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Resenha Crítica do Artigo: “Não’ à criação de uma universidade no Brasil: uma análise de um documento do século XVII.

Por:   •  29/10/2019  •  Resenha  •  615 Palavras (3 Páginas)  •  539 Visualizações

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USP- Universidade de São Paulo

Licenciatura de Matemática

Nome: Giovanna Ferraz Nóbrega Silva

N° USP: 11223611

Professor Iva Gurgel

Resenha Crítica do Artigo:

“‘Não’ à  criação de uma universidade no Brasil: uma análise de um documento do século XVII.

O artigo analisado para a seguinte resenha foi publicado em dezembro de 2017, na Revista Brasileira de História da Ciência.

O artigo trata da tentativa de transformação do colégio de Salvador da Bahia, na primeira Universidade do Brasil, a partir da localização de um documento do século XVII, foi analisada uma das tentativas para o estabelecimento da primeira universidade no Brasil, durante o período colonial.

No documento datado de 1670, mostra que foi elaborado um parecer pela Mesa de Consciência e Ordens (tribunal português), negando a solicitação feita pelo Procurador do Estado do Brasil, enviado ao monarca D.Pedro II, para que se reconhecesse o Colégio Jesuíta da Bahia em universidade, apesar da alta qualidade pedagógica dos cursos oferecidos pelo colégio (qualidade similar à Universidade de Coimbrã). A Mesa de Consciência e Ordens antes de negar totalmente, solicitou a anuência do Reitor da Universidade de Coimbra, que endossou a negativa justificando da seguinte forma: “a universidade pleiteada não fosse aprovada e que os estudantes do Brasil, formados pelos religiosos da Companhia de Jesus, não pudessem gozar dos mesmos privilégios que os estudantes de Coimbrã.”, pois ele afirma que tão concessão jamais teria sido oferecida a nenhuma universidade do Reino de Portugal, nem mesmo à de Évora, que foi fundada em 1559, pelo cardeal e futuro rei D.Henrique.

Porém, o Reitor desconsiderou a história da universidade de Évora, uma vez que antes de se tornar universidade o Colégio de Espirito de Évora, era administrado por Jesuítas, e que se tornou universidade com a anuência do Papa Paulo IV, com total apoio da coroa.

A Companhia de Jesus foi responsável por 220 anos de todas as ações educacionais no Brasil. Apesar dos esforços e de muitas tentativas realizadas, durante todo o período de dominação portuguesa, não foi criada nenhuma universidade no país. Mesmo com a chegada da Realeza, e com a instalação das primeiras instituições científicas e escolas superiores, não foi possível ocorrer tal fato. Para se ter uma ideia, até o projeto de José Bonifácio de Andrada e Silva de 1820, para a instalação da universidade, nos moldes da Universidade de Coimbrã, na cidade de São Paulo, com três cursos: Filosofia, Jurisprudência e Medicina, e com um Observatório Astronômico em sua estrutura, foi negado, esses fatos só reforça a ideia de que Portugal, jamais aprovaria a criação de uma universidade.

Mesmo após a proclamação da República e independência do Brasil, outras tentativas fracassaram, em função de muitas razões políticas e/ou controvérsias internas. Podemos citar a proposta do deputado paulista Jose Feliciano Fernandes Pinheiro, em 1823, logo após a independência, de criar uma universidade em São Paulo, no entanto ela não foi levada à frente, assim como outras iniciativas de criação, que surgiram ao longo do século XIX.

Somente em 1909 foi criada a primeira universidade, a Universidade de Manaus, porém jamais saberemos com precisão se a existência de uma universidade no Brasil colonial, poderia ou não ter acelerado o desenvolvimento da população, de forma à transformar a realidade social, cultural, política e economica.

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