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Realidade

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Por:   •  18/11/2013  •  Seminário  •  1.429 Palavras (6 Páginas)  •  178 Visualizações

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RESUMO

A definição de realidade, em princípio, parece ser de fácil explanação e, até mesmo, óbvio demais. Contudo, a sua definição mais filosófica merece reflexão mais cuidadosa. Podemos inicialmente dizer que tudo o que existe e que cerca o ser humano e pode ser captado como objeto de análise e reflexão por meio dos seus sentidos ( sensibilidade física, emocional , etc.) criando para o individuo um contexto para o objeto analisado, isto é uma realidade. Ressalta-se que dependendo do(s) sentido(s) utilizado(s) e do grau de sensibilidade, um mesmo objeto pode ter mais de uma realidade. È o famoso “ponto de vista” segundo as diferentes formas da consciência humana se postar frente aos objetos. O número de possibilidades de um mesmo objeto se apresentar se multiplica de acordo com a intenção de cada individuo. Pode-se inferir que a realidade é construída pelo homem a partir do encontro deste com o mundo em que vive.

O que permite o homem interpretar e dar sentido ás coisas que o rodeiam é a existência de um esquema simbólico pelo qual ele representa tais coisas, isto é a linguagem (palavra). Por meio da linguagem o homem transcende o seu corpo, o seu tempo o seu espaço e sabe, que sabe que existe, ao contrário de todas as outras criaturas que sabem que existem, mas não sabem que sabem. Isto só é possível grassa e este esquema simbólico (lingüístico) que permitem ao homem interpretar as coisas que o rodeiam, isto é, construir a sua realidade.

A construção desta realidade se dá inicialmente pela interpretação das coisas, atos e fatos que interagimos no nosso cotidiano. Dessa forma, a nossa realidade predominante é construída pela vida cotidiana. Esta realidade é construída basicamente para propósitos práticos e permite-nos acumular conhecimentos que nos ensinam como proceder pragmaticamente para alcançar propósitos determinados para, em última análise, sobreviver. O esquema simbólico utilizado (linguagem) para interpretar esse cotidiano encontra-se no campo da linguagem restrita e do senso comum. A realidade construída pela interpretação do nosso cotidiano permite- nos viver em uma zona de conforto, onde não há maiores problemas para o conhecimento, coordenação e controle desta realidade. Ademais por que estes conhecimentos estão voltados basicamente ao “como” e não ao “por que” das coisas. Como o homem não vive só, mas em sociedade, podemos dizer que a soma dos conhecimentos de cada um cria um conhecimento geral que é distribuído em maior ou menor grau a cada individuo gerando realidades comuns, que passam a ser socialmente edificadas. A edificação social da realidade teve como conseqüência a distribuição do conhecimento em setores de conhecimento, criado a tipificação de tais conhecimentos para grupos de indivíduos especializados. Quando os conhecimentos individuais não são suficientes para enfrentar a realidade do nosso cotidiano, recorremos aos especialistas para encontrar as soluções. Quando os especialistas são vistos por toda a sociedade como um padrão para enfrentar situações especificas da realidade surge o conceito de instituição, que nada mais é do que a estruturação social dos conhecimentos padronizados para a solução de problemas que se afastam do nosso cotidiano. Podemos dizer que a realidade social e criada e edificada por meio das instituições. As instituições a pesar de ser criada pelo homem passam a ser notada por estes como uma coisa pronta, com existência própria, adquirindo uma objetividade e solidez de coisa dada. Dessa forma a instituição se torna soberana na qual os homens devem se adaptar a ela, cumprindo papeis pré- estabelecidos. A esse fenômeno chama-se “reificação da instituição”. Ao serem estabelecidas, as instituições criam regras usando o esquema simbólico (linguagem) para conduzir o seu funcionamento. Essas regras escandidas nos esquemas simbólicos servem para legitimarem a instituição perante a sociedade, isto é, justificam e explicam o porquê de uma instituição existir, e isto só é possível através da linguagem.

A organização (e a realidade) da sociedade é fundamentada basicamente sobre as instituições e as legitimações dela decorrentes. Para se preservarem e se manterem as instituições dispõe de mecanismos estabilizadores e de controle que atuam toda vez que a ordem institucional é subvertida. A reificação da instituição é um meio de proteção uma vez que a torna como uma coisa dada ao homem, a instituição se torna coercitiva e se sobrepõem à individualidade de seus membros. Os mecanismos de manutenção das instituições podem ser de dois tipos: os terapêuticos e os aniquiladores. Os processos terapêuticos visam retornar os fatos e elementos (internos) que subvertem a instituição ao seu “status quo” inicial, abandonando estes totalmente as causas e motivos que criam os fatos e idéia subversivas, voltando dessa forma a realidade criada pelo universo simbólico da instituição. Os processos aniquiladores são destinados a sociedade externa a instituição, isto é fora do seu âmbito e consiste em fazer crer que as idéias antagônicas as da instituição são completamente descabidas, atrasadas, degeneradas, etc. de forma a serem totalmente descartadas ou Que as novas idéias já estão e sempre estiveram incorporados ao modelo institucional. Ambas as formas tiram todo o propósito das novas idéias, as aniquilam. Com relação aos indivíduos na vida cotidiana a realidade pode ser mantida de uma forma rotineira ou de uma forma crítica. A rotineira procura manter a realidade interiorizada pelos indivíduos na vida do dia-a-dia mantendo-a suspensa de quaisquer duvidas e questionamentos

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