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Em defesa do Pensamento Visual

Por:   •  30/5/2016  •  Resenha  •  559 Palavras (3 Páginas)  •  656 Visualizações

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Em Defesa do Pensamento Visual[1]

Rudolf Arnheim

Rudolf Arnheim, alemão, dedicou-se aos estudos de filosofia, psicologia e história da arte. Seu trabalho tem destaque no campo da psicologia da percepção e suas aplicações a uma teoria da arte, cinema e rádio. O presente capítulo é parte do livro “Intuição e Intelecto na Arte”, de 1989.

Para o autor, a percepção e o pensamento precisam um do outro, têm funções complementares. A percepção atua como se reunisse matéria-prima para o conhecimento, que, depois de agrupado o material o qual necessita, processa as informações. Numa perspectiva tradicional, sete processo não seria possível, pois a percepção seria apenas capaz de lidar com situações individuais, não fazendo generalizações, que são essenciais para o pensamento.

O autor cita o exemplo da criança com os copos de água, para que ela identifique o mais cheio, sendo que todos têm a mesma quantidade de água e copos com diâmetros diferentes. Para esta criança via prevalecer o visual, o copo de aparência mais cheia, pois ela não saberá ainda entender que a quantidade de líquido é a mesma. O visual vai prevalecer. Desta forma, Arnheim afirma que, embora a linguagem verbal componha um valioso instrumento do pensamento humano, a ela agregam-se sons e signos visuais.

Uma série de exemplos é apresentada ao leitor para que, enfim, o autor lance um questionamento: “Foi a visão ou o pensamento que solucionou o problema?” (p. 145). Problemas perceptivos podem ser solucionados com operações perceptivas e o pensamento pode também resolver perceptivamente qualquer problema. Não há uma esfera específica para que ocorra o pensamento.

Outro questionamento é feito novamente: “através de que meio se pensa a respeito dos processos mentais?” (p. 147). Forças motivadoras seriam incorporadas a vetores perceptivos (visuais e provavelmente cinestésicos). Para esclarecer melhor, Arnheim apresenta uma ilustração de Freud que apresenta os conceitos de id, ego e superego; inconsciente, pré-consciente e consciente. Esta ilustração mostra as relações psicológicas como relações espaciais e nos leva a compreender os lugares e direções das forças mentais ilustradas. Este diagrama apresentado pelo autor refuta o raciocínio de Berkeley de que imagens mentais apenas poderiam de se referir a exemplos individuais e não se adequariam ao pensamento abstrato.

O autor assegura que o pensamento é principalmente visual. A visão é o único sentido que representa as relações espaciais com precisão suficiente. Este sentido é completado com o tato e a sinestesia.

Para Arnheim, a educação artística teria papel central nas instituições de ensino se, através do seu estudo, o aluno aprendesse a enfrentar o ambiente e o eu. “o desenho, a pintura e a escultura, adequadamente concebidos, suscitam questões cognitivas merecedoras de um bom cérebro, e tão exatas, em cada um dos seus aspectos, quanto um enigma matemático ou científico.” (p.153). Em função deste pensamento, outro questionamento nos é lançado: “Como artes auxiliam uma mente jovem a compreender a complexidade do mundo com que se depara?” (p. 153). Questões desta natureza serão abordadas de forma produtiva entre professor e aluno se estes forem incentivados a contar com sua própria inteligência e imaginação e fará com que tomem consciência da experiência perceptiva.

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