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Relação Do Filme O Som Do Coração Comppb

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Por:   •  22/9/2014  •  407 Palavras (2 Páginas)  •  389 Visualizações

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No original, o filme chama-se secamente August Rush, mas na versão brasileira ganhou o título de O Som do Coração – mais condizente com sua vocação de melodrama. Dirigido pela irlandesa Kirsten Sheridan, a história conta com pegadinhas do tipo filho separado cedo da mãe e criado como órfão, pai perdido pelo mundo e que ignora a existência do filho, etc. Tudo isso pontuado por encontros improváveis e grand finale lacrimogêneo.

A idéia é colocar a música como elemento mágico, que pode ligar as pessoas e chegar aos corações mais embrutecidos. Tudo bem, não há por que não concordar com isso. O chato é ver o modo como é levada essa história de uma violoncelista de talento, Lyla (Keri Russell), que passa uma noite de amor com um roqueiro, Louis (Jonathan Rhys Meyers), e fica grávida. Sofre um acidente e o pai, que não gostara do que havia acontecido, a leva a acreditar que perdeu o bebê. Como conseqüência, o nosso herói é criado em orfanato. Mais tarde terá uma experiência de rua, quando encontra o personagem denominado Mago (Robin Williams), que explora pequenos músicos desamparados e os abriga em um teatro abandonado.

Por inverossímil que seja, no entanto, uma história pode se aproximar do espectador pela criação de uma espécie de verdade interna. Uma química entre elementos que torna o fantástico crível e o mágico, aceitável. Não fosse assim, apenas o realismo teria vez no cinema, e sabemos que não é este o caso. Aliás, dizem que o cinema se divide entre uma vertente realista e outra fabulosa, sendo a primeira filiada aos irmãos Lumière e a segunda a Georges Méliès. Dessa forma, desde o nascimento, as duas facetas foram se entrelaçando, opondo-se e dialogando, e compondo o tecido cinematográfico que temos hoje. Um tecido que comporta de tudo, desde que faça sentido em seu plano interno.

E é exatamente aí que fracassa este O Som do Coração. Há uma clara indecisão sobre o caminho a tomar. Hesita-se entre o registro mais realista, no qual as coisas parecem mais familiares aos espectadores, mas sente-se então que a história desabaria por um tom melodramático, este sim bastante datado. Nesse sentido, pede-se que o público creia num prodígio que aprende as primeiras notas num dia e, no outro, sai escrevendo sinfonias a mando da Julliard School of Music. Ao mesmo tempo, vai-se ao mágico com certo pudor, como se fosse uma quebra de código realista – que na verdade nunca existiu.

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