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Dança Na Escola

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Por:   •  9/6/2014  •  3.294 Palavras (14 Páginas)  •  245 Visualizações

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Dança na Escola

Resumo

O presente artigo analisa a Dança Escolar, considerando os aspectos culturais e sociais. A metodologia utilizada é uma revisão bibliográfica, enfatizando a dança no processo de aprendizagem da criança, correlacionado-a as Inteligências Múltiplas de Howard Gardner e sua contribuição na formação do indivíduo de uma forma global, na construção do conhecimento. A Dança-Educação é um referencial para as questões que permeiam a educação de nossos tempos, apresenta novos olhares para o ser humano, mostra o quanto ele pode criar, expressar, aprender, socializar e cooperar, se educado também pela dança.

Unitermos: Dança–educação. Inteligências Múltiplas. Aprendizagem. Conhecimento

Introdução

Por muito tempo, a dança e a Educação mostraram-se pertencentes a universos antagônicos, diferentes, distantes e isolados, a ponto de Fontanella (1985), afirmar que uma nega a outra, não podendo estar aliadas porque [...] a dança unifica o homem, a educação precisa dividi-lo; a dança une os homens, a educação os separa; a dança não visa à produção, a educação visa primeiramente e fundamentalmente à produção. Já é chegada a hora da desmistificação de tal concepção e mostrar o elo Dança-Educação, diante das contribuições que apresenta para a formação crítica e para o desenvolvimento integral do ser humano.

Ao ingressar na escola a criança traz consigo um conhecimento amplo a respeito de seu corpo, mas que muitas vezes não foi despertado. A criança nasce, desenvolve-se e cresce, vivenciando experiências através do próprio corpo. Este é o meio de ação para explorar e conhecer o espaço em que vive, interagindo com as pessoas que a cercam. Em todas as fases, observa-se a importância do corpo como forma de expressar emoções. Não é possível ouvir uma música sem que seu corpo a traduza em movimentos. Antes de o homem falar, ele dançou. Foi por meio do movimento que ele comunicou com os seus e com a natureza. A dança ligada à música foi a primeira manifestação humana. Ela foi na pré-história uma forma de comunicação, religião, divertimento e conhecimento. Desta forma, não poderia a dança ser uma forma de educação? Segundo Steinhilber (2000, p. 8): “Uma criança que participa de aulas de dança [...] se adapta melhor aos colegas e encontra mais facilidade no processo de alfabetização.”

Para Ferreira (2005, p. 59): “A aprendizagem dos movimentos complexos da dança e de outros esportes faz com que cresçam mais conexões entre neurônios, aprimorando a memória; assim ficamos mais aptos a processar informações e aprender.”

A criança necessita de experiências que possibilitem o aprimoramento de sua criatividade, atividades que favoreçam a sensação de alegria, que a partir daí, ela possa retratar e canalizar o seu humor, seu temperamento, através da liberdade de movimento, explorando-o e permitindo que suas fantasias aflorem em seus movimentos, numa corporeidade plena e consciente. Dançar é, pois, a efetivação da corporeidade através de uma experiência transcendente, na qual se vivencia o processo de aprendizagem na educação. O trabalho da dança educacional, quando preocupado em deixar fluir dos educando suas emoções, seus anseios e desejos, através dos movimentos que não necessariamente envolvam a técnica, permitirá que o sujeito se revele e desperte para o mundo, numa relação consigo e com os outros, de forma consciente. Ao fazer alusão ao movimento consciente, Oliveira (2001, p. 96) aponta que:

É importante que as pessoas se movimentem tendo consciência de todos os gestos. Precisam estar pensando e sentindo o que realizam. É necessário que tenham a 'sensação de si mesmos', proporcionada pelo nosso sentido cinestésico [...] normalmente desprezado. Caso contrário, estaremos diante da 'deseducação física' (OLIVEIRA, 2001, p. 96).

Através das atividades de dança, a criança evolui quanto ao seu domínio corporal, desenvolve e aprimora suas possibilidades de movimentação, descobre novos espaços, novas formas, supera suas limitações e condições para enfrentar novos desafios.

A dança na escola, e/ou associada à Educação Física, deverá ter um papel fundamental enquanto atividade pedagógica e despertar no aluno uma relação concreta sujeito-mundo. Atividades que irão estimular na criança sua capacidade de solucionar problemas de maneira criativa; desenvolver a memória; o raciocínio; a autoconfiança e a auto-estima; fazendo com que a mesma tenha uma melhor relação com ela e com os outros; ampliando o seu repertório de movimentos. A estas propostas podemos verificar a dança e a sua contribuição para o desenvolvimento das inteligências múltiplas de Howard Gardner. Para ele todos nós temos potenciais diferentes, nascemos com capacidade para desenvolver todas as inteligências. Fazemos isso naturalmente. (GARDNER, 1995)

A Dança-Educação é um referencial para as questões que permeiam a educação de nossos tempos, apresenta novos olhares para o ser humano, mostra o quanto ele pode criar, expressar, aprender, socializar e cooperar se educado também pela dança.

Assim este artigo verifica como a dança contribui no processo de educação e formação da criança, de forma que ela passa a ter uma função educacional pedagógica.

Método

Conforme Marconi e Lakatos (2003), faremos uso da técnica da pesquisa bibliográfica, utilizando as fontes bibliográficas do tipo de publicações, encontradas em livros, artigos, publicações avulsas, etc.

A dança e o desenvolvimento da criança

A dança no espaço escolar busca o desenvolvimento não apenas das capacidades motoras das crianças e adolescentes, como de suas capacidades imaginativas e criativas, o corpo expressa suas emoções podendo ser compartilhadas com outras pessoas.

Por sua natureza, a dança está ligada às capacidades criativas e motoras do indivíduo. Composta pelas relações estabelecidas entre o dançarino, seu instrumento (corpo) e a sociedade, através de um processo que se desenvolve conscientemente a partir de elementos existentes ou descobertos (SOARES et. al., 1998).

Alguns julgam que, para ocorrer a aprendizagem, é preciso que o aluno esteja sempre sentado e quieto. Privilegiar a mente e relegar o corpo pode levar a uma aprendizagem empobrecida. É preciso ver o homem como ser total e único que quer aprender de forma dinâmica, prazerosa, envolvente (SCARPATO, 2001).

O aluno imóvel nem sempre está envolvido com o que ocorre na sala de aula, pode estar internamente inquieto, querendo se

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