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Processo De Alfabetização

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Por:   •  9/4/2013  •  5.641 Palavras (23 Páginas)  •  823 Visualizações

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PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Bruna Vieira de Souza

Prof.ª Eliane Mara de Souza Vescovi

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Licenciatura em Pedagogia (PED9911) – Trabalho de Graduação

22/08/2012

RESUMO

Uma educação capaz de estimular a reflexão, a criatividade, a crítica e troca de experiências, segundo Paulo Freire, só será possível mediante uma concepção de educação que valorize o homem e o seu fazer localizado no tempo e espaço. De acordo com esta perspectiva a educação deve ser libertadora, pois o homem ser de buscas dialoga com o semelhante, e através, da linguagem troca idéias e transforma o mundo, embora encontre obstáculos que precisa vencer.

Em especial as crianças, desde terna idade, já devem ser estimuladas no desenvolvimento de sua auto-estima, autonomia e cidadania, pois como seres sociais tornam-se pertencentes a uma classe social, que apresenta uma linguagem decorrente das relações ali estabelecidas. Neste sentido, cabe a escola reconhecê-las como seres atuantes na sociedade, e no caso da educação infantil, deve lhe oferecer oportunidades de manusear, observar, identificar, enumerar, classificar objetos e situações do mundo, se tornando um recurso precioso, completando a ação desenvolvida pela família para um desenvolvimento seguro e sadio da criança.

Palavras - chave: Alfabetização. Letramento. Construtivismo.

1 INTRODUÇÃO

Já dizia Paulo Freire (2001) que aprender a ler e a escrever é aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto numa relação dinâmica vinculando linguagem e realidade e ser alfabetizado é tornar-se capaz de usar a leitura e a escrita como meio de tomar consciência da realidade e de transformá-la.

Ao longo dos anos a alfabetização tem sido alvo de inúmeras controvérsias teóricas e metodológicas, exigindo que a escola e, os educadores se posicionem em relação às mesmas, construindo suas práticas a partir do que está sendo discutido no meio acadêmico e transposto para a sala de aula a partir de suas reinterpretações e do que é possível e pertinente ser feito.

Essas mudanças nas práticas de ensino podem ocorrer tanto nas definições dos conteúdos a serem desenvolvidos quanto na natureza da organização do trabalho pedagógico.

Alfabetizar significa ensinar o alfabeto, é ensinar a ler e a escrever, ensinar a reconhecer os símbolos gráficos da linguagem verbal, veja a citação a seguir.

“Processo específico e indispensável de apropriação do sistema da escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico que possibilitem ao aluno ler e escrever com autonomia” (VAL, 2006, p. 19).

Ser alfabetizado significa reconhecer e compreender esses símbolos e ser capaz de com eles produzir mensagens compreensíveis para outros alfabetizados, melhorando desse modo a comunicação entre os sujeitos e incrementando, consequentemente, o seu nível e qualidade de vida.

Já uma criança letrada é aquela que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias. Se a criança não sabe ler, mas pede que leiam histórias para ela, ou finge estar lendo um livro, se não sabe escrever, mas faz rabiscos dizendo que aquilo é uma carta que escreveu para alguém, é letrada, embora analfabeta, porque conhece e tenta exercer, no limite de suas possibilidades, práticas de leitura e de escrita.

Dentro das perspectivas esperadas no estágio de educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental objetiva-se descrever as atividades de observação e regência realizadas durante o período de intervenção pedagógica, que foram realizados na Escola Municipal Etelvina de Souza Pereira de Vila Santo Antonio e na Escola Estadual Gracinda Augusta Machado de Nova Brasilia ambas em Imbituba – SC.

Teve como inicio o período de observação, pela qual se pode constatar o desenvolvimento do profissional em sala de aula bem como dos alunos e de sua estrutura pedagógica onde tornou-se possível elaborar as regências de classe.

2 PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO

A alfabetização tem sido entendida tradicionalmente como um processo de ensinar e aprender a ler e escrever, portanto, alfabetizado é aquele que lê e escreve. O conceito de alfabetização para Paulo Freire tem um significado mais abrangente, na medida em que vai além do domínio do código escrito, pois, enquanto prática discursiva, “possibilita uma leitura crítica da realidade, constitui-se como um importante instrumento de resgate da cidadania e reforça o engajamento do cidadão nos movimentos sociais que lutam pela melhoria da qualidade de vida e pela transformação social” (Paulo Freire, Educação na cidade, 1991, p. 68).

Quando o professor percebe o que cada criança sabe, ele tem condições de fazer as crianças avançarem no processo de aprendizagem, provocando, com isso, avanços que com certeza não ocorreriam espontaneamente, pois o aprendizado da leitura e escrita pressupõe o envolvimento em situações e práticas sociais. Caso contrário não existiria os analfabetos, pois o fato de se viver em uma sociedade letrada, de fazer parte de um grupo cultural ágrafo não é suficiente para se alfabetizar, é essencial criar situações de aprendizagem.

Para que a criança desabroche como pessoa alfabetizada, é necessária a intervenção pedagógica. Vale mencionar as diferenças entre a concepção de Ferreiro, e Vygotsky sobre a alfabetização.

Segundo Oliveira (1998, p. 65):

[...´] a teoria de Ferreiro está centrada na natureza interna da escrita enquanto sistema, a de Vygotsky e centra-se nas funções desse sistema para seus usuários. Com base em seu foco teórico, a investigação de Emília Ferreiro refere-se, assim ao processo pelo qual a criança adquire o domínio do sistema de escrita, de sua natureza, articulação interna e regras de funcionamento. Já o trabalho de Vygotsky volta-se para a investigação de como desenvolve a necessidade de utilizá-la como instrumento psicológico.

Para Emília Ferreiro, as crianças, no processo de alfabetização,

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