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Por:   •  11/8/2014  •  3.569 Palavras (15 Páginas)  •  728 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

SIMONE REINHARDT DUTRA GONZAGA

RU 520946

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

COM CRIANÇAS DE 04 E 05 ANOS

IJUÍ

2014

SUMÁRIO

1 A INFÂNCIA 3

2 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA A FORMAÇÃO DA CRIANÇA 8

3 METODOLOGIA 12

4 REFERÊNCIAS 14

1 A INFÂNCIA

Existem inúmeras literaturas que tentam resgatar a história da infância e formulam teses sobre ela, mostrando suas mudanças ao longo dos tempos. Áries (1986) faz um estudo cronológico partindo da Idade Média, o qual mostra que nessa época não havia lugar para a infância, desde muito cedo a criança já fazia parte do mundo do adulto. Aos sete anos, o menino era entregue ao homem para ser educado, aprendia a montar cavalos, a atirar e a usar o arco e a flecha e táticas de guerra, e a instrução das meninas ficava a cargo das mães.

As crianças desde cedo aprendiam as profissões com suas famílias ou em casas de aprendizes e trabalhavam em oficinas. Até mesmo a Bíblia faz referencia a Jesus com doze anos aprendendo o oficio do pai, carpinteiro. Neste período também, não se tinha noção de família, a organização familiar é um construção histórico e social, constituído gradativamente através de regras estabelecidas até chegar á organização monogâmica. A família nuclear aparece coma ascensão da burguesia.

Até no século XVII, a infância é vista como uma fase sem importância, os adultos não se apegavam ás crianças por considerá-las uma perda eventual, pois elas morriam com muita facilidade devida á situação de negligencia em que viviam. A visão de infância como uma etapa do desenvolvimento do ser humano, que tem características próprias, bem definidas é uma ideia moderna. Ela surge no contexto social e histórico da modernidade, com a redução dos índices de mortalidade infantil, graças ao avanço das ciências e ás mudanças econômicas. Passa-se a observar que a criança tem necessidades próprias, carecem de cuidados, amor e respeito. Esse sentimento de infância, de preocupação e investimento da sociedade e do adulto sobre a criança, de criar formas e regulação de infância e família, são ideias que surgiram com a modernidade.

Só a partir de 1932, com o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, é que surgem estabelecimentos de atendimento á infância, porém eram particulares, eram escolas para a elite brasileira. O atendimento á camada popular fora da família para os filhos que ainda não frequentavam o ensino primário, estava vinculado á questão da saúde, tinha um caráter assistencialista.

A LDB, Lei 4.024/61, Art. 23, aponta a criação de jardins de infância, destinada aos menores de sete anos, no Plano de Assistência ao Pré-escolar-PAPE, sob a influência do Fundo Nacional da União para a Infância e Adolescência, e no UNICEF, que era um programa de assistência emergenciais para as massas, de baixo custo financeiro.

O modelo de educação infantil adotado a partir da década de 70 é um modelo voltado para a educação da camada popular menos favorecida. A educação infantil só passou a fazer parte da Educação Básica Nacional, e a ser motivo de preocupação dos órgãos que legislam sobre educação após 1988, com a Constituição Federal/88, Art. 208, que determina o dever do Estado com a educação, e em especial a infantil, que será efetivada mediante a garantia de atendimento em creches e pré-escolas para crianças de 0 a 6 anos. Este foi o grande marco na historia da educação brasileira. Surge o Estatuto da Criança e do Adolescente e da LDBN/96, que determina que todas as instituições de educação infantil sejam integradas aos Sistemas de Ensino Nacional.

Nos anos 70, o Brasil absorve as teorias desenvolvidas nos Estados Unidos e na Europa, que sustentavam que as crianças das camadas sociais mais pobres sofriam de “privação cultural” e eram colocadas para explicar o fracasso escolar delas, esta concepção vai direcionar por muito tempo a Educação Infantil, enraizando uma visão assistencialista e compensatória, como afirma Oliveira:

Conceitos como carência e marginalização cultural e educação compensatória foram então adotados, sem que houvesse uma reflexão crítica mais profunda sobre as raízes estruturais dos problemas sociais. Isso passou a influir também nas decisões de políticas de Educação Infantil (OLIVEIRA, 2002, p. 109).

Nos anos 80, com o processo de abertura política, houve pressão por parte das camadas populares para a ampliação do acesso à escola. A educação da criança pequena passa a ser reivindicada como um dever do Estado, que até então não havia se comprometido legalmente com essa função. Em 1888, devido à grande pressão dos movimentos feministas e dos movimentos sociais, a Constituição reconhece a educação em creches e pré-escolas como um direito da criança e um dever do Estado.

Nos anos 90, ocorreu uma ampliação sobre a concepção de criança. Agora se procura entender a criança como um ser sócio-histórico, onde a aprendizagem se dá pelas interações entre a criança e seu entorno social. Essa perspectiva sócio-interacionista tem como principal teórico Vigotsky, que enfatiza a criança como sujeito social, que faz parte de uma cultura concreta.

O desenvolvimento integral da criança depende de cuidados e de necessidades que estão relacionados á dimensão afetiva, hábitos higiênicos, alimentação, saúde e a forma como esses cuidados e essas necessidades são oferecidas, e os conhecimentos que se tem a respeito de seus procedimentos. Na busca da identidade da educação infantil, o desafio é afirmar a necessidade de se integrar educação e cuidados, que é a especificidade dessa modalidade de educação: cuidar e educar a criança. Nas instituições de educação infantil, o cuidado e a educação são vistos como funções complementares e indissociáveis aos cuidados e á educação dada no âmbito da família.

A Educação infantil sofreu grandes transformações

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