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Resenha Descritiva Fonologia

Por:   •  16/6/2022  •  Resenha  •  2.771 Palavras (12 Páginas)  •  65 Visualizações

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 Fonologia

Maria Helena Mira Mateus

  1. Introdução

Para que haja entendimento do que alguém fala o ouvinte precisa ter conhecimento prévio da língua que é falada. Existem propriedades nesse som que são explicadas pela fonética, mas a fonética não explica como é possível reconhecer os sons de uma determinada língua, como se constituem as palavras. A fonologia responde a todas essas questões sobre como se dá o entendimento do falante-ouvinte acerca de como funciona todo esse conjunto de sons da língua e Como funciona essa comunicação. A fonologia explica também como as propriedades fonéticas dos sons são utilizadas pelos falantes no ato da fala.

No processo de aprendizagem da linguagem, a criança conhece pouco a pouco os sons que fazem parte da sua língua materna e começa a construir as palavras que possibilitam a ela se comunicar com outros, mas como ela estará convivendo com muitas palavras que fazem parte dessa língua, ela pouco a pouco vai aprendendo o sistema de sua língua materna inconscientemente. Esse sistema é chamado pelos estruturalistas de fonema, que são as unidades mínimas sonoras, a sua explicação fica a cargo da fonética.

Apesar da fonética utilizar um material universal para todas as línguas, cada língua seleciona uma parcela desse conjunto de sons para formar um sistema particular, mas na Constituição das palavras cada língua apresenta uma combinação restrita de unidade fonológicas que foram selecionadas. Por exemplo, a palavra mata constitui uma palavra, já a palavra start é impossível em português mesmo que seja aceita em inglês. O ramo que estuda essas combinações possíveis em cada língua é chamado de fonotáctica. Dito isto, percebe-se que a quantidade de fonemas presentes em um sistema fonológico pode variar em cada língua. Por exemplo, enquanto o português (europeu) tem em seu sistema 9 vogais orais, o francês tem 10 vogais, o espanhol 5 e algumas línguas caucasiáticas apresentam apenas 3.

É na fonologia que um falante consegue associar vários sons a um único fonema. Por exemplo um falante do português vai reconhecer o l como só uma unidade, no fim da palavra e no início da palavra, mesmo que tenha diversas pronúncias diferentes. O mesmo acontece com as línguas caucasiáticas, as três vogais são pronunciadas de diferentes formas, mas essas pronúncias vão estar sempre associadas a essas três vogais.

O que a fonologia faz é explicar todas essas questões da linguagem e criar métodos e técnicas que permitam determinar os sistemas fonológicos das línguas mas cada língua possui a sua própria organização dos sons. Quando se estuda a fonologia de uma língua com base no no que já se tem de outras línguas contribuem para para a formação dos princípios universais, ou seja, o que cada língua tem em comum.

  1. Fonemas, fones e alofones

Todas as línguas tem palavras que se diferem apenas por um som, como em bala e pala, com significados diferentes e só se diferenciam em [ b ] e [ p ], é isso se dá o nome de unidades distintivas e são correspondentes aos fonemas do português já os pares de palavras como pala e bala ditas acima são chamados de pares mínimos porque só se diferenciam em uma unidade. Foi a escola estruturalista que implementou esse método de substituição de um som por outro mantendo a mesma estrutura. Assim, verificando as mudanças de significado das palavras é possível identificar todos os fonemas do português, em sala [‘sala] e Saca [‘saka] é possível identificar /l/ e /k/.

Os sons produzidos na fala são os fones.  Em calo e caldo, Existem dois fones do /l/, mas essas duas pronúncias pertencem ao mesmo fonema, sendo assim eles não se opõem num par mínimo. A isso se dá o nome de alofone ou variantes contextuais. Os alofones dependem da posição do fonema na palavra, sendo distribuídos em diferentes contextos. Os alufones podem ainda se distinguir em dois tipos sociolectos ou dialectos, por não depender de um contexto fonético essas distinções de pronúncia são chamadas de alofones livres.

Ao pegar o método dos pares mínimos do português de Portugal é possível identificar as consoantes (C) e vogais (V) que fazem parte do sistema fonológico, divididos em três aspectos: 1. consoantes iniciais: fala /f/, bala /b/, tia /t/; 2. Consoantes entre vogais: ripa /p/, riba /b/, lato /t/, manha /ɲ/, malha /ʎ/; 3. Consoantes finais: mal /l/, mar /r/, más /s/.

Algumas palavras terminam em [m] e [n], mas somente para marcar a nasalidade do som.

Em consoantes mediais temos o /ʎ e o /ɲ/ que só ocorrem no início de palavras em alguns casos em palavras de origem estrangeira. Ué sim final de palavras tem sons diferentes a depender de diversos fatores, se a palavra que eu contei fora antes de uma pausa ele vai ter o som de [ʃ]; se ele for seguido de outra palavra o seu som será de [z] se for antes de uma vogal e [Ʒ] ou  [ʃ] a depender se a consoante seguinte for vozeada ou não vozeada ( más bolas, más passas) por essas fricativas pertencem ao português em um caso como este em que os fonemas tem a mesma execução vai depender do contexto fonético existe um elemento que os reúne chamado de arquifonema que tem a função de neutralizar é que teve início na escola estruturalista.

Vogais orais:

Pira /i/  tela /ɛ/  tola /o/  tulha /u/

Pera /e/  tola /ɔ/ talha /a/

As vogais identificadas são orais e acentuadas. No português europeu ainda existem mais duas vogais que são átonas e podem ser acentuadas em alguns contextos, sendo portanto alofones.

No português também existem as vogais nasais que tem um aspecto de caracterizar a língua, já que grande parte das línguas do mundo não tem esse tipo de vogal.

pinte /ĩ/, tente /ẽ/, ponte /õ/, mando /ã/, mundo /ũ/. Existem alguns sons na língua que não se comportam como vogais nem como consoantes, a esses sons se dá o nome de glides ou semivogais. Em questão da fonética elas estão perto das vogais mas fonologicamente são diferentes por não poderem receber acento tônico e por sempre virem acompanhadas de vogais formando um ditongo. Existem duas semivogais com aspecto fonologico no português /j/ e /w/ que podem se opor em (pai [‘paj] e pau [‘paw])

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