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A CONCEPÇÃO ATUAL DE DIDÁTICA

Por:   •  19/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.282 Palavras (6 Páginas)  •  320 Visualizações

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ATIVIDADE DE PORTFÓLIO

CONCEPÇÃO ATUAL DE DIDÁTICA

PAULA LUCIANE ALVES PEREIRA RA 8044228

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP

2018

Concepção atual de didática

Atualmente, a didática, como área de conhecimento da Pedagogia, constitui-se em um campo teórico-prático que ajuda o professor a compreender a complexidade do cotidiano docente e, principalmente, a refletir a respeito da sua prática, subsidiando a reconstrução desta.

A maneira como se ensina, se organiza uma aula e se interage com os alunos e com o conhecimento, bem como a concepção que se tem ou se terá com relação ao significado social da profissão docente professor são objetos de reflexão da atual didática.

Basicamente, hoje em dia, a didática tem como objetivo a direção do processo de ensinar, tendo em vista finalidades sociopolíticas e pedagógicas e as condições e meios formativos. Assim, atualmente, a didática reflete e busca alternativas para as dificuldades educacionais.

Objeto de estudo da didática

Ter nos planos de ensino da disciplina de Didática a seleção de temáticas como escola-sociedade, conteúdo-forma, multidimensionalidade da formação de educadores, relação teoria-prática, métodos de ensino, planejamento escolar era estar desatualizado. No lugar, deveriam estar os temas emergentes: multiculturalismo na sala de aula, a subjetividade docente, o professor reflexivo, o estudo de caso, o improviso, o contrato didático, a pedagogia de projetos. Esses temas deveriam substituir os primeiros, pois estes eram antigos, obsoletos.

O trabalho de busca do entendimento das relações entre Pedagogia e Didática impôs-nos, inicialmente, mapear o ideário pedagógico que, na década de 1980, fez soar os primeiros ensaios de proposições pedagógicas contra-hegemônicas e suas articulações com o movimento da didática fundamental, os seminários de didática e a constituição do ENDIPE (Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino).

No Brasil, simultaneamente aos debates sobre educação escolar na década de 1980, estão os estudos e as reflexões sobre o objeto de estudo da Didática, sua função no ensino e o papel da escola na ordem burguesa. Dois momentos iniciais desse debate são considerados ricos nesse sentido: o Simpósio sobre o Discurso Pedagógico, ocorrido na XXVII Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Belo Horizonte, 1976, e o I Seminário A Didática em Questão, no Rio de Janeiro, em 1982.

Ao discutirem a prática de ensino de Didática no Brasil, Oliveira e André (1997) observam que, nesse momento, o saber didático caracteriza-se por discutir suas limitações epistemológicas, as quais se juntam as críticas ao seu caráter ideológico e à sua funcionalidade em relação ao papel do ensino e da escola ligado à reprodução das relações sociais de produção. É nesse espaço que vários pesquisadores de Didática se colocam no desafio da superação de uma Didática Instrumental à construção de uma Didática Fundamental, ancorada em alguns princípios básicos que são apresentados por Candau (apud Oliveira; André, 1984):

[...] multidimensionalidade do processo ensino-aprendizagem; análise da problemática educacional concreta; contextualização da prática pedagógica; explicitação e análise dos pressupostos; experiências concretas e a relação teoria-prática. (p. 10)

No conjunto dos procedimentos organizativos de construção da Didática Fundamental, os ENDIPES, em articulação com o GT de Didática da Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), constituíram-se, ao longo de suas trajetórias, em um espaço rico, privilegiado e estratégico para a difusão e produção de pesquisas vigorosas em Didática e Prática de Ensino, na definição do objeto de estudo da Didática.

