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A DIMENSÃO SOCIAL E AFETIVA DA DANÇA

Por:   •  12/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.180 Palavras (5 Páginas)  •  509 Visualizações

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TÍTULO: A DIMENSÃO SOCIAL E AFETIVA DA DANÇA

 

FRANCISCO CÂNDIDO ALBUQUERQUE MENDES – RA 8041652

ARTES – EDUCAÇÃO ARTÍSTICA, LICENCIATURA

SOBRAL – CE

2017

INTRODUÇÃO

Devemos considerar a dança uma das mais antigas presenças culturais do ser humano, os povos ancestrais executavam essa prática, como meio de manifestar suas emoções, assim o homem primitivo recorreu ao movimento e aos gestos, como uma ferramenta de comunicação e socialização. Portanto, partindo dessa perspectiva sócio cultural, em que a dança pode ser usada como ferramenta de recuperação social, fortalecedora de vínculos sócio afetivos e uma expressão representativa de múltiplos aspectos da vida do ser humano, como arte.

Essa prática corporal trabalha a capacidade criativa dos envolvidos, além de possibilitar a sensação e percepção do seu meio, proporciona a possibilidade do autodesenvolvimento da criança pela expressão e liberdade, viver o tempo, o espaço e o corpo.

A dança é um eficaz instrumento pedagógico para o desenvolvimento da expressão corporal, para o conhecimento de si e dos outros num processo de relações dialéticas, torná-lo um cidadão crítico, participativo e responsável. Alguém capaz de expressar-se em variadas linguagens, as práticas de grupo realizadas pelos projetos permitem aos participantes perceberem-se como uma comunidade, uma unidade que é composta principalmente pelas diferenças, bem como aprenderem que na troca de experiencias é que estabelecemos os vínculos duradouros.

O surgimento do projeto, Dançando Para Não Dançar, não aconteceu por acaso, no início da década de 90, Thereza Aguilar cria um projeto baseado no balé com fins sócio educativos com crianças das comunidades do rio e órfãos, iniciando assim sua jornada no final do ano de 94, os membros da Associação dos Moradores dos morros do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo declaram seu apoio ao projeto. Foi realizada um teste para formar a primeira turma, compareceram por volta de 250 crianças para apenas 40 vagas ofertadas pelo, Dançando Para Não Dançar, as aulas oferecidas ampliaram desenvolvimento e o crescimento possibilitando significativas transformações integrais na vida das crianças das comunidades, ou seja, mudanças físicas, emocionais e sociais, causando modificações significativas e alterações gradativas no seio da favela.

As crianças agora podem desenvolver habilidades e conhecimentos necessários para criar, modelar e estruturar seu ambiente sócio afetivo, através dos movimentos em forma de dança puderam mudar suas vidas. Logo surgiram apoios institucionais, e no ano seguinte os alunos do projeto ingressaram, a Escola de dança Maria Olenewa, pertencente a Fundação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, conhecida como uma escola de alto padrão e bastante elitista. A partir deste fato o projeto ganhou espaço na imprensa nacional.

O projeto logo ganhou força e chegou às comunidades da Rocinha e da Mangueira, as aulas de balé clássico aconteciam em salas cedidas pelas associações de moradores ou nos colégios das redes de ensino, municipal ou estadual e eram ministrados pela própria coordenadora. Um dos anos decisivos para o projeto foi em 1996, quando 12 alunos do projeto foram selecionados para a escola municipal. Isso foi um ponto culminante na história do projeto que realiza o primeiro espetáculo de balé clássico em uma favela brasileira, Ana Botafogo, primeira bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, sobe até o morro do Cantagalo e dança com os alunos do projeto, encantando com sua arte, dando início a uma súbita popularização do balé clássico, em um projeto social realizado em locais onde o poder público não fornecia os instrumentos.

Após alguns anos de trabalho e insistência o projeto foi reconhecido com o patrocínio da Petrobras, e também por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura. Parceria que aumenta os serviços prestados às crianças e a expande o projeto para outras comunidades, neste ano outro espetáculo foi realizado em baixo do viaduto da Mangueira. Um dos redutos e berço do samba carioca e do carnaval, neste dia Ana Botafogo dança novamente para o projeto e é nomeada madrinha da Associação Dançando Para Não Dançar, em 10 de novembro do mesmo ano, o principal objetivo era ampliar o raio de atuação do projeto e dedicar-se mais à sócio integração dos menores que viviam em situação de risco nas favelas da cidade do Rio de Janeiro.

A dança clássica mostra sua relevância na integração social de menores, pois de maneira pedagógica e prática possibilita um processo educacional que faculta: uma formação corporal; espírito de sociedade; possibilita o processo criativo e desenvolve os aspectos éticos e estéticos. Portanto, a dança inserida como atividade social integradora, vai favorecer a construção de uma atitude digna e de respeito próprio por parte da criança, possibilitando também a construção de atitudes e conceitos de solidariedade, respeito, aceitação e sem preconceitos.

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