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Ética e vergonha na cara

Por:   •  7/6/2017  •  Resenha  •  1.650 Palavras (7 Páginas)  •  444 Visualizações

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CORTELLA, M. S; BARROS FILHO, C. Ética e vergonha na cara. Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2014, p.63-83.

Autor(a): Gabriel Jordan Caso da Silva

Curso de Dirieto, Univag, sala 2017/1__

Comentário

Em nossa sociedade há um sentimento contínuo de comodidade, nós preferimos agir de maneira errada, como a maioria faz, a ser a diferença entre elas. Ou até mesmo ratificar a existência da liberdade humana com o fato do homem não querer escolher, de se debruçar às formulas de vida dos livros de autoajuda ou da religião, de suas inúmeras escolhas em uma livraria, como cita os filósofos, já que é muito mais fácil viver de ideias prontas e decidir por si só. Retiramos de nós mesmos nossas responsabilidades diárias com base nisso. Nosso comodismo seria também uma das premissas da corrupção, e por isso temos o falso sentimento de que ela seja inevitável, muito pelo contrário, nossa vida é feita com base em escolhas, a todo o momento escolhemos algo, seja de nosso agrado ou não, escolhemos aquilo, e a corrupção é também uma escolha. Quando se há a imoralidade, corrupção, antiética em nossas escolhas, sabemos que estamos nos sujando com o errado. E é obvio que em meio as necessidades da vida social em que somos submetidos, nós somos testados constantemente, e acredito que o meio nos influencia as escolhas que tomamos, entretanto, é sempre viável escolher o certo e o justo, por mais difícil que seja nossas escolhas, com o tempo a corrupção tende a vir a tona, sendo ela não obrigatória.

Acredito que a corrupção tem grande ligação com o meio ao qual o indivíduo cresce, por exemplo, uma criança pode ser facilmente influenciada, se tratada desde a infância com um meio corrupto, é difícil que no futuro tenhamos um adulto com ideais honestos, já que houve pouco ou nenhum contato com isso. Entretanto, isso não é justificativa das corrupções de alguns no meio social.

Devemos encontrar vergonha na Corrupção, como falta de Ética, de modo a sermos sentinelas de nossas ações, para que possamos pensar além de nosso egocentrismo, por exemplo, quando um político desvia dinheiro das obras públicas, ele está sendo autocrático, não democrático, está negando a vontade da maioria e decidindo a finalidade dos recursos de maneira egoísta. Acredito que a ética é relativizada de acordo com a bagagem cultural de uma população. Mas não creio que esteja ligada a processos como pobreza de uma nação. Por isso a escolha é a palavra que dita à ética no nosso dia-a-dia. Ou seja, a ideia de que há uma pessoa corrompida pelo sistema, é uma premissa falsa. Faz reverência também ao fato de que uma pessoa não corrupta no meio social não deve ser vangloriada ou tratada como indiferente, já que não passa de sua obrigação seguir esses ideais, visto que o erro está em não seguir a honestidade. Entretanto, nossas sociedades, nossos políticos, ainda têm como argumento base, ser honesto, como se não fosse obrigação nossa agir assim, isso é um sentimento enraizado na nossa sociedade, sabe-se lá de quando, seja na colonização de maneira exploratória ou até mesmo com o jeitinho brasileiro instaurado com o tempo no país (há quem diga que isso seja resultado da colonização), mas como já foi dito, não é justificativa.

O debate traz dados referentes aos históricos de corrupção, em termos estatísticos, estarem associados aos de baixos recursos financeiros.  Porém, acredito que a corrupção não seja maior no meio pobre, pelo contrário, muitas vezes a pobreza é passível de honestidade, a pessoa prefere se manter pobre, na humildade a perder a única coisa que não podem arrancar dela, o sentimento de honestidade. Com base nos últimos acontecimentos em nosso país, onde os ricos estão demonstrando cada vez mais as falcatruas e malandragens por trás de seus “impérios”, isso têm cada vez mais sentidos, já que a maioria deles são feitos por corrupção “embaixo dos panos”. Outro debate que trazem é a maneira como os políticos são eleitos em nosso país (talvez isso fosse a causa justificável pela qual estamos nessa situação política), é muito comum não elegermos ninguém pelas propostas ou intenções (e quando há isso, não procuramos saber afundo se essa pessoas realmente tem essas intenções ou se está apenas com falso discurso), grande parte do eleitorado brasileiro se da por amizades, carisma, tradição e não pelo caráter e honestidade da pessoa, e com isso há cada vez mais chances de corrupção em nossa política. Além disso, o sistema de levar candidatos da mesma chapa a serem eleitos, faz com que não haja necessidade da população querer o candidato lá, ele pode ser levado por aliados. Contudo, vale ressaltar que essa situação vem sendo mudada diariamente, visto que, nossa população cada vez mais, questiona e crítica seus governantes, fazendo com que em alguns anos esses problemas serão sanados parcialmente.

O enfoque que enfatiza mais a diferença da ética da nossa sociedade com o de outros países me deixou intrigado, visto que, a maneira de organização da sociedade é para ela mesma, corromper o sistema, é corromper a si mesmo indiretamente. E como no caso da suíça, os mesmos que tem menores índices de corrupção e ainda sim suportam dinheiro corrupto de todo o mundo, “o não corrupto é aquele que não se corrompe e também não busca corromper”, isso deixa claro esse pensamento. Outro fator interessante “O que faz o ladrão, portanto, não é a ocasião. O que faz o ladrão é o indivíduo, que pode ser ladrão ou não, aproveitar a ocasião”, logo retornando ao que havia dito no início desse comentário, nossa vida é feita por escolhas, e quando escolhemos o errado, devemos aprender a viver com as consequências dela, sejam positivas ou negativas. O ideal de “vítimas da sociedade” se encaixa nisso também, não somos bandidos ou corruptos por ocasião ou momento, somos por termos algo enraizado em nosso ser, que busca incessantemente se dar bem, ser melhor que o próximo independente da situação, isso faz com que o ser corrupto tome conta e por tabela ganhe a famosa desculpa de que somos corrompidos constantemente.

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