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A Globalização que cria novas relações sociais

Por:   •  27/10/2018  •  Abstract  •  1.478 Palavras (6 Páginas)  •  223 Visualizações

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1º capítulo

O capítulo defende pontos positivos e negativos da Globalização que “cria novas relações sociais, provoca traumas econômicos e amplia contrastes entre a abundância e a miséria”. Os processos de globalização geralmente são impulsionados pelos avanços tecnológicos, temos exemplos disso desde o século XVI – com a invenção da bússola e outros instrumentos que ajudaram a expansão marítima de Portugal e Espanha. Os aperfeiçoamentos náuticos possibilitaram a expansão colonial e, ao mesmo tempo, globalizaram o mundo. Somos vítimas constantes desse fenômeno desde que fomos descobertos. Nossa história é constantemente marcada por avanços tecnológicos que resultaram em grandes exemplos de globalização (abertura de capitais, internacionalização, etc.).

Podemos definir esse fenômeno como um processo de rapidez incrível na troca de informações e nas relações econômicas, com influência imediata no comportamento dos povos. Sendo assim, já é possível prever os grandes problemas que existem nesses meios. A cibernética e a tecnologia eletrônica tornaram obsoletas as técnicas e as máquinas “antigas”. Cresceu o desemprego; a violência aumentou; a fome e a miséria continuam crescendo descaradamente no mundo. É cada vez menor o número de ricos enquanto aumenta o de pobres. Globalizamos, mas não solidarizamos.

Tudo ficou mais simples, mais barato e abundante. Em termos de trocas de mercadorias e ideias, vivemos em um só mundo. Isso deve-se também a velocidade dos meios de comunicação e transporte que possibilita o intercâmbio desses termos de forma muito rápida e eficaz. Ou seja, o acesso aos bens de consumo se tornou mais fácil. Sendo assim, as grandes empresas, como as multinacionais, suprem as suas necessidades de mão-de-obra e matérias-primas em todo o planeta. Nesse caso, países de mão-de-obra barata e que oferecem matérias-primas a baixo custo, é a “melhor” opção para esse sistema – que se beneficia ignorando os grandes problemas que há por trás disso (adultos e crianças trabalhando em situações perigosas e/ou precárias sem um retorno significativo, nem ao menos direitos trabalhistas). Hong Kong, Indonésia, Cingapura, Taiwan, etc., são exemplos de países que estão extremamente ligados a essa situação. Isso ocorre também porque a maioria dos países asiáticos enfrenta desemprego crônico, corrupção endêmica, trabalho escravo e prostituição infantil. Temos como um exemplo popular: a Nike, que na Indonésia, tinha seus produtos fabricados por crianças a partir dos 6 anos trabalhando em situações perigosas e em lugares insalubres. Em países mais pobres que o Brasil, como o Peru, a Bolívia e a Nicarágua, a situação é pior: não se procura proibir o trabalho das crianças, mas regularizá-lo, dando-lhes os mesmos direitos dos adultos.

Os meios de transporte também são de grande influência a globalização. Por exemplo: os meios de transporte de massa e mercadorias mais usados no século XIX: ferroviário e marítimo. Ainda usamos trem e navio para transporte pesado, mas a grande revolução foi o avião. A propriedade dos meios de transporte concentrou-se em grandes empresas, que planificam sua atuação em função das vantagens que podem obter.

O mesmo processo empresarial aconteceu nos meios de comunicação de massa, a chamada mídia. O Brasil é um exemplo claro da concentração de poder da informação nas mãos de poucos, que formam a opinião pública. Um dos resultados é ser impossível disseminar ideias e opiniões contrárias à grande mídia. Os meios determinaram a forma de comunicação. A forma de comunicação não altera o conteúdo, na tentativa, quase sempre bem-sucedida, de impor um pensamento único à sociedade.

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2° capítulo

O processo de globalização subverteu a discussão ideológica, substituindo a visão política pelas “necessidades de consumo”. Os meios de comunicação eletrônicos, principalmente, contribuíram para criar um “novo” ser humano que prefere ter a ser. Assim, o cidadão transforma-se em consumidor, submetendo-se aos condicionamentos de estruturas sociais alienantes.

O desenvolvimento industrial dos países da periferia do capitalismo se faz com investimentos nas fontes de energia e matéria-prima. Também é importante a introdução de máquinas que produzem máquinas. Se o processo pretender beneficiar toda a sociedade, valoriza-se o trabalho: quem faz o trabalho é o homem, o operário que manipula as máquinas. O esquema é simples de expor, mas difícil de executar. No Brasil tem se revelado impossível, pois a globalização consolidou no Brasil o consumo ideológico que atende às necessidades reais das classes média e média alta, são essas que incorporam e representam a nova ideologia predominante no país. E como os pobres ficam no meio disso? Podemos citar a análise que Karl Marx chamou de fetichismo da mercadoria. Ele relaciona esse fetichismo da mercadoria ao sentimento religioso do selvagem, que “diviniza os objetos por ele próprios produzidos”. Esses “encantamentos” atende às necessidades imaginárias da classe média baixa e dos “pobres em geral”, ao estender a festa do consumo às pessoas de baixa renda. A chamada “globalização psicológica”, como quando o pobre compra um ventilador a pilha made in China e se sente tão satisfeito quanto o cidadão que adquire o seu “primeiro” BMW. Uma das contribuições dessa “paz alienada” tem sido o processo de globalização.

Como há uma globalização do consumo e um desarmamento político-ideológico, com a queda da capacidade crítica, acredita-se popularmente que a uniformização dos mercados mundiais periféricos significa “igualdade nas trocas comerciais entre países”. Mas, assim como o consumo é desigual entre classes desiguais, o comércio internacional é desigual entre economias desiguais. As diferenças entre capital e organização produtiva dos países dos países ricos e industrializados e dos pobres e subdesenvolvidos ditam as regras da política de importação e exportação.

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