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Maria Montessori

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Por:   •  24/5/2014  •  Bibliografia  •  2.112 Palavras (9 Páginas)  •  742 Visualizações

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Maria Montessori (Chiaravalle, 31 de agosto de 1870 — Noordwijk aan Zee, Países Baixos, 6 de maio de 1952) foi uma educadora,médica, católica1 , pedagogista e feminista italiana2 .

É conhecida pelo método educativo que desenvolveu e que ainda é usado hoje em dia em escolas públicas e privadas mundo afora.

Destacou a importância da liberdade, da actividade e do estímulo para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Para ela, liberdade e disciplina se equilibrariam, não sendo possível conquistar uma sem a outra. Adoptou o princípio da auto-educação, que consiste na interferência mínima dos professores, pois a aprendizagem teria como base o espaço escolar e o material didáctico3 .

Biografia[editar | editar código-fonte]

Maria Tecla Artemesia Montessori nasceu em 31 de agosto de 1870 em Chiaravalle, Itália. Seu pai, Alessandro Montessori, era oficial do Ministério das Finanças, trabalhando na época numa fábrica de tabaco estatal. Sua mãe, Renilde Stoppani, era bem educada para a época e provavelmente parente do geologista italiano Antonio Stoppani.4

Indo contra as expectativas familiares, Após sua formatura, não pode atuar como médica, pois na época não se admitia uma mulher examinando o corpo de um homem. Então iniciou um trabalho com crianças com necessidades especiais na clínica da universidade, vindo posteriormente dedicar-se a experimentar em crianças, sem comprometimento algum, os procedimentos usados na educação dos que tinham comprometimento. Observou, também, crianças que brincavam nas ruas e criou um espaço educacional para estas crianças - a Casa dei Bambini.

Responsável também pela criação do método montessori de aprendizagem, composto especialmente por um material de apoio em que a própria criança (ou utilizador) observa e faz as conexões corretas5 6 .

Nessa época, Séguin era muito conhecido pelas suas idéias relacionadas ao tratamento e à educação dos anormais. Montessori tomou as idéias de Séguin como ponto de partida para o seu próprio trabalho. Fez viagens de estudo à França e a Inglaterra.

Montessori mudou os rumos da educação tradicional, que dava maior privilégio à formação intelectual. Emprestou um sentido vivo e ativo à educação. Destacou-se pela criação de Casas de Crianças, instituições de educação e vida e não apenas lugares de instrução.

Voltando para a Itália, passou a se dedicar à formação de professores para a educação de anormais. Ela observava muito e por isso descobria defeitos das escolas comuns e começou a experimentar em crianças de evolução regular os procedimentos utilizados na educação dos anormais.

Maria Montessori

O movimento da educação nova, na Itália, começou com a Dra Maria Montessori e suas Casas das Crianças. Elas não visavam à instrução somente, mas eram locais de educação e de vida; realizavam, enfim, a educação completa da criança. A primeira "Casa dei Bambini", como era chamada na Itália, foi fundada em Roma, em 1907.

O método Montessori foi um dos primeiros métodos ativos quanto à criação e aplicação, seu principal objetivo são as atividades motoras e sensoriais visando, especialmente, à educação pré-escolar, trabalho também estendido a segunda infância.

Mesmo considerando que o método Montessori surgiu da educação de crianças anormais, ele está bem diferente, no mundo, na educação de crianças normais. É um método de trabalho individual, embora tenha também um caráter social, uma vez que as crianças, em conjunto, devem colaborar para o ambiente escolar. O seu material é voltado à estimulação sensorial e intelectual.

A primeira Guerra Mundial diminuiu o ardor pelo sistema de jardim de infância e por todas as coisas alemãs. Paralelo a este acontecimento, surgiu a técnica admirável da Dra Maria Montessori.

Faz-se importante citar que o movimento das Escolas Novas em oposição aos métodos tradicionais, não respeitavam as necessidades e a evolução do desenvolvimento infantil.

Os princípios da nova pedagogia inspiravam verdadeiras reformas educacionais. Em 1946 ocorreu, em Paris, o primeiro Congresso da Educação Nova. Os trabalhos apresentados refletiam nas realizações já conquistadas, bem como destacavam os aspectos que ainda deveriam ser conseguidos.

