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Transtorno neuropsiquiátrico - Psicose

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Por:   •  15/10/2013  •  Tese  •  2.822 Palavras (12 Páginas)  •  311 Visualizações

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Introdução

Este trabalho tem como objetivo analisar e discutir como se dão as relações entre escola, família e políticas públicas no que tange inclusão educacional. É uma exigência do curso de pedagogia da disciplina Inclusão Educacional que tem como finalidade levarmos a uma reflexão das teorias estudadas em sala de aula e vivência no ambiente escolar.

Partindo do relato de uma experiência na escola integrado com a Educação Especial no serviço público, amparado por questões de quem está se deparando com as dificuldades e impasses que a necessidade do individuo apresenta. Essa vivencia propõe uma teorização sobre as condições de aprendizagem da criança com necessidade especial, buscando entender os limites e possibilidades que se colocam no processo de escolarização desses sujeitos. Considerando os seus efeitos tanto para o individuo quanto para os demais alunos e profissionais da escola. A noção de doença mental e seus desdobramentos para chegar às diversas visões teóricas no campo do ensino e da socialização a respeito da inclusão. Assim, problematiza-se a questão contemporânea da inclusão, apontando para saídas possíveis na abordagem da psicose, tratada por equipes que têm um caráter interdisciplinar e que constituem um somatório de esforços no sentido de tomar criança psicótica na dimensão do enigma que propõe e não como objeto a ser adaptado ao sistema escolar.

“Acredita-se que incluir alunos diferentes/deficientes na classe comum do ensino regular seja viável, desde que se tenha presente à complexidade de tal processo, o qual requer muito comprometimento, principalmente dos órgãos governamentais. Igualmente se faz necessário muito estudo, pesquisa para ampliar o conhecimento, desenvolver e testar formas que viabilizem a verdadeira inclusão escolar”, afirma Nilza Sanches Tessaro da Universidade Estadual de Maringá.

Transtorno neuropsiquiátrico - Psicose

A psicose é um distúrbio atípico da mente humana, um transtorno neuropsiquiátrico que causa principalmente a carência de contato com a realidade, ou seja, a pessoa não consegue elaborar ideias e cotejá-las com dados concretos. O psicótico interage com seres e objetos irreais, ao mesmo tempo que pode vivenciar alucinações, modificações em suas atitudes, a mente confusa e nem mesmo percebe que está agindo de forma anormal. Quando o paciente está fora de um período de crise, ele tem condições de tomar conta de si mesmo, vivendo praticamente de forma normal. Ao surtar, porém, ele parece se transportar para um universo fantasioso, geralmente, quando a pessoa está sob pressão, estressada por fatores físicos ou relacionados ao funcionamento do sistema nervoso. De acordo com o DSM – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders -, manual de diagnósticos norte-americano, esse transtorno não é considerado uma doença. Ele classifica o distúrbio em duas categorias – a funcional, que abrange a esquizofrenia e doenças de natureza afetiva; e a orgânica, conseqüência de demências ou de intoxicações.

Os psicóticos podem causar perigos a si mesmos, pois percebem o real de forma distorcida, e atuam com base nesta ilusão. Seus sentimentos vão da indiferença à repressão, do medo à raiva. O ser carece de uma conexão que o ligue ao real, comportamento este que pode estar na raiz da síndrome, justamente o ato da castração simbólica, processo pelo qual esta pessoa não passou em sua mente.

Na intervenção médica, os especialistas devem sempre tentar perceber qualquer vestígio de violência. Se eles visualizarem qualquer sinal de cólera, o paciente deve ser reprimido, através da diminuição dos estímulos externos. O melhor é não utilizar remédios, uma vez que podem interferir no diagnóstico médico.

A inclusão escolar

A escolarização ganha uma importância tanto social quanto moral. Com essa nova visão de educação e o surgimento da escola, a criança passa a ser reconhecida num outro lugar. O ensino tornou-se fundamental e obrigatório para todas as crianças e a escola constituiu-se como seu lugar social. Daí a afirmação de que "nossa criança moderna é, por definição, escolar" (KUPFER, 2000, p. 42).

A Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada em Jomtiem/Tailândia, em março de 1990, enfocou o tema, declarando, conforme acordo ali estabelecido, que:

As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiência requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema educativo (Declaração Mundial sobre Educação para Todos, Art. 3º, Inciso V).

Ao revisar seu primeiro trabalho, Kupfer (2000) salienta a importância do cruzamento quando aborda a escolarização de crianças psicóticas e autistas. Afirma também que é possível uma educação psicanaliticamente orientada, apontando ser esta a educação especial. Para a psicanalista, a ligação entre a psicanálise e a educação se faz necessário quando a palavra de ordem que hoje se apresenta é a reintegração escolar.

Assim como houve a necessidade de propor uma escolarização que permitiu reconhecer a importância de um lugar social para as crianças (ARIÈS, 1987), houve a preocupação em oferecer às crianças deficientes um espaço de aprendizagem, na medida em que os estudos e pesquisas sobre o conhecimento abriam brechas que desmistificavam a incapacidade de aprender desses indivíduos.

Margareth Mahler (1989) descreve as psicoses infantis incluindo o autismo no seu quadro geral. Para ela, o estágio mais primitivo da infância era considerado como um estado autêntico normal. Assim como existe esse estado autêntico normal, há também uma simbiose natural na relação mãe/bebê, correspondente a uma fusão com o corpo materno que vem sustentar para a criança a constituição do seu ego.

Assim, segundo a autora, para se compreender o sentido dos sintomas da criança é necessário procurá-los primeiramente nos pais. Daí a importância de escutar a fantasmática do casal, bem como situá-los ante a questão do desejo, conseqüentemente, da castração.

Para Feud (1905) a pulsão epistemofílica, está organizada na curiosidade primordial, e esta permite que o objeto sofra transformações simbólicas, justamente por se tratar de objetos substitutivos. Essas transformações abrem a possibilidade de indagar a posição desse objeto na cadeia significante e o que a criança interroga é sobre as relações do significante com o real. A criança psicótica não faz

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