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Violência Na Escola.

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Por:   •  28/4/2013  •  2.048 Palavras (9 Páginas)  •  740 Visualizações

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Violência na escola.

Condições de trabalho do profissional da área da educação

O trabalho do profissional na área da educação, sua condição social e financeira sempre foram influenciados por questões políticas, econômicas, históricas e sociais. A educação escolar começou como ato de professar e de doação aos alunos, pelos leigos que ensinavam a ler a bíblia, pois um dos objetivos da educação, que estava sob a responsabilidade da Igreja, era catequizar a população. A sua vida confundia sua missão de professar com sua vocação e não o exercício de uma profissão. O trabalho docente foi modificando de acordo com as necessidades sociais que ocorreram e o profissional na área da educação teve que se adaptar às características evolutivas dos processos de trabalho, das políticas educacionais e das concepções pedagógicas que surgiram.

Porém, as condições de trabalho continuam precárias, o que fica visível quando o educador é conceituado como o profissional que luta pela valorização e reconhecimento social. O educador, com a evolução perdeu seu prestígio e a dignidade social que, em grande parte completavam a falta material e econômica. Os profissionais de educação enfrentam problemas em seu trabalho como falta de recursos, a burocracia na escola, a sobrecarga, os conflitos em sala, o desrespeito, o desinteresse do aluno, bullying, violência verbal, moral e até mesmo física, a bagunça, a superlotação das turmas e o desinteresse da família em acompanhar seus filhos na escola.

Outro fator importante, que leva o educador a sentir-se impotente e desmotivado é o despreparo, principalmente com a questão da inclusão, pois não há projetos que capacite o educador a enfrentar essa nova demanda educacional. Essas situações influenciam na qualidade de vida e no trabalho do educador, reforçando os seus sentimentos de culpa pela baixa qualidade educacional, causando desmotivação, indignidade, sentimento de fracasso, estresse, problemas físicos e psicológicos. Assim, não somente o aluno sofre violência, mas o educador é violentado em seus direitos básicos.

Com educadores sem condições de trabalho, a escola não cumpre o seu papel de ensinar e desenvolver habilidades e hábitos que levem o aluno a ter a desenvolver a consciência cidadã, a valorizar, respeitar a diversidade e a pluralidade dos outros, a buscar transformações sociais que levam a igualdade de condição de vida. Não tendo uma educação de qualidade, não há um ensino aprendizagem criativo e prazeroso, e isso influencia no preparo para o mundo do trabalho e para a vida social. Não há educação de qualidade sem haver profissionais qualificados, com salários dignos, com salas de aulas com quantidade adequada de alunos, com recursos como bibliotecas atualizadas, materias didáticos bem elaborados, jornada de trabalho que permita ao educador elaborar aulas sistematizadas e de interesse do aluno.

Percebe-se que há uma contradição entre a teoria e a prática, entre o que a Lei propõe e a realidade vivida, que muitas vezes revela o descaso do poder público. A educação deve estar prioritariamente no projeto de desenvolvimento do país, nas políticas públicas, com ampliação de verbas para esse setor, pois somente assim, pode-se construir escolas que atendam aos interesses dos alunos, pais e educadores. Embora, sabe-se que muitos professores não permitem uma participação mais ativa do aluno em sala de aula, não preparam aulas, chegam atrasados, querem o aluno ideal, transmitem conhecimentos abstratos, não dominam competentemente os conteúdos, dão aulas monótonas, repetitivas e aborrecidas, tornando, assim, a escola um local sem atrativos. E quando enfrentam dificuldades em seu trabalho, sentem-se incapazes de refletir e melhorar sua prática e tornam-se pessoas esgotadas e doentes.

Relação entre a violência na Escola e o uso abusivo de remédios em adultos e crianças.

A violência sempre esteve presente no mundo. O roubo, o tráfico, a corrupção, o desrespeito e o preconceito são atos violentos e criminosos que afeta toda a sociedade. Vem assumindo proporções assustadoras, deixando gestores escolares sem saber que medidas tomar para sanar este problema. Para Fernández (2004), violência é o uso desonesto, prepotente e oportunista de poder de uma sobre outra pessoa. O fenômeno da violência transcende a conduta individual e se converte em um processo interpessoal porque afeta quem exerce e quem sofre o ato violento. A violência abrange aspectos psicológico, comportamental, individual e o sociológico e é caracterizada pela indisciplina. O termo que designa esse comportamento hoje é o Bullying, pois se caracteriza por atitudes agressivas e antissociais no ambiente escolar. Os problemas de indisciplina e violência andam juntos e podem ser causadas por problemas neuropsicológicos, genético ou por questões familiar e social. A maioria dos educadores quer a homogeneização em sala de aula, com alunos bem comportados. Essa visão é cultural. Quando o aluno demonstra insatisfação, fica agitado, não segue o modelo proposto e as regras impostas, são inquietas e desorganizadas, são chamados de preguiçosos, bagunceiros, desajustados, egoístas, rotulados como alunos problema, produto do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Porém, Paulo Freire (1998) diz que sem disciplina ninguém conseguirá adequar-se à vida na sociedade, pois ela, a sociedade, precisa que as pessoas que nela vivem respeitem as regras, normas e leis para que, ambos possam sobreviver. Segundo Piaget (1978), o ser humano, sempre está interagindo com normas e regras, e é necessário que ele compreenda a importância das mesmas para o seu bem e o bem comum. A vida em sociedade depende do respeito, da discussão e compromisso mútuo. Portanto, a criança precisa entender que não é ela que estabelece as regras, que o que deseja não é lei, que nem sempre poderá fazer o que quiser. Que no grupo social as normas, as regras, existem para o bom relacionamento entre as pessoas, para direcionar seu comportamento. Ele defendia a disciplina autônoma, a partir da construção coletiva de regras e das atividades em grupo.

A hiperatividade, segundo a medicina, caracteriza-se pela dificuldade de concentração na execução das atividades escolares, a movimentação excessiva em sala de aula, comportamentos de violência e de autoviolência aparentemente injustificados e o baixo rendimento escolar. Muitas crianças e adolescentes são encaminhados ao médico e passam a tomar remédios que anemizam o comportamento. Além do TDAH, outros transtornos podem acometer o aluno, como dislexia, depressão, ansiedade, pânico, etc.

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