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Tecnologias de informação e comunicação na escola: novos horizontes por escrito

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Por:   •  19/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  5.377 Palavras (22 Páginas)  •  521 Visualizações

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Tecnologia de informação e comunicação na escola: novos horizontes na produção escrita

Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida

Mestre e Doutora em Educação, PUCSP.

Professora do Programa de Pós-graduação em Educação: Currículo e do Depto. de Ciência da Computação, da PUCP.

Resumo

As tecnologias de informação e comunicação – TIC trazem contribuições à produção escrita e à leitura prazerosa apontando novos horizontes para a formação de uma sociedade de leitores e escritores. Por trata-se de uma nova forma de expressão do pensamento e interação, a incorporação desses recursos à educação é objeto de investigação não apenas como um meio para ensinar conteúdos específicos de disciplinas, mas principalmente pelos processos cognitivos, sociais e afetivos que suscitam. Este artigo apresenta uma análise da representação do pensamento e da construção do conhecimento por meio do uso do computador nas primeiras iniciativas de inserção do computador à educação brasileira e no momento atual em que as TIC e os ambientes virtuais de colaboração e aprendizagem revelam com maior ênfase a questão da autoria dos sujeitos do conhecimento (educadores e alunos).

Palavras-chave

Tecnologia de informação e comunicação; educação; ensino; aprendizagem; escrita; leitura; hipertexto; ambientes virtuais.

Abstract

The information and communication technologies – ICT – contribute to the development of written production and to the awakening of reading as pleasure, showing new ways make possible the constitution of society with in-learning readers and writers. Taking care of a new expression way of thought and interactivity, the incorporation of ICT on education are object of an investigation not just a instrument to teach specific contents of subjects. Principally through cognitive, socials and affective process that suscitate. This article goes on to present an analytical representation of thought and knowledge construction with the computer in the first attempts of ICT insertion in Brazilian educational contexts and the present, when collaborative learning environments bring up the question of authorship in knowledge-critic subjects (educators and students).

Resumen

Las tecnologías de información y comunicación - TIC traen contribuciones a la producción escrita y a la lectura placentera mostrando nuevos horizontes para la formación de una sociedad de lectores y escritores. Por tratarse de una nueva forma de expresión del pensamiento e interacción, la incorporación de estos recursos a la educación es objeto de investigación no apenas como un medio para enseñar contenidos específicos de disciplinas, más principalmente por los procesos cognitivos, sociales y afectivos que ellos suscitan. Este articulo presenta un análisis de la representación del pensamiento y de la construcción del conocimiento por medio del uso del computador en las primeras iniciativas de inserción del mismo a la educación brasileña y en el momento actual en que as TIC y los ambientes virtuales de colaboración y aprendizaje revelan con mayor énfasis la cuestión de la autoría de los sujetos del conocimiento ( educadores y alumnos).

Primeiros passos na inserção das TIC na educação brasileira

A integração da tecnologia de informação e comunicação – TIC na educação brasileira já passou por várias fases e traz em sua trajetória uma perspectiva educativa inovadora (Andrade & Lima, 1993), que a distingue de ações correlatas de outros países e respectivas políticas para o setor. No Brasil, o papel atribuído ao computador era o de catalisador de mudanças pedagógicas (Valente e Almeida, 1997) de uma perspectiva centrada no ensino e na transmissão de informações para uma prática pedagógica voltada à aprendizagem e construção do conhecimento pelo aluno. A inter-relação entre pesquisa, formação e prática pedagógica com as tecnologias de informação e comunicação tem sido a característica básica desde quando se falava em informática na educação.

A informática começou a disseminar-se no sistema educacional brasileiro nos anos 80 e início de 90, do século XX, com uma iniciativa do Ministério da Educação. Inicialmente o MEC patrocinou um projeto, denominado EDUCOM, destinado ao desenvolvimento de pesquisas e metodologias sobre o uso do computador como recurso pedagógico, do qual participavam cinco universidades públicas1, nas quais foram implantados centros-piloto para desenvolver investigações voltadas ao uso do computador na aprendizagem (Almeida e Valente, 1997) ao tempo que realimentavam as práticas em realização nas escolas. Aprende-se a conhecer, aprendendo a fazer e a refletir sobre esse fazer.

Em seguida o MEC adotou uma política que visava implantar em cada Estado um Centro de Informática na Educação - CIED. Para possibilitar o funcionamento desses centros, foi desenvolvido o Projeto FORMAR que realizava cursos de especialização lato sensu a fim de preparar professores para o uso da informática na educação, bem como para atuar como multiplicadores na formação de outros professores em suas instituições de origem. Os participantes do FORMAR eram professores de diferentes áreas de atuação e formação, o que dificultava um rápido desenvolvimento da autonomia em relação ao domínio da tecnologia e, por outro lado, enriquecia as discussões com os diferentes pontos de vista e estilos de exploração do computador, bem como com as distintas reações aos desafios e conflitos cognitivos, afetivos e sociais (Almeida, 1996).

Conforme Almeida (2000a), uma das contribuições do FORMAR refere-se à mudança de perspectiva em relação à educação, à aprendizagem e à vida, propiciada pelas vivências do curso, o que se revelou na postura de vários participantes, os quais, ao retornarem às suas instituições de origem, imprimiram novo rumo às suas ações. Concomitante com esse projeto de formação, foram realizadas investigações e produzido conhecimento que realimentava as atividades e impulsionava as inovações.

Os centros-piloto do Projeto EDUCOM desenvolviam suas investigações em parceria com escolas onde o uso do computador era uma prática usual, embora caracterizada como atividade extra-curricular ou como prática eventual de sala de aula. Também o FORMAR pouco avançou no sentido de inserir o computador nas atividades de sala de aula. Ainda assim, professores e alunos ligados à essas escolas

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