Neste contexto da Escola Nova, Maria Montessori, ocupa papel de destaque pelas novas técnicas introduzidas nos jardins de infância e nas primeiras séries do ensino formal. Seus jogos são atraentes e instrutivos; apesar dessa contribuição da educadora e médica italiana, ela não é a pioneira exclusiva do movimento, mas uma importante parte dele.

Há mais de dois séculos atrás, surgiram pioneiros preocupados com a liberação da criança, tentando inverter o ciclo vicioso vigente; em vez do aluno girar em torno de uma instrução arbitrária, a escola deveria girar em torno do aluno.

Foram os educadores médicos, que se constituíram na expressão mais fiel dessa nova educação. São eles: Itard, Séguin, Montessori e Decroly, porque eles reuniram as condições essenciais para que a reforma educacional ocorresse.

Da educação terapêutica partiram para a educação das crianças normais; seus métodos consideraram as fases de desenvolvimento infantil e as diferenças individuais, preocupando-se com o corpo e o espírito do aluno e o seu processo de adaptação à vida.

A obra de Montessori pelo envolvimento interior que buscou de cada indivíduo diante do processo educativo, pelos meios elaborados da sua proposta e sua relação dinâmica com o meio. Foi Ovide Decroly quem realizou as suas concepções educacionais de maneira mais perfeita e conveniente. Ele é a grande figura pedagógica de nossa época.

Na obra desses médicos-educadores percebe-se, com clareza, a preocupação em conhecer a criança, senti-la nos vários aspectos de sua personalidade, atender às diferenças individuais de modo que o educando se liberte interiormente e livremente para que se adapte à vida social. E a educação possibilitaria ao indivíduo ter as suas necessidades satisfeitas e ao educador caberia criar condições para que o educando atingisse essas metas. O trabalho e o jogo, as atividades prazerosas, a formação artística, uma sociedade mais intensa colaboravam para desenvolver a personalidade integral.

A ênfase de Montessori voltava-se mais para o ser biológico do que para o social, destacando que a concepção educacional é de crescimento e desenvolvimento, mais que de ajustamento ou integração social, considerando que a vida é desenvolvimento, Montessori achava que à educação cabia favorecer esse desenvolvimento. E a liberdade como condição de expansão da vida constituía-se num princípio básico. Essa concepção influenciava a organização do ambiente escolar; sem carteiras presas e sem prêmios e castigos, a criança deveria manifestar-se espontaneamente; o bem não poderia ser concebido como ficar imóvel, nem o mal como ficar ativo. A atividade e a individualidade formavam, juntamente com a liberdade, os princípios básicos do sistema Montessori.

O espírito da criança, para a educadora italiana, se formaria mediante os estímulos externos que precisam ser determinados.

Referindo-se aos fundamentos da didática montessoriana, a criança é livre, mas livre apenas na escolha dos objetos sobre que possa agir. Esses objetos são sempre os mesmos e típicos para cada gênero de atividade. Daí, o conjunto de jogos ou material que criou para os jardins de infância e suas lições materializadas para o ensino primário.

(*) Termo utilizado na época. Atualmente usa-se a expressão "necessidades especiais".

Texto reproduzido com autorização das alunas

Cristiane Valéria Furtado do Nascimento e Márcia Andréa Soares de Moraes

Algum tempo depois de publicar este post fui alertada para os problemas da Pedagogia Montessoriana. Leia também o artigo “Em tempo: os malefícios da pedagogia Montessori”.

A pedagogia Montessori possui qualidades muito positivas se comparada às escolas tradicionais. Há um respeito pela criança e um encorajamento de sua autonomia, liberdade e natural interesse em aprender, levando-a a cultivar uma atitude de aprendizado ativo, e não passivo, como faz a maioria das escolas. Nas escolas montessorianas três características são bastante visíveis: 1) O ambiente é agradável, harmônico, organizado e o mobiliário é adequado e proporcional ao tamanho das crianças. 2) O professor é, na verdade, um guia, que acompanha o trabalho de cada criança individualmente. Além disso, é preciso que seja muito calmo, aberto a compreender as motivações e atitudes da criança e as suas próprias. 3) O material pedagógico é bastante atraente e, para as crianças mais novas, tudo é ensinado de forma bastante concreta. Este material possibilita à criança aperfeiçoar sua coordenação motora e desenvolver uma maior concentração da atenção.

