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TCC Teologia

Por:   •  27/10/2015  •  Monografia  •  11.572 Palavras (47 Páginas)  •  1.401 Visualizações

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RESUMO

        No decorrer da história, a religião tem influenciado a humanidade ao ponto de exercer sobre ela o domínio espiritual através de seus sacerdotes, que crê-se  ter o poder de abençoar e amaldiçoar. Partindo-se desse pressuposto, julga-se pertinente uma abordagem acerca do método usado para desmistificar o poder sacerdotal aprisionante juntamente com suas influências sobre os cristãos. Como metodologia, utilizou-se a pesquisa bibliográfica tendo como ponto de partida as abordagens dos autores que atêm-se ao fato.

Palavras-chaves: Justiça, Penitências, Indulgências, Catolicismo, Cristianismo.

 



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INTRODUÇÃO

        O presente artigo tem por objetivo a pesquisa sobre a religião cristã, onde fará uma abordagem sobre a Reforma Protestante no seio da Igreja Católica Romana, tendo como motivo a perda do referencial  de sua missão como Igreja no propósito de atender as necessidades dos fiéis, onde, ao invés de lhes educar e lhes mostrar o verdadeiro motivo da fé cristã, o Senhor Jesus e o paraíso, pelo contrário, usou a fé  inocente e simples para, através de dogmas, incutir-lhes o medo como instrumento para aprisiona-los e vilipendiá-los de maneiras as mais grosseiras, negando a graça e a eficácia do verdadeiro favor de Jesus Cristo àqueles que a ele recebem, quando de sua promessa de vida eterna, criando para isso, prisões celestiais, tais como limbus patrum e limbus infantus, ou seja, purgatórios para adultos, e purgatórios para crianças, os quais carecem de qualquer embasamento dentro das Sagradas  Escrituras, e têm como objetivo único, favorecer o clero católico romano da referida época, desde a submissão até o favorecimento cristão, político e financeiro. Aprouve a Deus, após diversos levantes e sacrifícios de homens sinceros na sua busca por um Deus justo, entre os quais, John Wycliff, John Huss, Martinho Lutero e tantos outros, permitir o acontecimento da tão esperada e eficaz Reforma.

        Continuando, será feita a abordagem do reformador Martinho Lutero, desde seu nascimento e fatos atinentes à sua origem desde onde nasceu, quando nasceu, o por quê do significado de seu nome, estendendo-se à sua filiação, seus costumes, sua educação e a razão de sua escolha pelo monasticismo sendo tão jovem e contrariando o desejo de seu pai, Hans Luder, que desejava que este fosse um advogado. Sua dedicação ao ministério ao ponto de submeter-se até mesmo ao auto flagelo, pondo em risco a sua sobrevivência, a obediência aos superiores, a busca pela salvação, seu apego às Escrituras Sagradas, sua decepção com os escândalos do clero envolvendo o simonismo, termo originário do episódio onde Simão, o mago, oferece dinheiro aos apóstolos em troca dos dons de Deus, sendo repreendido.[1]Afora isso, havia ainda as imoralidades, a irreverência e as atrocidades,  além da venda das indulgências ao povo que era confesso, ainda que contra a sua vontade por força do Concílio Lateranense, imposto pelo papa Inocêncio III, com a promessa de que assim era possível ter não somente os seus pecados perdoados, mas também os dos parentes e amigos já falecidos. Pensando em reformar a Igreja, Lutero elabora as 95 teses crendo na idoneidade da Instituição, onde chega a constatação de que a Igreja em si, era corrompida ao ponto de não dialogar e ameaça-lo desde a ameaça de excomungação à pena de morte.

        Concluindo, a pesquisa se atem à analise do impacto para a sociedade da época, onde a vida cristã desabrocha no coração de muitos. Cai o celibato e muitos se casam, seguindo até mesmo o exemplo de Lutero. O Humanismo irrompe, a visão se amplia, a Bíblia é agora um livro acessível à todos. O cristianismo se propaga com uma velocidade proporcional ao período em que fora retido. Os cultos agora não são mais em latim. A Bíblia é traduzida para a língua do povo. O movimento Luterano agora se traduz em liberdade de expressão através do culto. Os alemães se congregaram em torno dessa religião cristã de portas abertas, com a mente aberta e com as Escrituras abertas.

         


1 . A HISTÓRIA DE MARTINHO LUTERO

              Poucos personagens na história do cristianismo têm sido discutidos tanto ou tão calorosamente como Martinho Lutero. Para uns, Martinho Lutero é o bicho-papão[2] que destruiu a unidade da igreja, a besta selvagem[3] que pisou a vinha do Senhor, um monge renegado que se dedicou a destruir as bases da vida monástica. Para outros, ele é o grande herói que fez voltar, uma vez mais, a pregação do evangelho puro, é o paladino[4] da fé bíblica, o reformador de uma igreja corrompida.[5]

O cristianismo de quase todo o povo da Idade Média era essencialmente a religião do medo. A Igreja mantinha seus filhos em submissão, conservando bem vivo, em todas as pessoas, o medo do seu poder sobre a vida aqui e no além-túmulo.[6] O Deus por ela apresentado era um Deus de juízo inexorável, cuja ira contra o pecado só podia ser aplacada pela conformidade aos mandamentos dessa Igreja, à qual Deus dera, como era ensinado, autoridade plena e absoluta. Isso obrigava a totalidade das massas a tomar parte nas observâncias religiosas e a obedecer aos preceitos morais da religião, não por amor e confiança em Deus, mas pelo terror inspirado pela ideia ou lembrança das consequências de uma atitude diferente. O cristianismo popular também consistia grandemente em crendices e práticas supersticiosas. Havia muito disso no culto da igreja e no seu complicado e poderoso sistema sacramental.[7]

A Igreja vinha concentrando ao longo dos anos, um imenso poder, não apenas espiritual, mas também material e político. Seus altos mandatários, o papa, os cardeais e os bispos, estavam mais preocupados em exercer esse poder, em aumentar seus domínios e sua influência, do que em oferecer conforto espiritual às populações. A magnitude de suas riquezas e possessões consistia em terras, edifícios construídos para fins religiosos, com ricos mobiliários e ornamentos caríssimos e construções dos mais variados tipos destinadas aos fins mais diversos. As populações, com exceção do clero, careciam de assistência. Em meio a este cenário onde príncipes e papas lutam pelo controle do poder, nasce Martinho Lutero, o cisne. O cisne cantou na voz de Lutero em mais de um sentido. Em toda a Alemanha cisnes são encontrados nas torres das igrejas e, durante séculos, Lutero é retratado nas obras de arte com cisnes aos seus pés. Qual a razão disso? A rezão se encontra em John Huss um século antes de Lutero. John Huss foi professor e, mais tarde, presidente da Universidade de Praga. Faleceu no ano de 1415, cerca de cem anos antes de Lutero afixar suas noventa e cinco teses na porta de Wittenberg no ano de 1517. Huss nasceu numa família camponesa e pregava na linguagem do povo em vez de usar o latim. Traduziu o Novo Testamento para o tcheco e protestou contra os abusos que ocorriam na Igreja Católica.[8] 

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