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Pesquisa De Campo

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Por:   •  8/10/2014  •  2.169 Palavras (9 Páginas)  •  195 Visualizações

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Pesquisa de Campo

A reflexão filosófica na educação infantil

Manaus - AM

2012

Pereira

Lopez

Silva

Torres

Palheta

A reflexão filosófica na educação infantil

Manaus

2012

Introdução

Pensar a infância nos traz saudades de um tempo que não volta mais. De um tempo onde brincadeiras, jogos e fantasias estavam presentes em diversos momentos. Para nós professores da infância é urgente revisar nossas idéias pré-concebidas e convicções a respeito da infância e hoje dar voz as próprias crianças pode ser um caminho promissor às descobertas, talvez mais óbvias para elas, mas nem tanto para os adultos como nós. Mas também nos leva a uma inquietação quando nos deparamos com a infância de hoje. Inquietação ao vermos crianças vestidas como se fossem mini-adultos, carregando agendas lotadas e celulares que não param de tocar. De um outro lado, crianças desejando esses bens. Essas mesmas crianças já possuem poder de compra, de escolha, consumindo e reproduzindo como se já fossem adultos. Crianças sendo conceituadas como sendo consumidoras responsáveis por movimentar grande capital em nossa sociedade capitalista.

O que é infância? Através de estudos pode-se constatar que a idéia de infância não existiu sempre e muito menos não existia da mesma forma, uma vez que essa representação dependia de uma visão social e cultural. Mas, para estabelecer um diálogo sobre infância é importante avançar na compreensão e na definição dos termos “infância” e “criança”.

Esta pesquisa propõe uma experiência para aquele que escreve e para aquele que lê. O tema principal é a infância, seu sentido principal é transformar a relação com a infância por meio da filosofia e da educação e a relação de quem escreve uma experiência, e de quem lê essa experiência. A preocupação maior é uma prática coletiva e um modo habitual de pensar as várias faces entre infância, filosofia e educação, particularmente no campo da Filosofia da Educação.

A reflexão filosófica na educação infantil

No contexto social e histórico da modernidade surge a visão de infância como uma etapa do desenvolvimento do ser humano, que tem características próprias bem definidas. A concepção de infância foi mudada ao longo dos séculos. Hoje a criança é considerada como alguém que tem sua própria identidade e seus direitos. A infância, hoje, dispõe do Estatuto da Criança e do Adolescente. Antes só existia o Estatuto do Homem, nem sequer da mulher. O movimento social fez com que a criança tivesse um lugar na sociedade como um sujeito de direitos. Antes a criança não tinha direito nem à vida, pois a mortalidade infantil era muito grande.

Felizmente, hoje já existe uma consciência com relação à especificidade de cada idade, o que não existia em séculos anteriores. Com relação à educação infantil, houve um grande avanço nos últimos tempos. Atualmente, é possível visualizar uma educação voltada para cada idade, com identidade própria e não apenas como um tempo de preparação para a vida adulta. Isto revolucionou bastante a concepção de infância e contribuiu muito para a construção social da criança enquanto ser humano.

No Brasil, existem diferentes modos e oportunidades de criar e educar as crianças pequenas. Essas diferenças devem-se a imensa desigualdade econômica entre as classes sociais. Assim, a diferença entre as crianças e famílias brasileiras fica calcada em um fator extremamente negativo: a enorme desigualdade social. Em várias famílias brasileiras, devido à situação econômica, os pais enfrentam muitas dificuldades para cuidar e educar seus filhos. Observa-se, por exemplo, famílias pobres, cujas crianças têm um tempo de infância muito reduzido, desde cedo cuidam dos irmãos menores, ficam trancadas em barracos ou perambulando e vivendo de esmolas pela rua. Estas crianças adquirem uma autonomia precoce, mas conservam a tristeza e submissão.

As crianças ricas têm sua infância prolongada, recebem mais cuidados do que necessitam e tornam-se dependentes, pois as pessoas fazem tudo por elas e não com elas. Perdem a liberdade de brincar devido ao temor de seus pais pela sua segurança e nem precisam desejar ou sonhar, pois tudo lhes é dado fartamente. Hoje, outra idéia de educação para as crianças se faz presente: é a pré-escola. Crianças de cinco e seis anos têm que estar pré-escolarizadas, dominando habilidades da leitura, da escrita, para chegarem rapidamente na primeira série.

Vale destacar que com essa escolarização precoce pode-se dificultar que a criança viva a sua infância. Além disso, existem outras funções que a criança moderna tem que desempenhar como: fazer balé ou capoeira, ter aulas de informática, ter aulas de inglês, natação, etc. Com isto, diminui o tempo dessa criança de brincar, de se divertir, de ser criança. Sem contar aquelas que passam todo o dia em creches devido ao trabalho das mães. A sociedade perdeu algumas certezas, tornou-se complicado saber qual a melhor maneira de educar as crianças, quais os limites entre as necessidades delas e o que precisam para serem felizes.

A inserção social da criança começou a se difundir com a ampliação da educação em todos os sentidos. Estas mudanças aconteceram em diversas classes sociais. O importante é que a criança passou a ser reconhecida como sujeito de direitos, principalmente o direito de ser cuidada e educada em um ambiente adequado e saudável. E, brincando, a criança apropria-se de sua cultura e constrói a sua identidade como cidadã, desenvolvendo-se em um mundo novo, no século XXI, repleto de inovações tecnológicas, onde predomina um novo paradigma de criança totalmente diferente dos séculos anteriores.

A importância da filosofia

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