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Tendências Pedagógicas

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Por:   •  6/4/2013  •  1.515 Palavras (7 Páginas)  •  1.754 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este presente trabalho nos demonstra que a pedagogia iluminista surgiu em 1789 na França e visava liberdade de pensamento. Com este pensamento e junto a revolução francesa a sociedade buscou novos ideais de educação para o homem que atingissem toda a sociedade com seus novos métodos.

Utilizaremos também da biografia de Jean Jacques Rousseau, onde as suas teses serão abordadas através de suas experiências e na teoria da bondade natural do homem que irá direcionar a educação.

E para exemplificar as suas teorias iremos montar algumas atividades lúdicas, como brincar de casinha, pular amarelinha, entre outras, que demonstra a pedagogia iluminista.

1.1 Tendências pedagógicas do filósofo Jean Jacques Rousseau

Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Suíça, em 1712. Sua mãe morreu no parto. Viveu primeiro com o pai, depois com parentes da mãe e aos 16 anos partiu para uma vida de aventureiro. Até os 30 anos, praticava pequenos furtos e cuidava de crianças ricas. Com sua chegada a Paris, ficou amigo dos filósofos iluministas e iniciou uma breve, mas bem-sucedida carreira de compositor. Casou-se em 1745, com a lavadeira Thérèse Levasseur, com quem teve cinco filhos, todos entregues a adoção deixando um grande remorso em sua vida. Isso foi demonstrado em suas obras.

Em 1756, famoso por seus ensaios, Rousseau recolheu-se ao campo, até 1762, para produzir algumas obras. Foram os anos em que produziu as obras mais importantes que despertaram a ira de monarquistas e religiosos. A partir deste momento começou a fugir das perseguições até os últimos dias de vida. Morreu em 1778 no interior da França. Durante a Revolução Francesa, 11 anos após sua morte, fizeram uma homenagem para ele, transladando os seus ossos para a sua cidade.

Rousseau tinha três lemas revolucionários: liberdade, igualdade e fraternidade, sendo este último não abordado em sua obra. O principal fundamento da obra de Rousseau é que o homem é bom por natureza, mas que a sociedade submete a ele a influência corruptora. Este meio que interfere no bem comum, segundo Rousseau, é a desigualdade, que tem dois tipos: a que se deve às características individuais de cada ser humano e aquela causada por circunstâncias sociais. Para essas causas o pensador inclui o ciúme nas relações amorosas até a institucionalização da propriedade privada como pilar do funcionamento econômico. Para a primeira desigualdade, o filósofo acha que é natural. Já a segunda deve ser combatida.

A desigualdade nociva teria suprimido gradativamente a liberdade dos indivíduos e em seu lugar restaram artifícios como o culto das aparências e as regras de polidez. No momento em que o homem renuncia a sua liberdade, ele abre mão da sua própria qualidade que o define como humano. Para recobrar a liberdade perdida nos descaminhos tomados pela sociedade, o filósofo preconiza um mergulho interior por parte do indivíduo rumo ao autoconhecimento. Mas isso não se dá por meio da razão, e sim da emoção, e traduz-se numa entrega sensorial à natureza.

Rousseau via o jovem como um ser integral, e não uma pessoa incompleta, e intuiu na infância várias fases de desenvolvimento, sobretudo cognitivo. Foi, portanto, um precursor da pedagogia de Maria Montessori (1870-1952) e John Dewey (1859-1952). "Rousseau sistematizou toda uma nova concepção de educação, depois chamada de ‘escola nova’ e que reúne vários pedagogos dos séculos 19 e 20", diz Maria Constança. Para Rousseau, a criança devia ser educada, sobretudo em liberdade e viver cada fase da infância na plenitude de seus sentidos - mesmo porque, segundo seu entendimento, até os 12 anos o ser humano é praticamente só sentidos, emoções e corpo físico, enquanto a razão ainda se forma. Liberdade não significa a realização de seus impulsos e desejos, mas uma dependência das coisas (em oposição à dependência da vontade dos adultos). "Vosso filho nada deve obter porque pede, mas porque precisa, nem fazer nada por obediência, mas por necessidade", escreveu o filósofo.

Um dos objetivos de seu livro era criticar a educação elitista de seu tempo, que tinha nos padres jesuítas os expoentes. Rousseau condenava os métodos de ensino utilizados até ali, por se escorarem basicamente na repetição e memorização de conteúdos. Pregava sua substituição pela experiência direta por parte dos alunos, a quem caberia conduzir pelo próprio interesse o aprendizado. Mais do que instruir, no entanto, a educação deveria, para Rousseau, se preocupar com a formação moral e política.

O pensamento de Rousseau pode ser tomado como uma doutrina individualista ou uma denúncia da falência da civilização, mas não é bem isso. O mito criado pelo filósofo em torno da figura do bom selvagem - o ser humano em seu estado natural, não contaminado por constrangimentos sociais - deve ser entendido como uma idealização teórica. Além disso, a obra de Rousseau não pretende negar os ganhos da civilização, mas sugerir caminhos para reconduzir a espécie humana à felicidade.

Não basta a vida individual. Como a vida em sociedade é inevitável, a melhor maneira de garantir o máximo possível de liberdade para cada um é a democracia, concebida como um regime em que todos se submetem à lei, porque ela foi elaborada de acordo com a vontade geral. Não foi por acaso que Rousseau escolheu publicar simultaneamente, em 1762, suas duas obras principais: Do Contrato Social - em que expõe sua concepção de ordem política - e Emílio - minucioso tratado sobre educação, no qual prescreve o passo-a-passo da formação de um jovem fictício, do nascimento aos 25 anos. "O objetivo de Rousseau é tanto formar o homem como o cidadão", diz Maria Constança Peres Pissarra, professora de filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. "A dimensão política é crucial em

seus princípios de educação."

O objetivo de Rousseau, revolucionário para seu tempo, é não só planejar uma educação com vistas à formação futura, na idade adulta, mas

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