Para Além Do Sindicato

A democracia liberal nunca esteve tão atuante dentro da nossa estrutura política e, certamente, há um reflexo positivo a todos que acompanham esse fenômeno sem vestir “carapuças dogmatizadoras”. O fato é que o indivíduo se assumiu independente na sua melhor forma: a revolução, não mais partidária ou sindical, talvez seja a marca do futuro próximo, dada a vontade e a necessidade de se representar. O impacto que isso causa de fora pra dentro (da esfera pública à privada) é vertiginoso, pois o cidadão percebe que não é necessário vestir uma canga ou colocar uma coleira para reivindicar. Ele enfim percebeu que, dentro da democracia liberal, ele não precisa de sindicato para ser representado, que seu próprio corpo pode representar sua mente e seus pensamentos.

A entidade privada não necessariamente é estruturada a partir da democracia liberal, porém, no Brasil, ela deve ser moldada seguindo preceitos da nossa constituição.

Ou seja, o Sindicato, para as pessoas que têm senso político, pode ser dispensável, mesmo sendo necessário para endossar a democracia, haja vista que Sindicatos tendem a agir de fora para dentro, mesmo tendo nascido de dentro para fora. Assim fazendo, tornam-se altamente volúveis, lutando por fins tendenciosos e ignorando a realidade do trabalhador, a lógica é simples: os sindicalistas emergem do proletariado, mas a partir do momento que se assumem como líderes sindicais e representantes das massas operárias, deixam de ser parte do proletariado e ganham outro status dentro da entidade, não mais tendo a cosmovisão de operário, ou seja, a análise se desvia, ganhando outro foco, seja lá qual.