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Relatório Do Filme O Julgamento De Nurember

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Por:   •  9/4/2014  •  757 Palavras (4 Páginas)  •  319 Visualizações

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Julgamento em Nuremberg, filme escrito por Abbe Mann e dirigido por Stanley Kramer em 1961, cumpre perfeitamente esta função, apresentando-nos a uma narrativa repleta de informações históricas referentes à Segunda Guerra Mundial, a partir dos depoimentos dos réus (juízes alemães dissidentes do Partido Nazista), testemunhas e arguições da promotoria e defesa.

A história gira em torno do juiz Hayhood, juiz aposentado do Maine que aceita a difícil tarefa de presidir a Corte de Nuremberg no julgamento que irá julgar os crimes de guerra e as responsabilidades de cidadãos, políticos e juízes colaboradores e/ou correligionários do Terceiro Reich. Representando a promotoria, temos o Cmte. Lawson, cujo entendimento sobre o caso paira sobre a ideia de que o “julgamento” representa a condenação de toda a omissão que o povo alemão teve ou possa ter tido na guerra. Quanto à Defesa, temos o promissor advogado Herr Holfe com a responsabilidade de demonstrar à Corte que uma condenação dos réus condenaria diretamente toda uma geração de alemães.

É importante destacar a preocupação do filme em demonstrar as linhas de raciocínio dos dois lados envolvidos, ressaltando sempre as consequências que uma possível condenação e/ou absolvição dos réus representaria aos cidadãos alemães e ao mundo. Neste clima crescente, onde a geopolítica internacional caminhava para uma rápida bipolarização entre União Soviética e EUA, cada depoimento tomado representava, ainda, uma expectativa de bastidores, principalmente entre os altos oficiais americanos que, ocupando a Alemanha naquele momento, mostravam uma preocupação de que as condenações pudessem prejudicar o processo de reconstrução do país, no sentido de que os americanos pudessem ser hostilizados pelos alemães e perder terreno para os esforços da União Soviética, que vinha ocupando espaço no Leste Europeu.

Enquanto os americanos se preocupavam com o avanço comunista, demonstrando cautela no julgamento, tornando a própria postura da promotoria tão dissonante, a defesa embasava sua argumentação na ideia de que aquela condenação pudesse representar para as próximas gerações de alemães, tendo na figura do juiz Ernst Jannings, a principal referência intelectual, aquele a quem todos sequer ousariam condenar, dada sua relevância. Soma-se a isso a postura do próprio réu que, se inicialmente afronta o tribunal ao não reconhecer sua legitimidade, gradualmente passa a se dar conta de sua própria omissão frente ao regime Nazista.

O juiz Hayhood com serenidade e extrema ética, é importante ressaltar que o personagem tem a certeza de que, independente do resultado do julgamento, este compreende perfeitamente que o mundo já mudou o suficiente para encarar Nuremberg como um entrave para a tão desejada integração. É importante ressaltar, além disso, que a estadia do juiz Hayhood em Nuremberg nos diz mais sobre sua vida do que podíamos supor de início, já que a convivência com aquelas pessoas reflete o próprio peso que o julgamento traz para ele.

Mrs. Bertholt representa a parcela de alemães que, apoiadores do regime Nazista, afirmam não ter conhecimento das atrocidades cometidas em nome de Hitler e que agora se empenham em reconstruir a cidade. Por isso sua preocupação genuína com o resultado do julgamento e sua aproximação gradual do juiz Hayhood. Em um dos momentos mais dramáticos do filme,

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