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Teoria Florence Nightingale

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Por:   •  3/6/2014  •  1.249 Palavras (5 Páginas)  •  2.849 Visualizações

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Artigo escolhido:

A TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE NO ENSINO

DA ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY (1962 - 1968)

1. Resumo do artigo:

O objetivo do estudo é investigar a influência da teoria ambientalista de Florence Nightingale no ensino da disciplina Fundamentos de Enfermagem na Escola de Enfermagem Anna Nery no período de 1962 a 1968.O marco inicial em 1962 corresponde à mudança de denominação da disciplina “Arte de Enfermagem”, para “Fundamentos de enfermagem”. A partir dai ocorreram diversas mudanças decorrentes da Reforma Universitária de 1968, a qual gerou novidades para o ramo estudantil.

Florence Nightingale é considerada a fundadora da enfermagem moderna, teve início com sua promessa de cuidar dos doentes durante a Guerra da Criméia, era então conhecida “dama da lâmpada” por perambular durante a noite velando os soldados feridos da guerra; esses pensamentos se transformaram em um modelo a ser seguido pelas moças da época que se inspiraram na dedicação dela para também desenvolverem o cuidado a doentes. Sua maior realização foi o estabelecimento do conceito da preparação formal para a prática de enfermagem; a profissão de enfermeiro, as administrações de hospitais, formação da enfermeira, educação em serviço foram, para Florence, a preocupação primordial de todo o seu empreendimento na Enfermagem, assim escreveu o livro “Notas Sobre Enfermagem: o que é e o que não é”.

Sua visão era priorizar um ambiente estimulador do desenvolvimento da saúde para o paciente. Ela acreditava que isso faria um diferencial na recuperação, e são esses preceitos que sustentam a Teoria Ambientalista. Então passa a adotar conceitos que definem o que envolve a questão do ambiente, como: ventilação, ar e água limpos, limpeza e calor. Sendo assim, auxiliar os pacientes para que mantenham suas capacidades vitais, satisfazendo suas necessidades, de acordo com Florence, a enfermagem é uma prática não curativa, na qual o paciente é colocado na melhor condição para a ação da natureza. Reconheceu que um ambiente negativo poderia causar estresse físico, daí afetando o clima emocional do paciente.

A Escola de Enfermagem Anna Nery foi inaugurada em fevereiro de 1923, criando um modelo de enfermagem que agregava às características do tradicional modelo Nightingale porem outras características do processo de adaptação à sociedade americana que foi trazida ao Brasil, com o objetivo de promover as inovações requeridas pelo Departamento Nacional de Saúde Pública, consideradas necessárias à efetivação da reforma sanitária, liderada por Carlos Chagas. O modelo de ensino de enfermagem implantado no Brasil foi denominado modelo anglo-americano de enfermagem. Quanto à Disciplina Fundamentos de Enfermagem, que fazia parte do primeiro período do curso era considerada base para o ensino . Seu conteúdo envolvia o ensino de técnicas relativas ao bem-estar do paciente, como banho no leito, o preparo de drogas e soluções, economia hospitalar.

O estudo aborda a importância de uma das principais teorias de enfermagem com o ensino da prática da profissão e as principais características observadas visando propiciar maior conhecimento do modelo de ensino voltado para a assistência seguido na época. Além disso, tem a finalidade de caracterizar a Teoria Ambientalista de Florence Nightingale e analisar a aplicação dos conceitos dessa teoria no ensino da disciplina.

Contexto Histórico- Político:

Após a Primeira Guerra Mundial a situação social e econômica do Brasil sofreu varias mudanças e uma delas foi a criação da primeira escola de enfermagem, organizada e dirigida por enfermeiras, que também compunham a maior parte do grupo que lecionava. Para isso, veio para o Brasil uma missão de enfermeiras norte-americanas. Embora tenha sofrido diversas adaptações, o sistema Nightingale influenciou profundamente a enfermagem nos Estados Unidos, tendo as escolas de enfermagem norte-americanas surgidas inspiradas nos princípios ditados por Florence. Consequentemente, o modelo anglo-americano implantado no país conservava princípios preconizados por Florence, tais como a divisão e a hierarquização no trabalho de enfermagem.

As candidatas ao curso de enfermagem da EEAN passavam pelo Concurso de Habilitação, uma espécie de exame vestibular, e ainda por uma entrevista, etapa necessária desde o início do funcionamento da Escola, quando eram avaliados aspectos comportamentais e afetivos da candidata ao curso de enfermagem. Após implementar seus planos, a missão norte-americana de enfermeiras terminou e a direção da então Escola Ana Néri passou ao comando de uma enfermeira brasileira, Rachel Haddock Lobo. Porém, a escola foi considerada como padrão oficial para efeito de equiparação e reconhecimento de outras escolas de enfermagem que viessem a ser criadas, com o propósito declarado de garantir um alto nível de formação profissional de enfermagem no Brasil.

Até a Reforma Universitária, a opção pela enfermagem era justificada pelas alunas em termos de religiosidade, vocação, patriotismo deseja de servir e de trabalhar para os ideais em menor proporção, pelo desejo de independência econômica. E é nesse contexto de intensas mudanças que se adaptava as condições de ensino no âmbito da prática de enfermagem, sempre buscando guardar os preceitos da profissão, mas sem ferir os novos ideais

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