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Projeto Integrador Saúde Mental

Por:   •  14/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.699 Palavras (11 Páginas)  •  146 Visualizações

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INTRODUÇÃO

     Há mais de um ano estamos vivendo uma pandemia que alterou radicalmente nossas rotinas, fazendo com que o mundo todo entrasse em um isolamento radical com medo de que o vírus mortal da Covid-19 roubasse de nós nossas vidas, nossos familiares, colegas e amigos. Durante esse ano inteiro, além de sintomas de coronavírus houve um aumento significativo de sintomas psíquicos e transtornos mentais que possuem origens diversas, como experiências traumáticas relacionadas a morte de pessoas próximas ou até mesmo da infecção, estresse devido a jornada de trabalho, e até mesmo a ação do vírus no sistema nervoso. O que também acontece com os profissionais da área da saúde, principalmente da linha de frente do combate ao vírus, por estarem colocando a sua profissão em primeiro lugar e dedicando muito mais tempo para cuidar dos enfermos, acabam abdicando de suas necessidades pessoais sem sobrar tempo para cuidar de sua saúde mental.

   Como cuidar da saúde mental em tempos de pandemia?

  Esta é a grande questão que se coloca aos trabalhadores da área da saúde, que em função da rotina estressante, entram em sofrimento psíquico.

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  1. Objetivo Geral

   Nosso objetivo é, através de pesquisas, entender como elaborar propostas que levem até esses profissionais da linha de

frente, conhecimento sobre autocuidado e educação em saúde mental. Buscando ações de prevenção para a redução de chances de adoecimento desses trabalhadores e de promoção, com o intuito de prepará-los para lidar com as mudanças em sua rotina referentes ao cenário atual da pandemia do Covid-19 através da psicoeducação para que haja uma ampliação de conhecimentos sobre suas emoções, gatilhos, condições mentais e necessidades de tratamento psicológico.

  1. Objetivo Específico

      Através da psicoeducação temos como objetivo específico, a busca pela prevenção e promoção de saúde mental, para assim reduzir as chances de adoecimento dos trabalhadores da área da saúde. A ideia é prepará-los para lidar com as mudanças em sua rotina referentes ao cenário atual da pandemia do Covid-19, ampliando seus conhecimentos sobre suas emoções, gatilhos, condições mentais e necessidades de tratamento psicológico.

  1. Justificativa

     Diante desse cenário mundial, os trabalhadores da área da saúde estão com suas mentes vulneráveis devido ao grande nível de estresse que estão enfrentando nesse contexto catastrófico das suas vidas, onde precisam ajudar o máximo de pessoas possíveis, sempre dedicando sua vida e sua própria saúde a favor do outro. O impacto na saúde mental desses trabalhadores também é resultado dos milhares de casos de infectados pelo coronavírus na área da saúde, um total de 64.689 (28,1%) confirmados pelo Ministério da Saúde em 29 de março de 2021, por estarem expostos ao vírus em seu cotidiano.
     Apesar disso, acabam não sendo reconhecidos por seus incessantes esforços que é somado a pressões de colegas/familiares/de si mesmo, ao medo da incompetência e do fracasso, perda de prazer e satisfação no que fazem, além da falta de tempo e precariedade de recursos em seu ambiente de trabalho, o que gera um sofrimento psíquico como depressão, medo, insônia, pânico e ansiedade.

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REFERENCIAL TEÓRICO

 

      De acordo com a Associação de Psicologia Americana – APA, a saúde mental pode ser definida como: um estado mental estável onde os comportamentos são adequados, livres de sintomas incapacitantes, e que possui a capacidade de lidar com as demandas do cotidiano e de construir relacionamentos. Nesse sentido, Brotto (2020) preceitua que seria uma imagem positiva sobre si mesmo, que ativa o bom relacionamento com amigos, familiares e colegas de trabalho.
        Segundo Miranda et al (2006) os transtornos mentais representam cinco das dez principais causas de incapacidade, caracterizando quase um terço do total de incapacidade global, fato este que reflete em sofrimento, incapacidade e prejuízos econômicos. Nessa linha de pensamento, sabemos que para os trabalhadores da área da saúde o que impacta diretamente na sua saúde mental e pode acarretar sentimentos de incapacidade e desamparo são: o grau elevado de contágio do vírus, a falta de equipamentos de proteção individual (EPI), a sobrecarga de trabalho e os impactos na saúde, além das condições precárias, intensificação da jornada, novos fluxos e organizações de trabalho. (CESTEH, 2020).

O trabalho do profissional da saúde está desprovido de valorização, de significação, de reconhecimento, e tem sido fonte constante de ameaças à integridade física e\ou psíquica. Em sua carreira profissional, muitas vezes, é impedida a mudança de posição, como ascensão ou readaptação, vindo assim a desenvolver um sofrimento patológico, que, como citado anteriormente, ocorre quando o sujeito não encontra mais formas de enfrentar as dificuldades impostas por seu ambiente de trabalho, assim podendo desenvolver patologias como transtornos de ajustamento, reações ao estresse, síndrome do esgotamento profissional (burnout), até depressões graves e incapacitantes, crises de angústias, de ansiedade, dependência química severa e suicídio. (ALTÍSSIMO, 2019 p. 23-24).

    Levando em consideração os apontamentos feitos por Gerlach (2021 p. 20), o suporte oferecido pela psicologia pode ajudar esses profissionais a lidar com os impasses e dificuldades já mencionados, pois o ambiente demanda estabilidade emocional de toda a equipe. Nesse sentido, podemos considerar que os profissionais vivenciam situações que lhes afetam e ao deparar-se com a situação da pandemia, sendo padecidos do efeito, podendo assim serem potencializados, tomando em alguns casos, um formato de pânico ou tragédia.
  Para Santos e Radünz et al (2011), o cuidar está diretamente ligado a aprender a viver, tendo a possibilidade de ocupar-se consigo mesmo. Esta é uma prática social e pessoal, mas pode ser também coletiva, uma vez que o conhecimento e cuidado de si é parte integrante do cuidado do outro. Ao praticar o autocuidado, consequentemente, cuidará do outro, pois, o cuidado encaminha à formação e à emancipação, assim como o cuidar envolve a mudança do próprio viver em sociedade. (GERLACH, 2021 p. 25).
   Temos como exemplo, Altíssimo (2019) que em seu trabalho de conclusão de curso defende que há uma idealização do profissional da saúde, onde acredita-se que o mesmo deverá ter um comportamento otimista e ser um perito em todas as áreas, em uma posição que não tolera falhas e deslizes. Em consequência disso muitos dos trabalhadores acabam adoecendo, entrando na ordem do sofrimento patológico, pois como se encontram em constante estresse, onde muitos não conseguem encontrar uma válvula de escape para seu sofrimento, fazendo com que o trabalhador adoeça.

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