Resenha Documentário Babies

Resenha realizada pela aluna Nathalie Gil como exigência parcial para conclusão   do   1°   Período   do   Curso   de Psicologia pela Universidade Federal Fluminense na matéria de Introdução de Texto. Orientadora: Beth Pacheco. Campos dos Goytacazes - RJ, maio de 2016.

BEBÊS

Babies. Produção: Thomas Balmès. Roteiro por Alain Chabat e Thomas Balmès. Distribuidora Europa Filmes. Local: França, 2010. 79 min.

        Este documentário, produzido pelo documentarista francês Thomas Balmès, analisa os primeiros anos da vida humana em diferentes lugares (Namíbia, Mongólia, Japão e Estados Unidos), desde quando as crianças ainda não tinham nascido até desenvolverem habilidades, como ficar em pé sozinho pela primeira vez, andar e interagir.

        O documentário destaca as descobertas de cada criança, suas conquistas e frustrações. O objetivo é mostrar o quanto os bebês nascem "vazios" e com uma vontade incontrolável de se preencher, como um papel em branco. As crianças nascem sem reconhecimento do perigo, sem saber andar ou falar, se comunicam de sua própria maneira, que, na maioria das vezes é chorando. Elas têm uma facilidade muito grande de aprender um idioma e os costumes de seu povo e, por isso, Balmès escolheu crianças de lugares com culturas diferentes uns dos outros. Seu propósito era mostrar o quanto a cultura da qual cada criança interfere no "preenchimento" do seu EU e da formação de sua personalidade.

        Enquanto o menino da África se amamenta com o leite de todas as mulheres da tribo, a americana é amamentada com a mamadeia e uma bomba de sucção. Cada cena nos mostra a diversidade das culturas, nem sempre opostas, o que se vê na tela são cenas focando os cuidados para com os bebês, mostrando o cotidiano de cada um e suas reações perante as mais diversas situações.

        Essas crianças estão em um processo de criação de identidade, com uma contribuição de sua cultura e criação, porém, nem tudo se deve ao meio. A personalidade de cada criança é um misto de sua sociedade com a descoberta do próprio EU, e ambos fazem com que elas tenham diferentes comportamentos. Um exemplo disso é a reação do bebê do Japão, que fica frustrado ao ser mal sucedido e do bebê da África, que faz questão de tentar até conseguir.

        Ao final, cada criança mostrou ser especial de um jeito, em meio aos sucessos e insucessos, cada um criado por pessoas e culturas diferentes, acostumados a coisas diferentes, com reações diferentes, mas, apesar de tudo isso, contente. O fim do filme mostra algumas tomadas desses bebês crescidos, cada um com um sorriso no rosto, mostrando-se feliz com sua realidade.