Abaixo, um trecho sobre a biografia de Maria Montessori, retirado do livro “A criança” .

“Um trabalho pedagógico baseado em dar às crianças total liberdade de criação tornou a educadora italiana Maria Montessori conhecida em todo o mundo. Em seus livros, ela despreza e combate toda forma de autoritarismo, a massificação do ensino e o comportamento competitivo. Ao mesmo tempo, defende permanentemente o direito da criança de procurar e encontrar seu próprio ritmo de aprendizado e desenvolvimento.

Natural da pequena cidade de Chiaravalle, próxima de Ancona, no norte da Itália, onde nasceu a 31 de agosto de 1870, Maria Montessori foi a primeira mulher do seu país a formar-se em medicina (1896). No ano seguinte ao da sua formatura, foi indicada como médica assistente da clínica psiquiátrica da Universidade de Roma. Uma de suas primeiras preocupações ao ocupar o cargo foram os menores deficientes mentais, que, em geral, eram misturados aos loucos adultos nos hospícios. Seu interesse pela educação começou a manifestar-se a partir do contato com essas crianças. Recomendando um tratamento mais pedagógico do que médico, acreditava que um trabalho educativo especial poderia melhorar as condições dessas crianças. Para esse fim, começou a estudar outros sistemas educacionais empregados na Europa, especialmente o método aplicado pelo dr. Eduard Séguin para ensinar retardados mentais. Maria Montessori estudou ainda pedagogia e psicologia, formou novos conceitos e começou a desenvolver seu próprio método.

Partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência da criança implica uma educação metódica, criou um material especial para esse fim, que compreende diversas séries de jogos destinados a proporcionar uma educação sensorial, estimulando a observação. Entre esses materiais didáticos encontram-se objetos relacionados à coordenação motora e à visualização do tempo e do espaço, todos com formas muito atraentes e coloridas.

Depois de obter sucesso no ensino de crianças retardadas, Montessori começou a aplicar seu método junto a crianças normais. Para isso, foi trabalhar na escola do bairro popular de São Lourenço, em Roma. O lugar estava longe de parecer acolhedor. Não havia quase material didático e as crianças se sentavam em bancos altos, apoiando-se em pesadas mesas, o que tornava a escola ainda mais triste. Maria Montessori introduziu seu próprio material didático e mudou completamente o ambiente. Em poucas semanas as crianças haviam se organizado livremente, e os resultados foram surpreendentes. Segundo a educadora, “as crianças precisavam de um lugar calmo e seguro, onde pudessem escolher suas atividades e desenvolver o raciocínio e a personalidade”.

O sucesso da experiência encorajou-a a fundar sua própria escola, a Casa dei Bambini, cujo modelo foi logo copiado por outras escolas em toda Europa, apesar da forte oposição dos defensores do sistema ortodoxo de ensino, temerosos das consequências de um método baseado na liberdade e na auto-educação. Em 1922, quando seu sistema de ensino já a tornara muito conhecida, Maria Montessori foi nomeada inspetora geral das escolas públicas da Itália, mas, com a ascensão do fascismo, as escolas montessorianas começaram a ser fechadas e a educadora viu-se obrigada a abandonar o país. Depois de permanecer algum tempo na Espanha (durante o breve governo republicano), em Sri Lanka e na Índia, somente após o término da Segunda Guerra Mundial pôde retornar ao seu país, onde voltou a dar aulas na Universidade de Roma. Porém, não ficou muito tempo na Itália. Seu renome era tal, nos últimos anos de vida, que foi obrigada a deslocar-se aos mais diversos lugares a fim de supervisionar a formação de novos professores. Por fim, fixou-se definitivamente na Holanda, onde veio a falecer na pequena cidade de Noordwijk, a 6 de maio de 1952. A Organização das Nações Unidas declarou o ano do centenário de seu nascimento (1970), numa justa homenagem, Ano Internacional da Educação.

Maria Montessori escreveu mais de uma dezena de livros especialmente voltados para as mais variadas questões de ensino e educação. Entre as obras publicadas merecem citação especial: “Método da pedagogia científica aplicada à educação” (1909), “Auto-educação nas escolas elementares” (1912), “O método Montessori avançado” (1919), “A criança” (1936), “Educação para um novo mundo” (1946) e “A mente absorvente” (1949), no qual se ocupa das crianças com menos de três anos de idade.”

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