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Psicologia Da Aprendizagem

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Por:   •  25/5/2014  •  612 Palavras (3 Páginas)  •  265 Visualizações

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PEDAGOGIA.

A relação entre Educação e Psicologia data do reconhecimento dessa última enquanto ciência, no século XIX. Desde então essas duas áreas do conhecimento humano estabelecem diálogos íntimos, que ganham contornos diferentes de acordo com o contexto no qual se desenrolam.

Na área da Educação Infantil o contrato inicial estabelecido com a Psicologia pregava a definição de normas de comportamento, o estabelecimento de parâmetros de classificação e as condições de normalidade relacionadas ao desenvolvimento humano, elegendo a Psicologia como uma área “dona de um saber específico” imprescindível à Educação.

Ao conhecer as diferenças individuais e estabelecer os parâmetros de normalidade, a Psicologia estabeleceu uma parceria ideológica com a Educação ao reforçar a ideia de um indivíduo isolado do meio social, a-histórico e dotados de características naturais próprias da sua espécie.

Alguns momentos na evolução da relação Psicologia-Educação podem ser facilmente detectados. Um primeiro momento revelou uma relação que propunha um olhar diagnóstico para o aluno. Foi o primado da psicologia das diferenças individuais, pautada na visão inatista de desenvolvimento e aprendizagem. Na escola os testes psicométricos (Q.I.) revelavam gênios, medíocres e incapazes profetizando o futuro escolar das crianças. Tal futuro se auto realizavapartir das crenças suscitadas pelos números obtidos nos testes e aceitos pela escola como sentenças de sucesso ou fracasso. A Psicologia apoiava a escola na culpa do aluno pelo não aprender e as questões institucionais não eram discutidas e nem, ao menos, tocadas. Termos médicos como hiperatividade, dislexia, déficit de atenção e outros invadiram o cotidiano escolar e rotularam comportamentos e dificuldades de aprendizagem.

A Educação, endossada pela Psicologia, passou a lidar mais facilmente com questões como indisciplina, desmotivação e dificuldades de aprendizagem, uma vez que tais questões estariam diretamente ligadas a fatores médicos, localizados no indivíduo. A relação pedagógica, o papel da escola e as relações sociais estabelecidas dentro dela ficavam, portanto, não passíveis de análise, já que as explicações sobre o “mal” comportamento e a “não aprendizagem” encontravam-se na própria criança. Os rótulos livravam a escola de uma análise mais comprometida e a poupavam de ter que enfrentar questões nas quais o óbvio não é dado à priori e as explicações não se encontra nos consultórios médicos, mas sim numa revisão do cotidiano escolar.

Um segundo momento caracterizou-se pelo olhar diagnóstico para a família e para as diferenças de classes sociais. A teoria da “carência cultural” ganhou espaço na escola, culpa a condição social das crianças e suas famílias pelo seu fracasso escolar. A psicologia pautava-se na visão ambientalista de desenvolvimento e aprendizagem, defendendo a ideia de que o ser humano nasce como uma “folha em branco” que será impressa graças às pressões do meio.

Tal crença propunha aos professores ações extremamente diretiva, uma vez que esses deveriam planejar e executar planos de ensino com objetivos claros e pré-definidos. Nesta concepção não havia espaço para a espontaneidade da infância: sua capacidade de imaginação, fantasia e criação.

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