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Filme Mondigliani Paixão Pela Vida

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Por:   •  27/10/2014  •  1.356 Palavras (6 Páginas)  •  520 Visualizações

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Modigliani, italiano, nasce em 1884 na Toscana em Livorno. Sua família pertence a burguesia judaica. Eugenia, mãe de Modigliani, de nacionalidade francesa, é considerada bastante emancipada para sua época. Pertencente a uma família judia de classe alta, descendente do filósofo Spinoza. Os antepassados de Modigliani, paternos e maternos, dedicavam-se ao comércio de madeira e carvão.

Modigliani, o quarto e, mais novo filho do casal, nasce no momento em que a Itália é atingida por um colapso econômico, resultando na falência da família. Nesta época a mãe de Modigliani colabora com o rendimento familiar, fazendo traduções de poesias. É ela, quem apresenta o mundo da literatura e arte ao seu filho.

Desde muito cedo a vida de Modigliani é marcada pela instabilidade, adoece gravemente dos 11 aos 16 anos, é acometido por febre tifóide e tuberculose, doenças fatais na época. No principio do século, em 1903, vai para Veneza e inicia o seu envolvimento com haxixe. Desde sua infância convive com a tragicidade, que irá acompanhá-lo por toda a sua vida.

Paris, considerada no início do século, o centro cultural do mundo, reúne os artistas e intelectuais e, para lá se muda Modigliani em 1906. Só onze anos depois, ele tem a sua primeira e única exposição individual que termina em escândalo policial, sendo encerrada, por ser considerada um atentado ao pudor suas pinturas de “pêlos púbicos”.

No ano seguinte, em 1918, nasce em Nice sua filha Jeanne, batizada pelo mesmo nome da mãe.

Quanto a sua família de origem, de Livorno, após sua partida, Modigliani tem contatos bastante espaçados.

Estabelece relações de amizade com Utrillo e Soutine, a esse círculo pertence Picasso; por algum tempo é vizinho do escultor romeno, Constantin Brancusi, que o encoraja a trabalhar com esculturas. Dedica-se a elas de 1909 à 1914, as quais chama carinhosamente de “Colunas de Ternura” e deseja vê-las adornando um imaginário “Templo da Beleza”.

Morre aos 36 anos de idade, em 1920, vítima de tuberculose. No dia seguinte, Jeanne, sua companheira, grávida do segundo filho do casal suicida-se.

Sua vida é marcada pelos estigmas, da pobreza, doença, alcoolismo, consumo de drogas e turbulentas aventuras amorosas. Ao mesmo tempo, convive com a paixão que desperta em todos ao seu redor e, é constantemente admirado pelo seu espírito incomum.

Modigliani não é rotulado como pertencendo a nenhum movimento de sua época e, por outro lado, também não representa uma continuidade das escolas anteriores, ele é único.

Declara-se influenciado pelos clássicos e, vive a busca incessante da “Beleza” em sua “Forma Pura”. Chamam atenção suas figuras de pescoços alongados, influência das máscaras africanas, as quais utiliza para ressaltar as diferenças de caráter. Ao mesmo tempo, uma de suas poesias preferidas intitula-se “Beleza”, de Charles Baudelaire:

Sou bela, oh mortais, sonho feito de pedra.

E o meu seio, que vos vai ferindo um a um,

Inspira nos poetas um amor

Silente e eterno, como uma existência inanimada.

O meu trono é no firmamento azul, qual esfinge misteriosa,

O meu coração é de neve, branco como os cisnes,

Odeio o movimento que desloca as linhas

Jamais faço ouvir o meu riso ou o meu pranto

Os poetas, diante da minha pose majestosa

Que fui buscar às estátuas altivas,

Consomem os dias em estudos austeros.

Fascino os meus dóceis amantes com os

Espelhos puros que tornam todas as coisas mais belas:

Os meus olhos, os meus olhos imensos

com a claridade da eternidade.

O Filme

O tempo, no qual o filme transcorre, é o último ano de vida de Modigliani, 1918-1919, o cenário é Paris no pós-guerra.

A abertura se faz com Jeanne, companheira de Modigliani, de expressão extremamente triste, dirigindo seu olhar para nós, expectadores e, convidando-nos a indagar sobre o amor. Ela diz:Você sabe o que é o amor? Amor de verdade? Você já amou tanto que se condenou à eternidade no Inferno. Eu amei.

O diretor e roteirista, Mick Davis, com extrema sensibilidade, consegue nos envolver ao longo do filme com sentimentos intensos, que transitam da euforia à depressão passando por ódio, vingança, intolerância, ou seja, estamos no oceano turbulento das paixões.

O conceito de paixão, segundo Lebrun, abrange dois significados distintos. O primeiro e, mais utilizado decorre da palavra grega Pathos, compreendido como patológico, onde o apaixonado é um ser passivo, dominado pela paixão, que na visão dos estóicos precisa ser extirpada. Para eles, a paixão, é uma doença que leva o homem a atos incontroláveis. Pathos, no sentido mais profundo e abrangente significa força. Neste caso, o ser humano aprende a conviver com as paixões. Razão e paixão são componentes do seu ser, são elementos constitutivos de sua saúde mental. Como lembra Lebrun, na voz de Hegel:Nada de grande se faz sem paixão.

No primeiro caso o indivíduo é submisso, no segundo é sujeito da ação, ela,

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