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Politica De Seguridade Social

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Por:   •  12/3/2015  •  4.857 Palavras (20 Páginas)  •  248 Visualizações

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AS CORRENTES POSITIVISTA E FENOMENOLÓGICA NO SERVIÇO SOCIAL

1. A corrente Positivista

O positivismo é uma corrente filosófica que preconiza o entendimento da sociedade humana baseando-se nas leis naturais, teve como fundador Augusto Comte (1798-1857), na primeira metade do século XIX, o positivismo é pautado pelo conceito do “devir”, ou seja, o conceito de vir- a – ser e baseando-se nisso tende a crer insistentemente no progresso.

Podemos afirmar que dentro do Serviço Social foi o positivismo que, primeiro orientou as propostas brasileiras de trabalho e, diante de uma legitimação do profissional o positivismo proporcionou uma perspectiva de ampliar referenciais técnicos.

O positivismo teve impulso com o desenvolvimento dos problemas econômico-sociais predominantes no século XIX. A atividade econômica, produtora de bens materiais, era valorizada com base em uma filosofia positiva, naturalista e materialista. Admite-se como fonte de conhecimentos e critério de verdade, a experiência e os fatos positivos que podem ser catalogados, medidos, controlados e reduzidos à metodologia e à sistematização das ciências.

Nas ideias de Comte temos alguns princípios fundamentais do positivismo: a busca da explicação dos fenômenos através das relações dos mesmos e a exaltação da observação dos fatos, mas resulta que para ligar os fatos existe “necessidade de uma teoria”. Buscar as causas dos fatos era ter uma visão desproporcionada da força intelectual do homem, de sua razão.

2. A CORRENTE FENOMENOLÓGICA

Essa corrente filosófica foi iniciada pelo filósofo e matemático alemão Edmund Husserl (1859-1938) que pretendia estabelecer um método de fundamentação da ciência e da filosofia, esta última como ciência rigorosa. Baseia-se no conceito de fenômeno (aquilo que é percebido pela consciência) para investigar a vida perceptiva: como a percepção torna possível a consciência dos objetos do mundo; como atos subjetivos, o juízo e a memória, por exemplo, podem ser examinados por uma faculdade superior da própria consciência, chamada de eu transcendental, responsável pela síntese que torna possível a apreensão de objetos. A primeira grande obra em que aparecem os frutos do método fenomenológico é Investigações Lógicas (1900-1901).

No Serviço Social a Fenomenologia tem uma importância voltada para o entendimento do sujeito e suas vivências e coloca como uma meta para o Serviço Social auxiliar o usuário no entendimento do seu próprio “eu” e dos sujeitos no mundo ao seu redor.

O pensamento fenomenológico passou por diversas transformações e reorganizações conceituais. Mas, a partir da formulação programática feita por Husserl no começo do século XX, a fenomenologia tornou-se mundialmente bem – aceita e tem influenciado discussões teóricas até hoje; ela introduziu uma forma prática no domínio teórico da filosofia, assim como no campo das ciências humanas e naturais. CHALITA 2004

Em seus primórdios, o Serviço Social estava voltado a escuto do social com uma visão funcionalista, onde era "analisado em termos de papeis sociais e desempenho de funções. Como um mecanismo do tipo bio-psicológico, compreendido como a soma das partes ou soma de órgãos. As práticas se expressavam de forma autoritária, hierárquica atendendo a necessidade da eficácia diante o mercado de trabalho, ou seja, estava a continuar a reprodução do sistema social onde a relação de explorados e exploradores continuasse no mesmo ritmo.

DIALÉTICA NO SERVIÇO SOCIAL

Inicialmente podemos dizer que a Dialética é uma palavra com origem no termo em grego dialektiké e significa a arte do diálogo, a arte de debater, de persuadir ou raciocinar.

Dialética é um debate onde há ideias diferentes, onde um posicionamento é defendido e contradito logo depois. Para os gregos, dialética era separar fatos, dividir as ideias para poder debatê-las com mais clareza.

Analisando bem a Dialética vemos que muitos pensadores utilizaram-se da mesma para explicar algumas coisas. Para alguns a dialética também é uma maneira de filosofar, e seu conceito foi debatido ao longo de décadas por diversos filósofos, como Sócrates, Platão, Aristóteles, Hegel, Marx, e outros.

Marx utilizou da dialética para explicar as mudanças e acontecimentos na história da humanidade ao longo dos tempos. A dialética é a lei do desenvolvimento da realidade histórica, e através dela é possível estudar um fato histórico, encontrar o elemento responsável pela sua transformação num novo fato, dando continuidade ao processo da história. Assim sendo, a dialética exprime a inevitabilidade da passagem da sociedade capitalista para a comunista.

No âmbito social a dialética e seus métodos trazidos por Marx, vale ressaltar que, apesar da ruptura ocorrida, o projeto ético-político-profissional hegemônico fundamenta-se na teoria marxiana e marxista, se materializando no código de ética profissional (1993) que norteia o pensar e o fazer profissional da(o) assistente social.

IMPORTÂNCIA DO SEMINÁRIO DO MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO E O SEMINÁRIO DE METODOLOGIA DO SERVIÇO SOCIAL

FUNDAMENTOS HISTÓRICO-TEÓRICOS

Em 1965 ocorre a renovação do Serviço Social no Brasil, quando a intenção de ruptura com os modelos tradicionais é demonstrada durante o I Seminário Regional Latino-americano do Serviço Social, que é realizado na cidade de Porto Alegre-RS. No difícil contexto histórico de Ditadura Militar o Brasil segue o exemplo dos países vizinhos como Chile, Uruguai e Argentina, os quais já viviam um momento de reconceituação da profissão.

Vários fatores contribuíram para essa intenção de ruptura do conservadorismo e a passagem para a modernização das práticas do Serviço Social, mas o principal deles é a necessidade de atuar diante das problemáticas sociais que surgem num período de industrialização acelerada, num momento em que novas políticas sociais são implantadas pelo regime de ditadura militar, nas áreas da saúde educação e habitação.

Novas demandas emergem da sociedade exigindo um profissional que possa atuar, de forma eficiente e racional, na prevenção de novos conflitos, fornecendo respostas aos novos desafios que surgem. Diante da incapacidade inicial de intervir de forma eficaz, na tentativa

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