

  1. a. Músculo Cricotiroideu: Fica na parte anterior da laringe. É metamérico, já que relaciona dois anéis superpostos. Vai da linha anterior e externa do anel-base da cartilagem cricóide à borda inferior da cartilagem tireóide.

Sua contração aproxima os dois pontos, fazendo descer sensivelmente, e avançar discretamente, a face anterior da tireóide sobre a cricóide. É pois um músculo tensor das cordas vocais, bem mais vigoroso que o outro, o cricoaritenoideu lateral.

b. Músculo Cricoatiroideu lateral: Sua contração promove a rotação, para dentro, das apófises vocais, já, aqui, considerando os dois lados, direito e esquerdo. Esse giro determina, ao mesmo tempo, distensão e aproximação das cordas vocais. É, pois, tensor e adutor da glote.

 c. Músculo Cricoaritenoideu posterior: Vai da face posterior da cartilagem cricóide à apófise muscular da cartilagem aritenóide, de cada lado. Sua direção geral é para cima e para fora. Promove rotação das apófises vocais aritenóides para fora, ação antagônica da do músculo cricoaritenoideu lateral. Determina portanto a abdução das cordas vocais, ou seja, abertura da glote. Essa ação é fundamental para a respiração e prevalece na situação de repouso.

d. Músculo Interaritenoideu ou ariaritenoideu transverso(AA): É ímpar. É constituído por fibras transversas que vão do bordo externo posterior de uma aritenóide ao da outra. Sua contração aproxima das duas cartilagens aritenóides, por deslizamento.

e. Músculos Tiroaritenoideus: uma de cada lado, inserem-se: à frente, num ponto central da face posterior da cartilagem tireóide; atrás, na apófise vocal da aritenóide e, por feixes dispersos, tanto no sentido vertical como horizontal, em vários pontos cartilaginosos ou ligamentosos. Ocupam a espessura da corda vocal e são também chamados músculos vocais. Sua estrutura, muito pesquisada, revelou fibras que, segundo alguns autores, terminam ao longo de sua extensão, dispostas possivelmente de modo cruzado ou entrelaçado, fato negado por outros.

  1. a. Teoria Mioelastica: Divulgada por volta de 1930. Segundo esta, os músculos vocais se contrariam relativamente à altura do som a emitir; o ar subglótico sob pressão os separaria e esses elementos, em virtude de sua elasticidade, voltariam à posição inicial, prosseguindo a vibração em conseqüência de um automotismo elástico involuntário.

b. Teoria Neurocronáxica:  De 1950. Husson, após anos de investigação, concebeu essa teoria, segundo a qual a vibração não seria um ato passivo, elástico, porém um fenômeno de responsabilidade da fisiologia nervosa, puramente; que a adução e a vibração seriam governadas pelos centros nervosos corticais.

c. Confirmada e divulgada por Perelló em 1962, é bastante convincente. De certo modo, esta teoria corrige a mioélastica. Ela ensina que não ocorre vibração por elasticidade muscular, porém apenas um movimento ondulatório ou vibratório, da mucosa que recobre as cordas vocais, não-aderentes ao plano inferior, o conus elasticus, quando tensionadas e algo afrontadas, sendo esse movimento provocado pela pressão aérea subglótica que força uma saída de ar, aos bocados. Cada prega ou borda vocal é acionada passivamente, à semelhança do que ocorre com uma bandeira ou uma superfície líquida, agitadas pelo vento. A disposição laríngea para criar essa situação de vibratilidade das cordas vocais, sim, é ativa, resultante de contrações musculares.

  1. A glote estirada, atinge maior comprimento; a tensão pode atingir elevadas taxas, não só pela robustez do músculo cricotiroideu, auxiliado ainda pelos abaixadores da laringe, como pelo fato de serem as aritenóides, aqui, protegidas pela contratensão. Isso possibilita melhor resposta vibratória das cordas vocais e som mais amplo se for realizada adução suficiente. Concluímos, portanto, e a realização da prática nos confirma, que nesse caso a tensão e a adução das cordas vocais são atendidas pelo segundo esquema fônico descrito acima – com distensão laríngea – que é concordante com a posição baixa do órgão e se mantém constante.

  1. São condições essenciais o posicionamento suficientemente baixo da laringe com distensão, possibilitando elevada tensão com maior extensão cordal. Por causa dessa maior extensão é preciso que a adução seja maior. Tudo isso pode ser instituído se não for condição espontânea.

Já sabemos também que  devera ser superada a dependência de posição entre o palato mole e a laringe; esta terá que descer e aquele terá que manter-se elevado. Isso será facilitado à proporção que o aspirante conseguir maior distensão dos pilares do palatino, maior descontração da faringe, o que promove maior altura do “ismo da garganta” e é avaliado pelo timbre mais decididamente oral da voz e maior componente escuro.

Não deve o principiante nem lhe permitir o professor lançar-se aos exercícios tradicionais de canto ou fonação de grande intensidade sem que esteja resolvido este problema e estabelecidas as condições apontadas. Tal leviandade conduz, não a uma técnica vocal avançada mas a vícios, defeitos, de difícil correção futura, voz impura, soprosa, gritada, branca, desigual, etc.

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