De acordo com Brousseau (1986), o conhecimento didático se estabelece através da epistemologia do professor e das relações pedagógicas do aluno com os saberes e as relações pedagógicas; levando em consideração o meio pelo qual se processa o saber do aluno e do professor. Desta forma observamos que o objeto de estudo da didática é a educação como um todo. Onde se observa:

  • O saber e a transposição didática do conhecimento;
  •  O trabalho do aluno;
  •  O trabalho do professor;
  •  O sistema do conhecimento científico;
  •  Os Métodos de pesquisa.[pic 2]

Em sintonia com os autores aqui citados, notadamente por terem como pressuposto investigativo as teses do materialismo histórico-dialético e com a autonomia intelectual devida a cada investigador, entendo que o diálogo entre Pedagogia e Didática, na contemporaneidade, impõe o estudo sistemático e crítico dos desafios da escola e da didática, porém seu vigor epistemológico e praxiológico vincula-se no meu modo de entender, no estudo simultâneo da Teoria Histórico-cultural, com toda a diversidade e unidade própria desse pensamento.

Tendência Pedagógica

Definição da Tendência Pedagógica

Concepção de Didática/modelo de Didática no contexto Tendência Pedagógica

Tendência Tradicional

Foi a primeira a ser instituída no Brasil por motivos históricos. Se caracteriza por evidenciar o ensino humanístico, de cultura geral.

Busca a essência do homem e coloca o professor como o centro de todo o processo educativo, mantendo a visão no desenvolvimento do intelecto, na imposição da disciplina como parte fundamental para o sucesso educacional.

Tendência Tecnicista

Foi imposta no regime militar e ao longo das duas

últimas décadas, por ser compatível com a ideologia, o

pensamento e a orientação econômica da época.

Modificação do desempenho, o ensino eficiente deve ter uma organização igualmente e eficiente e o aluno deve ser estimulado. Condicionamento do uso de recompensas e punições para que o aluno seja moldado para atingir seus objetivos. Comportamento operante.

O relacionamento entre professor e aluno é diretivo, o professor executa o programa e o aluno cumpre com a tarefa. Padronização de conteúdo.

Tendência Renovada

Por razões de recomposição da hegemonia da burguesia, esta foi a próxima tendência a aparecer no cenário da educação brasileira. É uma autoaprendizagem. É a psicologia do desenvolvimento. Essa perspectiva acentua o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões individuais.

Tendência diretiva: O ambiente escolar deve propiciar o aprendizado do aluno (auto aprendizado) deve se buscar estímulos. Conteúdos: devem ser respaldar nas necessidades da vida diária do aluno. O professor oferece situações ao aluno: problemas, que é o início da atividade pedagógica, valoriza se bastante o trabalho em grupo. O professor nã tem autoritarismo e sim autoridade, o professor é o mediador, ele ajuda o aluno. O aluno deve aprender fazendo.

Tendência não diretiva: aqui não importantes os currículos, o importante é ênfase não nos conteúdos e sim para as questões psicológicas.

Tendência Libertadora

Início dos anos 80 os defensores lutavam por uma escola conscientizadora, que problematizasse a realidade e trabalhasse pela transformação radical da sociedade capitalista.

O anti-autoritarismo. É a percepção e questionamento da realidade para a transformação social. Educação crítica.

O diálogo entre o professor e o aluno é a base metodológica. Professor e aluno tem uma relação horizontal, os dois são sujeitos do conhecimento. Não há autoridade. Parte da linguagem comum que exprime o pensamento que é sempre um pensar a partir de uma realidade concreta.

Tendência Crítico-Social dos Conteúdos

Tendência que apareceu no Brasil nos fins dos anos 70, acentua a prioridade de focar os conteúdos no seu confronto com as realidades sociais, é necessário enfatizar o conhecimento histórico.

Prepara o aluno para o mundo adulto, com participação organizada e ativa na democratização da sociedade; por meio da aquisição e da socialização. É o mediador entre conteúdos e alunos. O ensino/aprendizagem tem como centro o aluno. Os conhecimentos são construídos pela experiência pessoal e subjetiva.

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