SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE CUIDADOS COM CRIANÇAS COM PROBLEMAS NEUROLOGICOS

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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE BRASÍLIA

Docente: Breno Piovezana

SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

CUIDADOS COM CRIANÇAS COM PROBLEMAS NEUROLOGICOS

Brasília, 25 de Março de 2015.

DISCENTES:

Alan Félix Martins

Adilson

Agmaria

Josefa Freitas

Marilene

Tais Souza

Thalita

Silvia

SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

CUIDADOS COM CRIANÇAS COM PROBLEMAS NEUROLOGICOS

Brasília, 25 de Março de 2015.

Objetivo Geral

Apresentar os conhecimentos adquiridos pelo grupo, sobre as pesquisas realizadas pelo mesmo. Abordando o tema que nos foi passado: “cuidados de enfermagem em crianças com problemas neurológicos”. Aprofundando-se em crianças que possuem hidrocefalia.

Objetivos específicos

Indicar as características dos temas abordados no texto que se segue, tais como:

• Abordar de forma geral as principais neuropatias que acometem as crianças;
• Hidrocefalia;
• Fisiologia e etiologia;
• Manifestações clinicas;
• Avaliação diagnostica;
• Tratamento;
• Complicações;
• Prognostico;
• Avaliação de enfermagem;
• Diagnósticos de enfermagem;
• Intervenções de enfermagem.

Introdução

Antes de entrarmos propriamente nos cuidados prestados a crianças com problemas neurológicos, é de extrema necessidade falarmos da neurologia pediátrica e as principais neuropatias que acometem as crianças.

A neuropediatria é a área clinica que estuda o sistema nervoso central (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e periférico (nervos) das crianças. É responsável pelo acompanhamento do desenvolvimento motor, cognitivo e de linguagem da criança, do nascimento a adolescência. Hoje a neuropediatria vinculada aos avanços tecnológicos, conta com uma serie de artifícios (genética molecular, exames de imagem, eletroencefalografia e bioquímica) para diagnosticar as principais neuropatias em crianças. Com as facilidades no diagnóstico, fica mais fácil o tratamento ou até mesmo a cura das neuropatias.

        As segundo o instituto brasileiro de neurologia, as neuropatias podem ser causadas por fatores:

• Congênito;
•  Hereditário;
• Pós trauma;
• Exposição a produtos químicos e tóxicos;
• Tumores;
•  Infecções.

As principais neuropatias encontradas nas crianças são:

• Hemorragia intraventricular (IVH);
• Leucomalácia periventricular (LPV);
• Anencefalia;
• Paralisia Cerebral;
• Chiara;
• Hidrocefalia;
• Microcefalia;
• Espinha bífida oculta;
• Cefaleia;
• Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

        Com todas essas neuropatias decidimos aprofundar os nossos estudos e fundamentar nossos cuidados as crianças portadoras de hidrocefalia.

Cuidados Com Crianças Com Problemas Neurológicos.

Hidrocefalia

        A hidrocefalia é caracterizada pelo aumento do volume do liquido cefalorraquidiano (LCR), associada a dilatação ventricular progressiva, e pode ser classificado com: comunicante (não obstrutivo) ou não comunicante (obstrutivo).  Geralmente a hidrocefalia está associada a outros fatores como:

• Tumores;
• Infecções;
• Malformações congênitas;
• Hemorragias.

        Segundo o volume 4, 9º edição da Brunner, escrito por Sandra M. Nettina:

“A incidência de hidrocefalia em nascidos vivos é de 0,5 a 4 por 1000”.

Fisiopatologia e Etiologia

        O SNC é revestido de uma tripla membrana (meninges) e mergulhado em um liquido chamado liquido cefalorraquidiano ou líquor, que tem função protetora e hidratante. O SNC é formado pelo cérebro que por sua vez é dividido em dois hemisférios e a ponte encefálica. O líquor circula no cérebro e medula espinhal por cavidades especiais, denominado sistema ventricular.  Os ventrículos laterais ocupam os lobos temporal, frontal e occipital, e são localizados nos hemisférios, um de cada lado, comunicando-se com o terceiro ventrículo, que localiza-se no diencéfalo, que por sua vez se comunica com quarto ventrículo localizado no rombencéfalo. Cada ventrículo evagina-se a um plexo vascular, responsável pela produção do líquor, denominado plexo de coróide.

        Em uma pessoa normal o líquor é formado nos ventrículos e flui normalmente dos ventrículos para a medula espinhal. Quando a obstrução ou bloqueio do líquor dos ventrículos para o espaço subaraquinóide, é denominado hidrocefalia não-comunicante ou obstrutiva. A hidrocefalia obstrutiva pode ser classificada como parcial (quando a uma pequena obstrução ao longo dos ventrículos, impedindo a passagem fisiológica do líquor), intermediante (quando a uma obstrução intermediaria ao longo dos ventrículos, impedindo a passagem fisiológica do líquor) ou completa (quando a uma obstrução total dos ventrículos, impedindo a passagem fisiológica do líquor). Geralmente esse tipo de hidrocefalia é mais comum, e na maioria das vezes é causado por estenose do aqueduto, lesões congênitas (mal formação da veia galeno ou tumores congênitos), cisto aracnoide, malformação de Dandy Walter, lesões expansivas (tumores ou cistos), lesões cranioencefálicas.

        Outro tipo de hidrocefalia, menos comum é a hidrocefalia comunicante ou não obstrutiva. Nesse tipo de hidrocefalia o liquor circula dos ventrículos para a medula espinhal livre de obstáculos, porem há uma dificuldade de absorção e eliminação do liquor, e uma vez que a produção não para, o mesmo se acumula no espaço ventricular. Geralmente é caudado devido acondroplasia, cisto aracnóideo, síndrome craniofaciais, pós hemorragia (intraventricular ou subaracnóidea), papiloma do plexo coroide ou carcinoma do plexo coroide, obstrução venosa (síndrome da veia cava superior), pós infecciosas.